quinta-feira, 18 de setembro de 2025

Year Of The Goat - Trivia Goddess (2025) Suécia

A banda sueca de rock oculto, Year Of The Goat, regressou aos palcos com o seu quinto álbum de estúdio, "Trivia Goddess", lançado a 15 de setembro de 2025. Após cinco anos de silêncio discográfico, a banda prova que o tempo de espera valeu a pena, entregando um trabalho que solidifica a sua posição como um dos nomes mais relevantes do rock de inspiração mística e setentista.

"Trivia Goddess" é uma experiência sonora imersiva. O álbum é uma mistura perfeita de metal pesado e rock psicadélico, com fortes influências de bandas como Black Sabbath e Blue Öyster Cult. A sonoridade é construída sobre uma base de riffs de guitarra pesados e grooves hipnóticos, mas o verdadeiro destaque são os teclados e o órgão, que criam uma atmosfera de ritual pagão, quase cinemática.

O vocalista Thomas Eriksson é o xamã que guia a audiência por esta jornada. A sua voz única, ao mesmo tempo sombria e melódica, confere a cada canção um peso e um sentimento que se adequam na perfeição às letras que exploram temas ocultos, mitologia e o lado mais sombrio da natureza humana.

O álbum é uma obra que se desenrola de forma consistente, com faixas que se conectam e fluem umas para as outras. Canções como a faixa-título "Trivia Goddess" e a misteriosa "Sublime" destacam o lado mais melódico e acessível da banda, enquanto outras, como "Votive Offering", mostram a sua capacidade de mergulhar em arranjos mais complexos e atmosféricos. A produção é calorosa e orgânica, o que reforça o som vintage do álbum, sem que pareça um simples retrocesso.

Em suma, "Trivia Goddess" é um álbum maduro e confiante. A Year Of The Goat não tenta reinventar a roda, mas aperfeiçoa o seu som caraterístico, criando um trabalho que é um deleite para os fãs de rock pesado e oculto. É, sem dúvida, um dos álbuns mais importantes do género em 2025.

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Stargazer - Stone Cold Creature (2025) Noruega

Após nove anos de silêncio, os veteranos do Hard Rock e Melodic Metal norueguês, Stargazer, regressaram triunfantemente com o seu quarto álbum de estúdio, "Stone Cold Creature". Lançado a 5 de setembro de 2025, este trabalho não é apenas um regresso, mas uma reafirmação da posição da banda como uma força a ter em conta no género, misturando a complexidade do melodic metal com a alma do hard rock clássico.

Desde a primeira nota, fica claro que "Stone Cold Creature" é um álbum com uma visão clara. A banda, liderada pelo vocalista e baixista Tore Pedersen, cria uma sonoridade que é ao mesmo tempo intrincada e acessível. A grande diferença da Stargazer em relação a muitas outras bandas de melodic metal é a sua forte base de hard rock, que se manifesta em riffs poderosos, melodias cativantes e um foco na canção em si, e não apenas na demonstração de virtuosismos.

Os vocais de Tore Pedersen são um dos maiores destaques do álbum. A sua voz limpa, potente e emotiva é o centro de cada faixa, navegando com facilidade entre passagens calmas e explosões de puro poder vocal. É um estilo que remete para as grandes vozes do hard rock dos anos 70, mas que soa incrivelmente moderno.

O álbum é uma jornada sonora. Músicas como a faixa-título "Stone Cold Creature" demonstram a capacidade da banda em construir arranjos complexos e dinâmicos, com mudanças de ritmo inesperadas e harmonias de guitarra duplas que são uma delícia para os fãs de metal. Já a faixa "Crimson Sunset" mostra o lado mais melódico e épico da banda, com uma atmosfera mais sombria e introspectiva. A produção é cristalina, permitindo que cada instrumento, desde a bateria precisa até ao baixo proeminente e as guitarras fluidas, brilhe sem ofuscar os outros.

Em suma, "Stone Cold Creature" é um álbum que a Stargazer lança como uma declaração de intenções. É um disco que demonstra a maturidade de uma banda que sabe exatamente o que quer, misturando a técnica com uma paixão inegável. Não é apenas para os fãs de metal progressivo; é para qualquer pessoa que aprecie boa música, bem tocada e com uma alma genuína. É, sem dúvida, um dos álbuns obrigatórios de 2025 no seu género.

