segunda-feira, 14 de julho de 2025

Black Rose - The Mirror (2025) Suécia

Os Black Rose da Suécia, não confundir com os veteranos britânicos do mesmo nome, trazem-nos "The Mirror", um álbum que mergulha no coração do heavy metal melódico com uma paixão e um brio que certamente irão agradar aos fãs do género. Para quem aprecia melodias fortes, vocais expressivos e uma produção robusta, este é um trabalho que merece atenção.

Desde o momento em que as primeiras notas ressoam, "The Mirror" estabelece um tom de grandiosidade e melancolia, mas com uma energia inegável. A produção é polida e poderosa, permitindo que cada elemento musical respire e se destaque. As guitarras são proeminentes, entregando riffs que são simultaneamente pesados e cativantes, e solos que combinam técnica com uma sensibilidade melódica apurada. Há uma clara influência do power metal e do hard rock melódico nórdico, mas os Black Rose conseguem imprimir a sua própria identidade.

O vocalista é uma força motriz no álbum. Com uma voz que tem tanto poder quanto emoção, ele entrega as letras com convicção, navegando pelas complexidades melódicas das canções. A sua performance é um ponto alto, adicionando profundidade e caráter a cada faixa. As letras, muitas vezes introspectivas e poéticas, exploram temas de esperança, desilusão, e a busca por significado, o que se alinha bem com a atmosfera do álbum.

"The Mirror" é um álbum que brilha na sua consistência melódica. Cada canção parece cuidadosamente trabalhada para ter um hook memorável, seja num refrão vocal ou num riff de guitarra. A banda demonstra uma capacidade de construir canções que são complexas o suficiente para manter o interesse, mas acessíveis o suficiente para serem instantaneamente apelativas. A secção rítmica, com uma bateria precisa e um baixo robusto, fornece a base sólida e o groove necessário para as composições.

Para os fãs de bandas como Avantasia, Masterplan, ou mesmo os lados mais melódicos de Helloween e Stratovarius, "The Mirror" será uma audição bastante gratificante. É um álbum que equilibra a potência do heavy metal com uma forte veia melódica e uma profundidade lírica que o eleva.

Em resumo, "The Mirror" dos Black Rose (Suécia) é um álbum notável que demonstra a habilidade da banda em criar heavy metal melódico de alta qualidade. É um trabalho que ressoa com paixão e precisão, e que certamente fará a sua marca no coração dos amantes do género.

Já teve a oportunidade de se refletir em "The Mirror" dos Black Rose suecos? Qual a sua faixa favorita e o que mais o cativou neste álbum?

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Eternal Idol - Behind A Vision (2025) Itália

Os Eternal Idol, com o seu novo álbum "Behind A Vision", continuam a solidificar a sua posição no panorama do symphonic power metal e metal melódico. O álbum é uma demonstração da evolução da banda, entregando uma sonoridade que é ao mesmo tempo épica, grandiosa e profundamente melódica.

Desde os primeiros acordes, "Behind A Vision" revela a sua ambição. A produção é impecável, com cada instrumento a soar cristalino e a contribuir para uma parede de som imponente. Os arranjos orquestrais e os elementos sinfónicos são integrados de forma orgânica, elevando as composições a um patamar cinematográfico sem nunca ofuscar a essência metal.

Os vocais são um dos pontos mais fortes do álbum. Com performances poderosas e emotivas, o vocalista (e possivelmente vocalista feminina, dependendo do alinhamento específico do álbum) entrega melodias cativantes e linhas vocais que se gravam na memória. A interação entre vozes, se presente, adiciona uma dinâmica rica e harmoniosa que é característica do género.

Musicalmente, "Behind A Vision" é um festim para os ouvidos dos fãs de power metal. As guitarras disparam riffs energéticos e solos virtuosos que combinam técnica com uma sensibilidade melódica apurada. A secção rítmica, com uma bateria bombástica e um baixo robusto, fornece a base sólida e o groove necessário para as composições complexas. Há um equilíbrio notável entre a agressividade e a beleza melódica, com a banda a transitar sem esforço entre passagens rápidas e intensas e momentos mais atmosféricos e grandiosos.

