sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Sepultura - Machine Messiah (2017) Brasil



Machine Messiah é o aguardado 14 disco dos Sepultura, muitos esperam um trabalho grandioso, algo evoluído e marcante. Sim, é verdade se comparado ao fraco “The Mediator Between Head and Hands Must Be the Heart”, este é grandioso.
A banda está sempre procurando a inovação e fazer algo que realmente possa ter grande impacto e agradar a grande legião de fãs pelo mundo fora, que não são poucos. Este disco mostra um Sepultura bastante sólido e compactado, o entrosamento e a sinergia são notáveis, coisa realmente indiscutível. O peso de Kisser juntamente com Paulo e Eloy continua na medida certa, sempre com técnica e dinamismo. A linha de vocais de Derrick é algo que parece não ter encaixado em nada, desde sua entrada na banda, exceto o disco “Against” que fora seu primeiro trabalho, mostra-se bem mais audível que os demais, sua voz soa sempre abafada e em certos momentos parece estar fora de ritmo, raros os momentos de algo bem encaixado.
A faixa título começa com uma bela introdução de guitarra, logo emendada por uma cozinha arrastada e bem pomposa, música bem trabalhada que vai evoluindo de forma gradual. Seguindo para “I Am The Enemy”, primeira a ser disponibilizada nas redes, é bem agressiva e direta que chega a mostrar uma voz mais “limpa” e “entendível”, o trabalho de Andreas é um espetáculo á parte, solos e riffs rápidos. “Phantom Self” entra com uma mistura de cultura do nordeste Brasileiro, o que é comum nos trabalhos da banda.
Seguindo para um lado mais inovado ou experimental “Alethea”´é maçante e cansativa, apesar de tentarem mostrar algo diferente, soa bastante clichê e previsível, fato que se repete em “Iceberg Dances”. “Sworn Oath” pode-se dizer que é a mais excêntrica do disco, um estilo completamente diferente e é uma música que de fato agrada tanto com a linha de vocal quanto a parte instrumental no todo, ponto alto do disco. “Resistant Parasites” e “Silent Violence” oscilam por se mostrarem também, clichês. Sem impacto.
Indo para a parte final do disco, podemos notar que “Vandals Nest” é intensa, empolgante e a pancadaria é do início ao fim e “Cyber God” algo a mais no disco. Pois bem, como citado, este trabalho é sim melhor que o anterior mas não um grande trabalho que irá se tornar clássico com o passar dos anos, talvez isso aconteça, mas no momento é apenas mais um na discografia da banda.





Temas:
01. Machine Messiah 05:54
02. I Am the Enemy 02:27
03. Phantom Self 05:30
04. Alethea 04:31
05. Iceberg Dances 04:41
06. Sworn Oath 06:09
07. Resistant Parasites 04:58
08. Silent Violence 03:46
09. Vandals Nest 02:47
10. Cyber God 05:22
11. Chosen Skin (Bonus Track) 3:17
12. Ultraseven No Uta (Bonus Track) 1:17
Banda:
Paulo Jr. – baixo
Andreas Kisser – guitarras e backing vocals
Derrick Green – vocais
Eloy Casagrande – bateria





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