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quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Wings Of Steel - Winds Of Time (2025) USA


No início de 2025, a banda de heavy/power metal Wings of Steel, oriunda dos Estados Unidos, finalmente entregou o seu muito aguardado álbum de estreia, "Winds of Time". Depois de terem impressionado com singles e EPs anteriores, a banda provou que a espera valeu a pena, consolidando-se como uma das novas e mais promissoras vozes no power metal tradicional.

O álbum é uma carta de amor descarada ao power metal dos anos 80, evocando instantaneamente o espírito de bandas como Queensrÿche (The Warning/Rage for Order), Crimson Glory e até mesmo Iron Maiden na sua abordagem melódica e estrutural. A produção é limpa e poderosa, capturando a energia de uma banda a tocar em conjunto, sem comprometer a nitidez de cada instrumento.

Um dos maiores trunfos de "Winds of Time" é, sem dúvida, o vocalista Leo Unnermark. A sua voz é simplesmente espetacular, combinando um registo alto e potente, típico do power metal, com uma intensidade emocional e um controlo que poucos cantores conseguem igualar. É uma performance que ecoa as lendas do género, mas com uma identidade própria. As suas linhas vocais são o coração de cada canção, elevando o material a um nível épico.

As guitarras são outro destaque. Os riffs são nítidos e memoráveis, e os solos duplos de guitarra são uma celebração do que o heavy metal tem de melhor. Canções como a faixa-título "Winds of Time" e "Glory of the Warrior" demonstram uma excelente escrita de canções, com estruturas dinâmicas que levam o ouvinte numa jornada musical completa. O álbum flui com uma energia consistente, misturando faixas mais rápidas e agressivas com hinos de ritmo médio que são perfeitos para serem cantados.

Embora "Winds of Time" se mantenha fiel às suas influências, não é simplesmente uma imitação. A banda injecta a sua própria paixão e talento no material, resultando num álbum que soa fresco e vital. É um trabalho que não só presta homenagem ao passado, mas também mostra o caminho para o futuro do power metal tradicional nos EUA.

Em suma, "Winds of Time" é um debut fenomenal que se destaca como um dos melhores álbuns de power metal de 2025. É uma audição obrigatória para qualquer fã do género, e um sinal promissor de que os Wings of Steel estão aqui para ficar.

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sábado, 6 de setembro de 2025

Glenn Hughes - Chosen (2025) UK

Após nove anos de silêncio na sua carreira a solo, o "Voice of Rock", Glenn Hughes, regressa em grande forma com o aclamado álbum "Chosen". Lançado no dia 5 de setembro de 2025, este trabalho não é apenas o seu primeiro álbum a solo desde Resonate (2016), mas é também um triunfo que solidifica a sua lenda como um dos vocalistas e baixistas mais importantes da história do rock.

Produzido pelo seu parceiro de longa data, o guitarrista Søren Andersen, o álbum é uma poderosa mistura do hard rock de assinatura de Hughes, com a sua profunda sensibilidade soul e funk. "Chosen" mostra uma banda coesa e com uma química perfeita, com Hughes a ser acompanhado por Andersen na guitarra, Ash Sheehan na bateria e Bob Fridzema nos teclados.

O álbum abre com a faixa "Voice In My Head", que nos leva a uma viagem rock enérgica e melódica. O baixo de Hughes é imediatamente reconhecível, com as suas linhas vibrantes e ritmos fortes que servem de base para a sua performance vocal, que, aos 74 anos, continua a ser nada menos que inacreditável.

A faixa título, "Chosen", é uma canção que se constrói lentamente, com uma atmosfera misteriosa, antes de explodir num refrão cativante e poderoso. "Heal" é outro destaque, uma faixa de hard rock que demonstra a capacidade de Hughes em compor hinos de estádio. Para os fãs de um som mais pesado, "In The Golden" e "The Lost Parade" oferecem riffs mais fortes e uma abordagem mais sombria, remetendo para a fase mais pesada da carreira de Hughes.