As letras, como é comum no género, exploram frequentemente temas de fantasia, mitologia, batalhas internas e esperança, complementando a grandiosidade musical. O álbum consegue manter um nível de qualidade consistentemente alto, com várias faixas a destacarem-se como potenciais hinos que apelam à repetição.

Para os fãs de bandas como Rhapsody of Fire, Kamelot, Nightwish (com vocais masculinos fortes) ou Stratovarius, "Behind A Vision" é uma audição obrigatória. Os Eternal Idol demonstram uma maturidade composicional e uma execução que os coloca entre os nomes a ter em conta no symphonic power metal.

Em resumo, "Behind A Vision" é um álbum impressionante que consolida a evolução dos Eternal Idol. É um trabalho épico, melódico e poderosamente executado, que certamente irá agradar aos admiradores do metal sinfónico e de power metal com uma forte veia melódica.

Já teve a oportunidade de mergulhar em "Behind A Vision"? Qual a sua faixa favorita e o que mais gostou na abordagem sinfónica da banda?

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domingo, 13 de julho de 2025

Laguna - The Ghost Of Katrina (2025) México


A banda Laguna, com o seu álbum "The Ghost Of Katrina", leva-nos numa viagem emocional e intensa, explorando um território que vai além do hard rock melódico tradicional. O título do álbum sugere imediatamente uma narrativa profunda, e o conteúdo musical corresponde a essa promessa, oferecendo um trabalho que é ao mesmo tempo poderoso e carregado de alma.

Desde as primeiras notas, fica claro que este não é um álbum de rock genérico. Há uma seriedade e uma profundidade na produção que o distinguem. O som é limpo, mas com uma crueza subjacente que realça a emoção das composições. As guitarras são o pilar central, entregando riffs pesados e solos melódicos que contam a sua própria história. A mistura entre passagens mais densas e momentos de maior leveza e melodia é feita com mestria.

A voz do vocalista é, sem dúvida, o coração do álbum. Com uma performance cheia de paixão e emoção, ele consegue transmitir a dor e a resiliência que o tema central exige. A sua voz é versátil, transitando entre uma entrega poderosa e momentos de vulnerabilidade, o que adiciona uma camada de autenticidade a cada canção.

Musicalmente, "The Ghost Of Katrina" é uma experiência coesa. As canções fluem umas para as outras, criando uma narrativa sonora que prende o ouvinte. Há uma notável capacidade de construir ambientes e paisagens sonoras, o que faz com que o álbum se sinta mais como uma obra cinematográfica do que uma simples coleção de músicas. A secção rítmica, com a bateria a marcar um ritmo pesado e o baixo a fornecer uma base sólida, é a espinha dorsal que mantém tudo unido.

O que realmente eleva este álbum é a sua profundidade temática. O título "The Ghost Of Katrina" não é apenas um nome, é o ponto de partida para a exploração de temas como a perda, a resiliência humana e o peso das memórias. As letras são poéticas e introspectivas, adicionando um peso emocional que nem sempre se encontra no género.

Em suma, "The Ghost Of Katrina" é um álbum que solidifica a Laguna como uma banda com algo importante a dizer, e com a habilidade musical para o expressar de forma convincente. É uma audição obrigatória para os fãs de hard rock que apreciam um trabalho com substância, que vá além do entretenimento para tocar a alma.

Já teve a oportunidade de ouvir "The Ghost Of Katrina"? Qual a sua impressão sobre a abordagem temática da banda?

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Madhouse - Plead The Fifth (2025) Áustria


Os Madhouse, uma banda que opera sob a égide do heavy metal e hard rock mais tradicional, trazem-nos "Plead The Fifth", um álbum que se propõe a ser uma demonstração de força e um aceno às raízes do género. E, para os amantes de riffs potentes e vocais rasgados, este trabalho tem muito a oferecer.

