segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Velvet Rush - Trail Of Gold (2025) Alemanha

"Trail Of Gold" é o álbum de estreia da banda alemã de Hard Rock Velvet Rush, de Hamburgo. Lançado em 2025, este disco é um manifesto de puro rock 'n' roll que procura reviver o espírito enérgico e soulful dos anos 70, injetando-lhe uma produção cristalina e moderna. Não é apenas um álbum de estreia, é uma declaração de intenções.

O Poder Vocal de Sandra Lian

O centro de gravidade de Velvet Rush é a vocalista Sandra Lian. A sua voz é o grande trunfo da banda: poderosa, volumosa, com uma profundidade bluesy e uma atitude rock que cativa desde a primeira nota. Lian tem a capacidade de soar rebelde e sofisticada ao mesmo tempo, elevando o material da banda para além de uma simples homenagem ao Classic Rock.

Hard Rock com Glam e Soul

O som de Trail Of Gold é uma fusão eletrizante. A banda não se limita ao Hard Rock tradicional; ela mistura-o com o apelo dançável do Glam e uma boa dose de Soul e Blues que dão às músicas uma textura orgânica e sensual.

Pistas de Abertura: Faixas como "Heart Of Stone" e "Give Me Your Lovin'" apresentam a energia de alta octanagem da banda. A secção rítmica é apertada e o trabalho de guitarra de Dennis Henning é cheio de riffs groovy e solos melódicos.

Hinos e Groove: O single e faixa-título "Trail Of Gold" e "Shake That Thing" são exemplos perfeitos do que a banda faz de melhor: hinos de rock que te obrigam a abanar a cabeça (e o resto do corpo). A banda cria um groove contagiante que é difícil de resistir.

A Tapete Orange-Blazed: O álbum evoca a imagem de uma banda setentista redescoberta, graças à produção polida, mas quente, de Eike Freese (conhecido por trabalhar com bandas como Deep Purple e Simple Minds). Faixas como "Orange Blazed Carpet" encapsulam perfeitamente essa estética de Rock Clássico rootsy.

Veredicto

"Trail Of Gold" não é apenas um excelente álbum de estreia, é um dos lançamentos de Hard Rock mais revigorantes e obrigatórios de 2025. Velvet Rush demonstra maturidade na composição, musicalidade impecável e, o mais importante, uma paixão inesgotável pelo Rock 'n' Roll.

Se gosta de bandas que combinam a atitude do Hard Rock com ganchos vocais inesquecíveis, este álbum é um tesouro a ser descoberto. É puro rock que te fará sorrir.

Nota: 9/10

Qual é o seu elemento favorito numa banda de Hard Rock: o vocal, o riff de guitarra, ou o ritmo?

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Babylon A.D. - When The World Stops (2025) USA

Quase 35 anos após o seu álbum de estreia, a banda de hard rock da Califórnia, Babylon A.D., regressa em 2025 com "When The World Stops". Este álbum, o seu sexto de estúdio, segue de perto o aclamado Rome Wasn't Built In A Day (2024), e demonstra que a banda está numa fase de revitalização criativa e de produção constante.

"When The World Stops" é essencialmente uma celebração do Hard Rock clássico do final dos anos 80 e início dos 90, destilando os melhores elementos da sua sonoridade vintage— riffs energéticos, refrões hinos e a voz inconfundível do vocalista Derek Davis.

Destaques Sonoros e Ponto Forte

O álbum não tenta reinventar a roda, mas sim aperfeiçoar a sua fórmula. A produção, a cargo do próprio Derek Davis, é nítida e potente, corrigindo quaisquer falhas que pudessem ter existido no seu antecessor.

Poder e Melodia: A faixa-título "When The World Stops" é a abertura perfeita: um rocker potente, impulsionado pela guitarra, que transporta o ouvinte para a época em que o rock dominava as rádios, mas com um acento melódico bem afinado.

