O Som: Órgão Hammond Sombrio e Riffs Poderosos
A banda de Boltz (com Shugg Millidge no baixo e Paul Everett na bateria) consegue, notavelmente, replicar a atmosfera central que definiu os Atomic Rooster do início dos anos 70. O álbum mergulha profundamente no Heavy Rock/Progressivo da velha guarda, fortemente impulsionado pelo Órgão Hammond e por riffs blues-infundidos e ásperos.O som é denso, gótico e cinematográfico, evocando o espírito dos seus primeiros três álbuns, em particular a obra-prima Death Walks Behind You (1970).
O Hammond de Gautrey: Adrian Gautrey assume a difícil tarefa de canalizar Vincent Crane. Ele faz isso com reverência e flair, fornecendo as linhas hipnóticas de teclado e os lamentos assombrados de órgão que são a marca registada da banda.
O Riffing de Boltz: Steve Bolton fornece os riffs vigorosos e hard rock que ligam esta encarnação à sua própria história na banda, mantendo a sonoridade musculada e coesa.
Destaques das Faixas
O álbum de 10 faixas (com cerca de 37 minutos) é compacto e energético, evitando os longos noodlings progressivos, mas mantendo a complexidade rítmica e a dinâmica da banda."Fly Or Die" (e "Circle The Sun"): A dupla de abertura estabelece o tom: Heavy Psych, cheio de energia e linhas de teclado esplêndidas, confirmando que a chama do Rooster ainda arde.
"Rebel Devil": Um destaque imediato de Hard Rock cativante, comparado ao descendente direto de clássicos como "The Devil's Answer".
"Never 2 Lose": Uma faixa que remete ao lado mais soulful e hard rock da banda, lembrando o período de Made In England (1972).
"Blow That Mind": A faixa de encerramento é um turbilhão psicadélico e progressivo, atuando como um belo cruzamento entre clássicos como "VUG" e "Gershatzer", fechando o álbum com um toque old-school.
O Legado e a Crítica
A grande questão de Circle The Sun é o uso do nome Atomic Rooster sem o seu fundador, Vincent Crane (falecido em 1989). Embora esta questão gere ceticismo e debate entre os puristas, o álbum consegue oferecer uma experiência musical de Atomic Rooster. A banda não está a tentar ser um cover band; estão a continuar o legado com uma energia renovada e riffs originais.O principal ponto de crítica é que o álbum, por vezes, depende um pouco da nostalgia para funcionar. No entanto, o entusiasmo e a química do novo alinhamento, que soa como uma banda que gravou as músicas ao vivo e com feeling, são inegáveis.
Veredicto
Circle The Sun é um esforço sólido e um regresso inesperadamente forte dos Atomic Rooster. Não é desprovido de falhas – o elemento "novo" por vezes é dominado pela reverência ao passado – mas para os fãs de órgão Hammond pesado, Heavy Rock e Progressive Rock dos anos 70, este álbum é obrigatório. Capta a essência sombria e proto-metal do seu trabalho seminal e prova que a bandeira do Rooster continua a voar alto, mais de 40 anos depois.Nota: 8/10 (Um regresso surpreendente e de alta qualidade).
amazon Atomic Rooster - Circle The Sun
Тemas:
01. Fly Or Die 03:45
02. Circle The Sun 03:19
03. Never 2 Lose 05:09
04. Walk With Me 03:01
05. Rebel Devil 03:32
06. No More 03:52
07. Pillow 03:47
08. Last Night 03:05
09. First Impression 04:04
10. Blow That Mind 04:05
Banda:
Steve "Boltz" Bolton / guitars, vocals
Adrian Gautrey / keyboards, vocals
Shugg Millidge / bass
Paul Everett / drums
Sem comentários:
Enviar um comentário