Desde o momento em que as primeiras notas irrompem, "Plead The Fifth" estabelece um tom de agressividade e energia. A banda mergulha de cabeça num som que remete aos grandes nomes do metal dos anos 80, com uma produção que é simultaneamente robusta e orgânica, evitando a esterilidade que por vezes afeta as produções modernas. As guitarras são o elemento dominante, com riffs musculosos que servem de espinha dorsal para a maioria das composições. Os solos são incendiários, repletos de técnica e melodia, mas sem nunca se tornarem excessivamente autoindulgentes.

O vocalista é uma peça fundamental na identidade dos Madhouse. Com uma voz que transita entre um grito rouco e um registo mais melódico, ele entrega as letras com uma paixão palpável. Há uma sensação de autenticidade na sua performance, que se encaixa perfeitamente na atitude sem-rodeios da banda. As letras, muitas vezes abordando temas de rebeldia, luta e superação, são diretas e complementam a musicalidade poderosa.

"Plead The Fifth" não tenta reinventar a roda, mas sim poli-la com afinco. O álbum é um tributo honesto ao heavy metal clássico, com músicas que são construídas em torno de estruturas comprovadas e hooks que ficam na cabeça. Faixas como "Breaking The Chains" ou a própria "Plead The Fifth" demonstram a capacidade dos Madhouse em criar hinos de metal que são ao mesmo tempo enérgicos e memoráveis. A secção rítmica, com uma bateria contundente e um baixo sólido, fornece o punch necessário para impulsionar cada canção.

Para os fãs de bandas como Judas Priest, Accept ou mesmo os primeiros Metallica, "Plead The Fifth" será uma audição gratificante. É um álbum que apela diretamente à essência do heavy metal: potência, atitude e riffs de guitarra inconfundíveis.

Em resumo, "Plead The Fifth" é uma declaração sólida dos Madhouse. É um álbum que entrega o que promete: heavy metal direto e sem concessões, feito com paixão e competência. Se procura um álbum para levantar o espírito e sentir a adrenalina do metal clássico, este é uma excelente escolha.

Já teve a oportunidade de ouvir "Plead The Fifth"? Quais são as suas impressões sobre o álbum?

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sábado, 12 de julho de 2025

Double Vision - Double Vision (2025) UK


Os Double Vision, banda sediada no Reino Unido, apresentam o seu álbum de estreia autointitulado em 2025, e desde as primeiras notas, fica claro que vieram para impressionar. Com uma sonoridade que mergulha profundamente nas raízes do hard rock e do melodic rock, "Double Vision" é uma audição cativante que promete ressoar com os fãs dos clássicos, ao mesmo tempo que injeta uma energia fresca.

O álbum arranca com uma confiança notável, demonstrando de imediato a proficiência instrumental da banda. As guitarras são o coração pulsante deste trabalho, entregando riffs memoráveis, harmonias envolventes e solos que são, ao mesmo tempo, técnicos e repletos de melodia. É evidente a influência de gigantes do hard rock e do AOR (Adult Oriented Rock) dos anos 70 e 80, mas os Double Vision conseguem infundir a sua própria identidade, evitando soar como uma mera cópia.

A voz do vocalista é um dos maiores trunfos do álbum. Com um alcance impressionante e uma entrega carregada de emoção, ele navega pelas canções com facilidade, alternando entre passagens mais suaves e refrões poderosos que ficam na cabeça. As linhas vocais são viciantes, concebidas para serem cantadas em plenos pulmões. A produção de "Double Vision" é limpa e potente, permitindo que cada instrumento respire e que a complexidade das composições seja apreciada. Não há artificialidade, apenas um som orgânico e robusto que realça a qualidade das músicas. A secção rítmica, com uma bateria precisa e um baixo sólido, fornece a base perfeita para as melodias de guitarra e voz.

Faixas como "Dreams Fade Away" e "Midnight Rider" destacam-se pela sua energia contagiante e estrutura de canção impecável. O álbum, no geral, apresenta uma consistência notável, com todas as músicas a contribuírem para uma experiência auditiva coesa e gratificante. Há um equilíbrio entre as baladas emotivas e os rockers de ritmo acelerado, mostrando a versatilidade da banda em explorar diferentes matizes dentro do género.