Baladas de Ouro: O Babylon A.D. sempre se destacou nas baladas, e este álbum não é exceção. "Love Is Cruel" é uma balada power rock clássica, que se destaca pela sua orquestração, pela urgência vocal de Davis e pela sublime adição de um piano convidado. "The Damage Is Done" também se encaixa neste molde, provando a mestria da banda em criar momentos emotivos e hínicos.

Rock de Pura Adrenalina: Faixas como "Toxic Baby" e "Come On Let's Roll" trazem a energia mais crua e hard-hitting dos seus primeiros anos, apoiadas por um trabalho de guitarras em twin-guitars (Ron Freschi e John Matthews) que acrescenta profundidade e complexidade. "Power Of Music" é um hino de celebração do rock, feito sob medida para ser cantado em uníssono nos concertos.

Vocal Inconfundível: O timbre e a entrega de Derek Davis permanecem centrais e vigorosos, conferindo a cada faixa a identidade única do Babylon A.D.

Veredicto

"When The World Stops" é um disco coeso e divertido. Os Babylon A.D. mostram-se numa forma excelente, equilibrando na perfeição a essência nostálgica do Hard Rock com uma produção moderna e sofisticada.

Para os fãs que anseiam pelo som honesto e high-octane do hard rock da viragem dos anos 80 para os 90, este álbum é um triunfo inegável e facilmente um dos melhores álbuns do género em 2025. É Hard Rock com profundidade e garra.


O que o atrai mais no Hard Rock Clássico: as baladas poderosas ou os hinos uptempo?

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sábado, 27 de setembro de 2025

Amorphis - Borderland (2025) Finlândia

Os Amorphis, inabaláveis mestres do metal folclórico e progressivo finlandês, regressaram com "Borderland" em setembro de 2025. O 15º álbum de estúdio da banda é um testemunho da sua notável consistência e da sua habilidade em refinar a fórmula que definiram: uma fusão épica de Melodic Death Metal, Folk e Rock Progressivo, embelezada por narrativas tiradas do folclore finlandês (cortesia do letrista Pekka Kainulainen).

Se os álbuns anteriores, como Under The Red Cloud e Queen Of Time, se destacavam pela grandiosidade e peso bombástico, "Borderland" suaviza ligeiramente as arestas, enfatizando as sensibilidades melódicas da banda. Não significa que falte peso; significa que a melodia e a atmosfera assumem a liderança. A produção de Jacob Hansen (Volbeat, Primal Fear) é clean e detalhada, realçando todas as camadas sonoras.

Destaques Sonoros e Temáticos
O título, "Borderland" (Terra de Fronteira), reflete a dualidade do álbum: a tensão entre o som pesado e as melodias arejadas, bem como a desconexão humana do mundo natural.

Ênfase nos Teclados e Melodias: O trabalho do teclista Santeri Kallio é essencial. Os seus teclados luxuriantes e a sua contribuição para a composição, como na faixa "Bones", conferem ao álbum uma atmosfera rica e cinemática, por vezes com um toque quase synthwave (em faixas como "The Lantern"), mas sempre ancorado em ganchos cativantes.

A Voz de Tomi Joutsen: A interação entre os growls guturais e os vocais limpos de barítono de Tomi Joutsen continua a ser o ponto focal do som moderno da Amorphis. Em "Borderland", os seus vocais limpos ganham um destaque especial, transportando os coros épicos e acessíveis que se tornaram a marca registada da banda.

As Faixas Essenciais:

"Bones" é um dos temas mais pesados do disco, uma faixa mid-tempo construída sobre um riff doomy e adornada com melodias de inspiração oriental, que remete aos seus clássicos.

"Dancing Shadow" é um número mais upbeat e instantaneamente viciante, com ganchos pop que funcionam surpreendentemente bem no seu contexto metal.

"The Circle" atua como uma introdução atmosférica e envolvente ao universo do álbum.

