quinta-feira, 10 de setembro de 2020

Yargos - The Dancing Mermaid (2020) Alemanha


Estreando em 2005 com um decente “ To Be Or Not To Be ”, os alemães Yargos me chamaram a atenção devido à sua abordagem própria e pessoal ao metal progressivo que naqueles anos começava a afundar a cena europeia num mar de novas bandas que eles defenderam com unhas e dentes seguindo os padrões importados da América ou o defenderam, com as ditas bandas condenadas ao fim, na maioria dos casos ao seu desaparecimento. Mas, neste caso, não tiveram muito impacto, já que não foram os únicos a prestar atenção, mesmo assim, mal sobrevivem e agora lançam seu terceiro álbum de estúdio, sendo o segundo colocado à venda em 2012.
É verdade que demoram muito entre os álbuns, somando-se a isso mudanças na formação, o que não devemos esquecer, eles sempre têm aquele ponto positivo a seu favor ou contra para levar em conta numa análise.
Pois bem, com esta "The Dancing Mermaid" a primeira coisa que entra pelos olhos é o número de canções, catorze, nada menos, mas ainda não é de todo um elemento que serve para julgar se um disco vale ou não a pena. Além disso, sua longa duração faz nos pensar que o que mostra pode ser fruto de todos esses anos sem saber deles.
No álbum existem canções de duração normal, outras mais longas, mas no geral o que os diferencia do resto dos seus álbuns e de outras bandas é a ambição contínua de mudança. Para uma banda de metal progressivo, este álbum parece um híbrido de todos os estilos que podem ser misturados, pois contém elementos rápidos, técnicos, passagens de blues, heavy tradicional, rock dos anos setenta no estilo Kansas ou Toto ... vamos lá, um mistura de ideias díspares que tomam forma como elementos clássicos numa composição que busca a atenção de um público puramente metal. Para o meu gosto, a ideia é boa, o problema é a execução, nada me chama. É verdade que é bem regado e os músicos assumem uma liderança instrumental e vocal de alta qualidade, mas não é nada memorável, uma vez que tu já ouviste tudo, Não me lembro de uma música que se destaque das demais. É tudo tão premeditado e ensaiado que o fator espontaneidade não desempenha o menor papel, algo que na música sempre deixou boas canções ao longo da história.




Temas:
01. The Storm is Coming (00:43)
02. Annie, Oh Mine (05:33)
03. You Won't Get Far (05:28)
04. Mine Complete (05:19)
05. You Push Me (04:29)
06. Where Are You Now (07:57)
07. Contaminated (We're All Damned) (09:29)
08. Two Girls (Don't Come Knocking) (05:32)
09. Boneshaker (03:58)
10. All Your Demons (05:24)
11. It's Breeding (05:23)
12. Lie to Me (04:26)
13. (If I Only Could) Turn Back Time (08:20)
14. The Storm is Passing (01:22)
Banda:
Becky Gaber – Lead vocals
Andreas Kienitz – Guitars, Bass
Kai Reuter – Guitars, Bass, Programming
Wieland Hofmeister – Guitars, Bass, Keyboards, Programming
Convidados:
Fritz Randow – Drums
Michael Ivert – Acoustic Guitars, Bass
Ottfried Mietzke – Orchestral Arrangements, Programming
Ecki Hüdepohl – Piano








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