"Trivia Goddess" é uma experiência sonora imersiva. O álbum é uma mistura perfeita de metal pesado e rock psicadélico, com fortes influências de bandas como Black Sabbath e Blue Öyster Cult. A sonoridade é construída sobre uma base de riffs de guitarra pesados e grooves hipnóticos, mas o verdadeiro destaque são os teclados e o órgão, que criam uma atmosfera de ritual pagão, quase cinemática.
O vocalista Thomas Eriksson é o xamã que guia a audiência por esta jornada. A sua voz única, ao mesmo tempo sombria e melódica, confere a cada canção um peso e um sentimento que se adequam na perfeição às letras que exploram temas ocultos, mitologia e o lado mais sombrio da natureza humana.
O álbum é uma obra que se desenrola de forma consistente, com faixas que se conectam e fluem umas para as outras. Canções como a faixa-título "Trivia Goddess" e a misteriosa "Sublime" destacam o lado mais melódico e acessível da banda, enquanto outras, como "Votive Offering", mostram a sua capacidade de mergulhar em arranjos mais complexos e atmosféricos. A produção é calorosa e orgânica, o que reforça o som vintage do álbum, sem que pareça um simples retrocesso.
Em suma, "Trivia Goddess" é um álbum maduro e confiante. A Year Of The Goat não tenta reinventar a roda, mas aperfeiçoa o seu som caraterístico, criando um trabalho que é um deleite para os fãs de rock pesado e oculto. É, sem dúvida, um dos álbuns mais importantes do género em 2025.