Conclusão

"Borderland" é um álbum maduro e confiante. Embora possa não ter o impacto agressivo de lançamentos anteriores, a sua riqueza melódica e a sua composição fluida provam que os Amorphis são mestres no seu ofício. Não é um álbum que reinvente o género, mas sim um que aprimora o som inconfundível da banda. É uma audição obrigatória para fãs de metal melódico de alta qualidade e Progressive Folk Metal.

O Amorphis consegue manter a chama acesa depois de 35 anos? Sem dúvida. "Borderland" é um disco que recompensa cada nova audição.

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Rage - A New World Rising (2025) Alemanha

Os veteranos do metal alemão, Rage, regressaram em setembro de 2025 com "A New World Rising", o seu mais recente álbum de estúdio. Liderada pelo incansável Peter "Peavy" Wagner, a banda — completada pelo guitarrista Jean Bormann e o baterista Vassilios "Lucky" Maniatopoulos — provou, mais uma vez, que a longevidade não significa estagnação, mas sim stamina criativa.

Após o tom mais sombrio e distópico do seu antecessor, Afterlifelines (2023), "A New World Rising" inverte a narrativa, injetando uma dose de otimismo, energia e positividade no seu som característico de Thrash/Power Metal. Peavy afirmou que o álbum é uma chamada para "pensar de forma independente" e combater a negatividade, e essa mensagem ressoa em cada riff.

O álbum arranca com a intro da faixa-título e explode com "Innovation"— uma faixa rápida e épica que define o ritmo implacável do disco. O som é uma celebração pura do Speed Metal, com a bateria de Lucky a soar como trovão e as guitarras de Bormann a fornecerem melodias afiadas e solos de topo.

A grande força de "A New World Rising" é a sua coerência e consistência de qualidade. O álbum dispensa os elementos orquestrais que marcaram alguns trabalhos anteriores, focando-se na formação de trio para entregar um som cru, direto e cativante.

Destaques:
"Freedom": Um hino de uptempo com um coro infeccioso que incorpora na perfeição a mensagem positiva do álbum. É um tema com potencial para ser um favorito ao vivo.
"Against The Machine": Combina riffs massivos com uma melodia de inspiração oriental, demonstrando a versatilidade da composição.
"Fire In Your Eyes": Descrita por Peavy como uma "declaração de amor a todos os fãs de Metal", é um dos temas mais emotivos e melódicos do álbum.
O álbum é uma mistura bem-sucedida de speed metal puro com o som clássico de Heavy/Power Metal que angariou uma vasta base de fãs para a Rage. O vocal de Peavy Wagner é incrivelmente sólido, e a química do trio é inegável.

"A New World Rising" não é apenas mais um álbum na vasta discografia da Rage; é um dos trabalhos mais vibrantes da banda em anos e uma prova de que, após quatro décadas, a paixão e a determinação da Rage para criar heavy metal fantástico continuam mais fortes do que nunca. É, sem dúvida, um dos melhores álbuns de metal de 2025.

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quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Blindman - After Rain (2025) Japão

A banda japonesa de hard rock progressivo Blindman celebra o seu 30º aniversário com o seu 12º álbum de estúdio, "After Rain", lançado em setembro de 2025. Este trabalho é uma celebração da longevidade e da evolução contínua de uma banda que se estabeleceu como um pilar do rock melódico e tecnicamente proficiente no Japão.

"After Rain" é marcado pelo regresso do teclista original Hitoshi Endo, cuja influência é imediatamente sentida. A banda equilibra na perfeição a agressividade do hard rock com a complexidade melódica e as texturas atmosféricas proporcionadas pelos teclados. A sonoridade é uma mistura rica que remete para o rock clássico europeu e japonês, com uma dose de power e prog metal.

O álbum é notavelmente "o mais agressivo até à data", segundo os comunicados de imprensa. Faixas como "Spreading Out the Wings" e "Groove the Night" demonstram um som sólido e explosivo. O guitarrista Tatsuya Nakamura brilha com um feeling e emoção incríveis, oferecendo riffs poderosos e solos complexos que são uma prova do talento excecional da banda. A sua musicalidade é um dos principais motores do disco.