O álbum também tem espaço para momentos de pura emoção e alma, como a balada de inspiração psicadélica "Come And Go" e a soul funky "Hot Damn Thing". "Chosen" é um álbum que reflete a jornada pessoal de Hughes, com letras que abordam a condição humana, a esperança e a aceitação. A produção é moderna e cristalina, mas mantém um toque orgânico e intemporal, que não ofusca a paixão e o talento dos músicos.

Embora alguns críticos notem que o álbum se mantém fiel à fórmula de Hughes sem grandes surpresas, a grande maioria considera que este é um dos seus trabalhos mais fortes e consistentes em anos. É um álbum que prova, uma vez mais, que Glenn Hughes não tem de abrandar e que a sua "Voz do Rock" está tão poderosa como sempre.

"Chosen" não é apenas um álbum para os fãs de longa data de Glenn Hughes ou Deep Purple, é um trabalho para qualquer um que aprecie rock & roll com alma, coração e uma performance vocal lendária.

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sexta-feira, 5 de setembro de 2025

Primal Fear - Domination (2025) Alemanha

Em 2025, os veteranos do power metal alemão Primal Fear regressam em grande estilo com o seu novo álbum, "Domination". O lançamento é notável, não só por marcar uma nova era para a banda após mudanças na formação (com a adição da guitarrista Thalia Bellazecca e do baterista André Hilgers), mas também por ser um testemunho da sua resiliência face a tempos difíceis.

O álbum de 13 faixas é uma demonstração de metal puro e sem concessões, misturando o power metal característico da banda com riffs mais pesados e agressivos. Desde a primeira audição, é evidente que a nova formação está a funcionar perfeitamente. A química entre os guitarristas Magnus Karlsson e a recém-chegada Thalia Bellazecca é um dos pontos altos do álbum, resultando em solos fluidos e riffs poderosos.

O álbum abre com o single "The Hunter", um hino bombástico que define o tom para o que se segue: ritmos implacáveis, guitarras trovejantes e os vocais poderosos e inconfundíveis de Ralf Scheepers. O facto de Scheepers, com 60 anos, ainda ser capaz de atingir notas tão altas e demonstrar uma performance vocal tão impressionante é um feito notável. Músicas como "Destroyer" e "Crossfire" mantêm o ritmo acelerado, proporcionando a energia que os fãs de Primal Fear esperam.

No entanto, "Domination" não se limita a faixas rápidas. O álbum também apresenta músicas mais melódicas como "Far Away" e hinos de ritmo médio como "I Am The Primal Fear", que já estão a ser considerados favoritos dos fãs. Um dos momentos mais notáveis e inesperados é a faixa instrumental "Hallucinations", que oferece um espaço para os guitarristas brilharem, e a épica "Eden", que supostamente conta com a participação de Melissa Bonny da banda Ad Infinitum.

A produção de Mat Sinner, Ralf Scheepers e Magnus Karlsson, com a mistura e masterização de Jacob Hansen, garante que o álbum soe clássico e, ao mesmo tempo, moderno. A bateria de André Hilgers e o baixo de Mat Sinner fornecem uma base rítmica sólida e poderosa. O álbum termina com "A Tune I Won't Forget", que é descrita como uma partida estilística, mostrando a disposição da banda em explorar novos caminhos.

Em suma, "Domination" é um regresso triunfante e um dos álbuns mais fortes do Primal Fear em anos recentes. É uma prova da vitalidade da banda, do talento dos novos membros e do poder duradouro do heavy metal. É um álbum que não pode faltar na coleção de qualquer fã do género.

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segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Black Jack - XXI (2025) Índia

Os Black Jack, a banda de rock indiana, lançam o seu álbum "XXI" em 2025, um trabalho que demonstra a sua evolução musical e a sua capacidade de fundir as raízes do hard rock com uma sonoridade moderna e uma identidade única. O álbum é uma prova da resiliência e paixão da banda em continuar a sua jornada musical.

Desde o primeiro acorde, "XXI" estabelece uma atmosfera de rock musculado, mas com uma sensibilidade melódica que o distingue. A produção é polida e profissional, com um som que é ao mesmo tempo limpo e potente. As guitarras são o coração do álbum, com riffs que são simultaneamente pesados e cativantes, e solos que são cheios de feeling e técnica. Há uma clareza na mistura que permite que cada instrumento, da bateria que marca um ritmo sólido à guitarra que solta riffs e solos, brilhe.