No entanto, o álbum não é apenas sobre força. O seu coração reside na entrega emocional e melódica. A faixa-título "After Rain" sugere uma peça mais introspectiva ou climática, que explora a dualidade presente em todo o disco— a tempestade e a calma. Outros títulos como "Love So Blue" e "Perfect World" prometem hinos melódicos e baladas poderosas, mantendo a tradição da Blindman em fundir o peso do rock com a profundidade da alma.

"After Rain" é uma declaração de intenções e um novo marco para os Blindman. É um álbum que honra o seu estilo tradicional de hard rock virtuoso, mas que, ao mesmo tempo, procura uma nova evolução e vigor. É uma audição obrigatória para quem aprecia hard rock melódico com excelência técnica e um toque de drama japonês.

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38 Special - Milestone (2025) USA

Em 19 de setembro de 2025, o 38 Special encerrou um hiato de mais de duas décadas sem um álbum de estúdio, com o lançamento de "Milestone". Este trabalho é particularmente significativo, não só por celebrar o 50º aniversário da banda, mas também por ser uma declaração ousada e atualizada do Southern Rock/AOR (Adult-Oriented Rock) que os tornou famosos.

O álbum é uma ponte entre o som que a banda começou a criar em 1974 e o futuro, como afirmou o cofundador Don Barnes. "Milestone" conta com uma produção de alto nível, cortesia do lendário Jim Peterik (Survivor), que também é um colaborador de longa data da banda. A presença de Peterik, bem como as colaborações em composição com nomes como Randy Bachman e Pat Monahan (Train), garante que o álbum mantenha a assinatura melódica e os coros radio-friendly que definiram o seu sucesso nos anos 80.

O primeiro single, "All I Haven't Said", é um hino de ritmo médio que instantaneamente relembra o melhor do 38 Special: um groove constante, uma linha de guitarra memorável e a voz inconfundível de Don Barnes, que ainda soa cheia de alma e poder.

O título "Milestone" ("Marco") é apropriado, pois o álbum é uma homenagem à longevidade e à resiliência da banda. Mesmo com Barnes como único membro original (Donnie Van Zant se aposentou devido a problemas de saúde), ele observa que "alguns dos 'novos' membros estão cá há mais de 30 anos", e essa estabilidade transparece. O álbum é um equilíbrio entre o rock de guitarras in-your-face e momentos mais introspectivos e baladas comoventes.

"Milestone" é um álbum obrigatório para os fãs de rock clássico. É um testemunho do poder duradouro do Southern Rock, provando que o 38 Special continua a ser uma máquina de hits que consegue "ir com tudo" e entregar material de qualidade, digno do seu legado.

Em suma, é um regresso triunfante que serve como uma injeção de energia e alma no rock de 2025.

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quinta-feira, 18 de setembro de 2025

Year Of The Goat - Trivia Goddess (2025) Suécia

A banda sueca de rock oculto, Year Of The Goat, regressou aos palcos com o seu quinto álbum de estúdio, "Trivia Goddess", lançado a 15 de setembro de 2025. Após cinco anos de silêncio discográfico, a banda prova que o tempo de espera valeu a pena, entregando um trabalho que solidifica a sua posição como um dos nomes mais relevantes do rock de inspiração mística e setentista.

"Trivia Goddess" é uma experiência sonora imersiva. O álbum é uma mistura perfeita de metal pesado e rock psicadélico, com fortes influências de bandas como Black Sabbath e Blue Öyster Cult. A sonoridade é construída sobre uma base de riffs de guitarra pesados e grooves hipnóticos, mas o verdadeiro destaque são os teclados e o órgão, que criam uma atmosfera de ritual pagão, quase cinemática.

O vocalista Thomas Eriksson é o xamã que guia a audiência por esta jornada. A sua voz única, ao mesmo tempo sombria e melódica, confere a cada canção um peso e um sentimento que se adequam na perfeição às letras que exploram temas ocultos, mitologia e o lado mais sombrio da natureza humana.

O álbum é uma obra que se desenrola de forma consistente, com faixas que se conectam e fluem umas para as outras. Canções como a faixa-título "Trivia Goddess" e a misteriosa "Sublime" destacam o lado mais melódico e acessível da banda, enquanto outras, como "Votive Offering", mostram a sua capacidade de mergulhar em arranjos mais complexos e atmosféricos. A produção é calorosa e orgânica, o que reforça o som vintage do álbum, sem que pareça um simples retrocesso.

Em suma, "Trivia Goddess" é um álbum maduro e confiante. A Year Of The Goat não tenta reinventar a roda, mas aperfeiçoa o seu som caraterístico, criando um trabalho que é um deleite para os fãs de rock pesado e oculto. É, sem dúvida, um dos álbuns mais importantes do género em 2025.

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Stargazer - Stone Cold Creature (2025) Noruega

Após nove anos de silêncio, os veteranos do Hard Rock e Melodic Metal norueguês, Stargazer, regressaram triunfantemente com o seu quarto álbum de estúdio, "Stone Cold Creature". Lançado a 5 de setembro de 2025, este trabalho não é apenas um regresso, mas uma reafirmação da posição da banda como uma força a ter em conta no género, misturando a complexidade do melodic metal com a alma do hard rock clássico.

Desde a primeira nota, fica claro que "Stone Cold Creature" é um álbum com uma visão clara. A banda, liderada pelo vocalista e baixista Tore Pedersen, cria uma sonoridade que é ao mesmo tempo intrincada e acessível. A grande diferença da Stargazer em relação a muitas outras bandas de melodic metal é a sua forte base de hard rock, que se manifesta em riffs poderosos, melodias cativantes e um foco na canção em si, e não apenas na demonstração de virtuosismos.

Os vocais de Tore Pedersen são um dos maiores destaques do álbum. A sua voz limpa, potente e emotiva é o centro de cada faixa, navegando com facilidade entre passagens calmas e explosões de puro poder vocal. É um estilo que remete para as grandes vozes do hard rock dos anos 70, mas que soa incrivelmente moderno.

O álbum é uma jornada sonora. Músicas como a faixa-título "Stone Cold Creature" demonstram a capacidade da banda em construir arranjos complexos e dinâmicos, com mudanças de ritmo inesperadas e harmonias de guitarra duplas que são uma delícia para os fãs de metal. Já a faixa "Crimson Sunset" mostra o lado mais melódico e épico da banda, com uma atmosfera mais sombria e introspectiva. A produção é cristalina, permitindo que cada instrumento, desde a bateria precisa até ao baixo proeminente e as guitarras fluidas, brilhe sem ofuscar os outros.

Em suma, "Stone Cold Creature" é um álbum que a Stargazer lança como uma declaração de intenções. É um disco que demonstra a maturidade de uma banda que sabe exatamente o que quer, misturando a técnica com uma paixão inegável. Não é apenas para os fãs de metal progressivo; é para qualquer pessoa que aprecie boa música, bem tocada e com uma alma genuína. É, sem dúvida, um dos álbuns obrigatórios de 2025 no seu género.

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quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Wings Of Steel - Winds Of Time (2025) USA


No início de 2025, a banda de heavy/power metal Wings of Steel, oriunda dos Estados Unidos, finalmente entregou o seu muito aguardado álbum de estreia, "Winds of Time". Depois de terem impressionado com singles e EPs anteriores, a banda provou que a espera valeu a pena, consolidando-se como uma das novas e mais promissoras vozes no power metal tradicional.

O álbum é uma carta de amor descarada ao power metal dos anos 80, evocando instantaneamente o espírito de bandas como Queensrÿche (The Warning/Rage for Order), Crimson Glory e até mesmo Iron Maiden na sua abordagem melódica e estrutural. A produção é limpa e poderosa, capturando a energia de uma banda a tocar em conjunto, sem comprometer a nitidez de cada instrumento.