A voz é um dos grandes trunfos de "XXI". O vocalista entrega uma performance cheia de paixão e emoção, com um timbre que se encaixa perfeitamente nas melodias. As melodias vocais são a alma do álbum, com refrões que são instantaneamente memoráveis e prontos para serem cantados. As letras, que exploram temas de esperança, resiliência e a busca por significado, ressoam com uma profundidade que complementa a musicalidade.

"XXI" é um álbum que brilha pela sua consistência e coesão. As músicas fluem bem umas para as outras, mantendo um nível de energia e melodia constantemente elevado. Embora os Black Jack operem dentro de uma linguagem familiar para os amantes do hard rock melódico, eles conseguem imprimir a sua própria marca, com composições que são ao mesmo tempo clássicas e cheias de vida. A banda não tenta reinventar a roda, mas sim roda-a com grande entusiasmo e competência.

Para os fãs de bandas como Skid Row, Guns N' Roses e outros gigantes do hard rock, "XXI" será uma audição extremamente gratificante. É um álbum que honra a tradição do género, mas com uma abordagem fresca e uma paixão que o tornam relevante para o público atual.

Em resumo, "XXI" é um triunfo para os Black Jack. É um álbum que entrega o que promete: uma dose generosa de hard rock puro e sem concessões, feito com paixão e uma execução impecável. Prepare-se para ser varrido pela sua energia.

Já teve a oportunidade de ouvir "XXI" dos Black Jack? Qual a sua faixa favorita e o que mais o atraiu neste novo trabalho?

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Vicious Rumors - The Devil’s Asylum (2025) USA

Os Vicious Rumors, a lendária banda americana de heavy e power metal, regressam em 2025 com "The Devil’s Asylum", um álbum que é uma declaração de força e uma celebração da sua atitude intransigente. Para os fãs de riffs técnicos, vocais poderosos e uma energia implacável, este trabalho é uma audição obrigatória que prova que a banda continua a ser uma força a ser reconhecida no mundo do metal.

Desde os primeiros acordes, "The Devil’s Asylum" atinge o ouvinte com a ferocidade de um soco. A produção é robusta e cristalina, com um som que é grande, mas sem nunca sacrificar a energia crua da banda. As guitarras, a cargo de Geoff Thorpe, são o coração pulsante do álbum, com riffs pesados e intrincados que se fundem perfeitamente com solos cheios de shredding e feeling. O trabalho de guitarra é um dos pontos altos do álbum, demonstrando a mestria técnica e a paixão que definem a banda.

O vocalista, Ronny Munroe (Trans-Siberian Orchestra, ex-Metal Church), é uma força central, com um timbre que se encaixa perfeitamente na agressividade e grandiosidade do álbum. A sua voz é poderosa e cheia de atitude, entregando letras que exploram temas sombrios, internos e de ficção científica. Os refrões são hinos prontos para a arena, viciantes e feitos para serem cantados em plenos pulmões, mostrando a capacidade da banda em criar momentos épicos e memoráveis.

"The Devil’s Asylum" é um álbum que brilha pela sua consistência e coesão. As músicas fluem bem umas para as outras, mantendo um nível de energia constantemente elevado. Embora os Vicious Rumors operem dentro de uma linguagem familiar para os amantes do heavy e power metal tradicional, eles conseguem imprimir a sua própria marca, com composições que são ao mesmo tempo clássicas e cheias de vida. A banda não tenta reinventar a roda, mas sim roda-a com grande entusiasmo e competência.

Para os fãs de bandas como Judas Priest, Iced Earth, e outros gigantes do heavy e power metal, "The Devil’s Asylum" será uma audição extremamente gratificante. É um álbum que celebra a essência do género: riffs poderosos, uma atitude desafiadora e uma paixão inegável.

Em resumo, "The Devil’s Asylum" é um triunfo para os Vicious Rumors. É um álbum que confirma o seu estatuto como uma das bandas de metal mais importantes da atualidade, com uma dose generosa de riffs memoráveis, melodias inesquecíveis e uma execução impecável. Prepare-se para ser varrido pela sua energia.

Já teve a oportunidade de ouvir "The Devil’s Asylum"? Qual a sua faixa favorita e o que mais o impressionou neste novo trabalho dos Vicious Rumors?

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