Um dos maiores trunfos de "Winds of Time" é, sem dúvida, o vocalista Leo Unnermark. A sua voz é simplesmente espetacular, combinando um registo alto e potente, típico do power metal, com uma intensidade emocional e um controlo que poucos cantores conseguem igualar. É uma performance que ecoa as lendas do género, mas com uma identidade própria. As suas linhas vocais são o coração de cada canção, elevando o material a um nível épico.

As guitarras são outro destaque. Os riffs são nítidos e memoráveis, e os solos duplos de guitarra são uma celebração do que o heavy metal tem de melhor. Canções como a faixa-título "Winds of Time" e "Glory of the Warrior" demonstram uma excelente escrita de canções, com estruturas dinâmicas que levam o ouvinte numa jornada musical completa. O álbum flui com uma energia consistente, misturando faixas mais rápidas e agressivas com hinos de ritmo médio que são perfeitos para serem cantados.

Embora "Winds of Time" se mantenha fiel às suas influências, não é simplesmente uma imitação. A banda injecta a sua própria paixão e talento no material, resultando num álbum que soa fresco e vital. É um trabalho que não só presta homenagem ao passado, mas também mostra o caminho para o futuro do power metal tradicional nos EUA.

Em suma, "Winds of Time" é um debut fenomenal que se destaca como um dos melhores álbuns de power metal de 2025. É uma audição obrigatória para qualquer fã do género, e um sinal promissor de que os Wings of Steel estão aqui para ficar.

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sábado, 6 de setembro de 2025

Glenn Hughes - Chosen (2025) UK

Após nove anos de silêncio na sua carreira a solo, o "Voice of Rock", Glenn Hughes, regressa em grande forma com o aclamado álbum "Chosen". Lançado no dia 5 de setembro de 2025, este trabalho não é apenas o seu primeiro álbum a solo desde Resonate (2016), mas é também um triunfo que solidifica a sua lenda como um dos vocalistas e baixistas mais importantes da história do rock.

Produzido pelo seu parceiro de longa data, o guitarrista Søren Andersen, o álbum é uma poderosa mistura do hard rock de assinatura de Hughes, com a sua profunda sensibilidade soul e funk. "Chosen" mostra uma banda coesa e com uma química perfeita, com Hughes a ser acompanhado por Andersen na guitarra, Ash Sheehan na bateria e Bob Fridzema nos teclados.

O álbum abre com a faixa "Voice In My Head", que nos leva a uma viagem rock enérgica e melódica. O baixo de Hughes é imediatamente reconhecível, com as suas linhas vibrantes e ritmos fortes que servem de base para a sua performance vocal, que, aos 74 anos, continua a ser nada menos que inacreditável.

A faixa título, "Chosen", é uma canção que se constrói lentamente, com uma atmosfera misteriosa, antes de explodir num refrão cativante e poderoso. "Heal" é outro destaque, uma faixa de hard rock que demonstra a capacidade de Hughes em compor hinos de estádio. Para os fãs de um som mais pesado, "In The Golden" e "The Lost Parade" oferecem riffs mais fortes e uma abordagem mais sombria, remetendo para a fase mais pesada da carreira de Hughes.

O álbum também tem espaço para momentos de pura emoção e alma, como a balada de inspiração psicadélica "Come And Go" e a soul funky "Hot Damn Thing". "Chosen" é um álbum que reflete a jornada pessoal de Hughes, com letras que abordam a condição humana, a esperança e a aceitação. A produção é moderna e cristalina, mas mantém um toque orgânico e intemporal, que não ofusca a paixão e o talento dos músicos.

Embora alguns críticos notem que o álbum se mantém fiel à fórmula de Hughes sem grandes surpresas, a grande maioria considera que este é um dos seus trabalhos mais fortes e consistentes em anos. É um álbum que prova, uma vez mais, que Glenn Hughes não tem de abrandar e que a sua "Voz do Rock" está tão poderosa como sempre.

"Chosen" não é apenas um álbum para os fãs de longa data de Glenn Hughes ou Deep Purple, é um trabalho para qualquer um que aprecie rock & roll com alma, coração e uma performance vocal lendária.

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sexta-feira, 5 de setembro de 2025

Primal Fear - Domination (2025) Alemanha

Em 2025, os veteranos do power metal alemão Primal Fear regressam em grande estilo com o seu novo álbum, "Domination". O lançamento é notável, não só por marcar uma nova era para a banda após mudanças na formação (com a adição da guitarrista Thalia Bellazecca e do baterista André Hilgers), mas também por ser um testemunho da sua resiliência face a tempos difíceis.

O álbum de 13 faixas é uma demonstração de metal puro e sem concessões, misturando o power metal característico da banda com riffs mais pesados e agressivos. Desde a primeira audição, é evidente que a nova formação está a funcionar perfeitamente. A química entre os guitarristas Magnus Karlsson e a recém-chegada Thalia Bellazecca é um dos pontos altos do álbum, resultando em solos fluidos e riffs poderosos.

O álbum abre com o single "The Hunter", um hino bombástico que define o tom para o que se segue: ritmos implacáveis, guitarras trovejantes e os vocais poderosos e inconfundíveis de Ralf Scheepers. O facto de Scheepers, com 60 anos, ainda ser capaz de atingir notas tão altas e demonstrar uma performance vocal tão impressionante é um feito notável. Músicas como "Destroyer" e "Crossfire" mantêm o ritmo acelerado, proporcionando a energia que os fãs de Primal Fear esperam.

No entanto, "Domination" não se limita a faixas rápidas. O álbum também apresenta músicas mais melódicas como "Far Away" e hinos de ritmo médio como "I Am The Primal Fear", que já estão a ser considerados favoritos dos fãs. Um dos momentos mais notáveis e inesperados é a faixa instrumental "Hallucinations", que oferece um espaço para os guitarristas brilharem, e a épica "Eden", que supostamente conta com a participação de Melissa Bonny da banda Ad Infinitum.

A produção de Mat Sinner, Ralf Scheepers e Magnus Karlsson, com a mistura e masterização de Jacob Hansen, garante que o álbum soe clássico e, ao mesmo tempo, moderno. A bateria de André Hilgers e o baixo de Mat Sinner fornecem uma base rítmica sólida e poderosa. O álbum termina com "A Tune I Won't Forget", que é descrita como uma partida estilística, mostrando a disposição da banda em explorar novos caminhos.

Em suma, "Domination" é um regresso triunfante e um dos álbuns mais fortes do Primal Fear em anos recentes. É uma prova da vitalidade da banda, do talento dos novos membros e do poder duradouro do heavy metal. É um álbum que não pode faltar na coleção de qualquer fã do género.

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segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Black Jack - XXI (2025) Índia

Os Black Jack, a banda de rock indiana, lançam o seu álbum "XXI" em 2025, um trabalho que demonstra a sua evolução musical e a sua capacidade de fundir as raízes do hard rock com uma sonoridade moderna e uma identidade única. O álbum é uma prova da resiliência e paixão da banda em continuar a sua jornada musical.

Desde o primeiro acorde, "XXI" estabelece uma atmosfera de rock musculado, mas com uma sensibilidade melódica que o distingue. A produção é polida e profissional, com um som que é ao mesmo tempo limpo e potente. As guitarras são o coração do álbum, com riffs que são simultaneamente pesados e cativantes, e solos que são cheios de feeling e técnica. Há uma clareza na mistura que permite que cada instrumento, da bateria que marca um ritmo sólido à guitarra que solta riffs e solos, brilhe.

A voz é um dos grandes trunfos de "XXI". O vocalista entrega uma performance cheia de paixão e emoção, com um timbre que se encaixa perfeitamente nas melodias. As melodias vocais são a alma do álbum, com refrões que são instantaneamente memoráveis e prontos para serem cantados. As letras, que exploram temas de esperança, resiliência e a busca por significado, ressoam com uma profundidade que complementa a musicalidade.

"XXI" é um álbum que brilha pela sua consistência e coesão. As músicas fluem bem umas para as outras, mantendo um nível de energia e melodia constantemente elevado. Embora os Black Jack operem dentro de uma linguagem familiar para os amantes do hard rock melódico, eles conseguem imprimir a sua própria marca, com composições que são ao mesmo tempo clássicas e cheias de vida. A banda não tenta reinventar a roda, mas sim roda-a com grande entusiasmo e competência.

Para os fãs de bandas como Skid Row, Guns N' Roses e outros gigantes do hard rock, "XXI" será uma audição extremamente gratificante. É um álbum que honra a tradição do género, mas com uma abordagem fresca e uma paixão que o tornam relevante para o público atual.

Em resumo, "XXI" é um triunfo para os Black Jack. É um álbum que entrega o que promete: uma dose generosa de hard rock puro e sem concessões, feito com paixão e uma execução impecável. Prepare-se para ser varrido pela sua energia.

Já teve a oportunidade de ouvir "XXI" dos Black Jack? Qual a sua faixa favorita e o que mais o atraiu neste novo trabalho?

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Vicious Rumors - The Devil’s Asylum (2025) USA

Os Vicious Rumors, a lendária banda americana de heavy e power metal, regressam em 2025 com "The Devil’s Asylum", um álbum que é uma declaração de força e uma celebração da sua atitude intransigente. Para os fãs de riffs técnicos, vocais poderosos e uma energia implacável, este trabalho é uma audição obrigatória que prova que a banda continua a ser uma força a ser reconhecida no mundo do metal.

Desde os primeiros acordes, "The Devil’s Asylum" atinge o ouvinte com a ferocidade de um soco. A produção é robusta e cristalina, com um som que é grande, mas sem nunca sacrificar a energia crua da banda. As guitarras, a cargo de Geoff Thorpe, são o coração pulsante do álbum, com riffs pesados e intrincados que se fundem perfeitamente com solos cheios de shredding e feeling. O trabalho de guitarra é um dos pontos altos do álbum, demonstrando a mestria técnica e a paixão que definem a banda.

O vocalista, Ronny Munroe (Trans-Siberian Orchestra, ex-Metal Church), é uma força central, com um timbre que se encaixa perfeitamente na agressividade e grandiosidade do álbum. A sua voz é poderosa e cheia de atitude, entregando letras que exploram temas sombrios, internos e de ficção científica. Os refrões são hinos prontos para a arena, viciantes e feitos para serem cantados em plenos pulmões, mostrando a capacidade da banda em criar momentos épicos e memoráveis.

"The Devil’s Asylum" é um álbum que brilha pela sua consistência e coesão. As músicas fluem bem umas para as outras, mantendo um nível de energia constantemente elevado. Embora os Vicious Rumors operem dentro de uma linguagem familiar para os amantes do heavy e power metal tradicional, eles conseguem imprimir a sua própria marca, com composições que são ao mesmo tempo clássicas e cheias de vida. A banda não tenta reinventar a roda, mas sim roda-a com grande entusiasmo e competência.

Para os fãs de bandas como Judas Priest, Iced Earth, e outros gigantes do heavy e power metal, "The Devil’s Asylum" será uma audição extremamente gratificante. É um álbum que celebra a essência do género: riffs poderosos, uma atitude desafiadora e uma paixão inegável.

Em resumo, "The Devil’s Asylum" é um triunfo para os Vicious Rumors. É um álbum que confirma o seu estatuto como uma das bandas de metal mais importantes da atualidade, com uma dose generosa de riffs memoráveis, melodias inesquecíveis e uma execução impecável. Prepare-se para ser varrido pela sua energia.

Já teve a oportunidade de ouvir "The Devil’s Asylum"? Qual a sua faixa favorita e o que mais o impressionou neste novo trabalho dos Vicious Rumors?

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