"Double Vision" (2025) é um álbum de estreia promissor que coloca os Double Vision no mapa do hard rock melódico. É um trabalho que irá agradar aos fãs de bandas como Journey, Foreigner, e Whitesnake, mas que também se destaca pela sua própria identidade e paixão. Uma audição altamente recomendada para quem procura um rock honesto, bem-feito e cheio de alma.

Já teve a oportunidade de ouvir "Double Vision" dos Double Vision? Qual a sua faixa favorita?

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Tush - Thunder Road (2025) Suécia

A banda sueca Tush, com o seu álbum "Thunder Road", leva-nos numa viagem nostálgica de volta à era de ouro do rock and roll, com um som que é uma homenagem descarada e apaixonada aos grandes mestres do género. Para os fãs de AC/DC, Airbourne, e todos aqueles que apreciam um bom e velho hard rock de arena, este álbum é um achado.

Desde o primeiro riff de guitarra, "Thunder Road" não esconde as suas intenções: é rock direto, sem frescuras, construído para ser tocado alto e para fazer a plateia abanar a cabeça. A produção é crua e energética, capturando a essência de uma banda que soa como se estivesse a tocar ao vivo num palco sujo de um bar de beira de estrada. As guitarras são o centro das atenções, com riffs pesados e solos melódicos que remetem aos clássicos.

O vocalista tem uma voz rouca e poderosa que se encaixa perfeitamente na estética da banda, lembrando os grandes frontmen do hard rock dos anos 70 e 80. As letras são sobre carros, estradas abertas, festas e tudo aquilo que se associa à vida rock and roll despreocupada. Não há grandes filosofias aqui, apenas pura diversão e energia.

Faixas como a própria "Thunder Road" e outras demonstram a capacidade dos Tush em criar hinos instantâneos que são perfeitos para cantar em coro. A banda não reinventa a roda, mas sim roda-a com grande entusiasmo e competência. A secção rítmica é sólida, fornecendo o groove e a pulsação que fazem o corpo mexer.

Para quem procura um álbum cheio de riffs cativantes, groove implacável e uma atitude rock and roll inabalável, "Thunder Road" é uma escolha excelente. É o tipo de álbum que se ouve enquanto se conduz na autoestrada, com as janelas abertas e o volume no máximo. Os Tush provam que o hard rock clássico ainda tem muito para dar, e eles estão aqui para o entregar com paixão e sinceridade.

Em suma, "Thunder Road" é um álbum que satisfará os anseios de qualquer fã de hard rock. É autêntico, energético e, acima de tudo, muito divertido.

Já teve a oportunidade de ouvir "Thunder Road"? O que achou desta viagem no tempo ao puro rock and roll?

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segunda-feira, 7 de julho de 2025

Wytch Hazel - V: Lamentations (2025) UK

Os Wytch Hazel, a banda britânica liderada pelo carismático Colin Hendra, regressam com "V: Lamentations", o seu quinto álbum de estúdio. Conhecidos pela sua abordagem única que funde o hard rock clássico e o heavy metal tradicional com letras de inspiração cristã, os Wytch Hazel continuam a trilhar o seu caminho distinto, e "V: Lamentations" é mais uma prova da sua crescente maturidade e originalidade.

Desde o primeiro acorde, o álbum estabelece um tom que é simultaneamente familiar e fresco. As guitarras duplas, uma marca registada da banda, entregam riffs melódicos e harmonias que remetem aos grandes nomes do NWOBHM (New Wave of British Heavy Metal) e do rock dos anos 70. Há uma energia palpável em cada faixa, impulsionada por uma secção rítmica sólida e orgânica. A produção é calorosa e clara, dando espaço para que a musicalidade de cada instrumento brilhe sem perder a coesão.

A voz de Colin Hendra é, como sempre, o coração dos Wytch Hazel. Com um tom distintivo e uma paixão inegável, ele canta as letras que exploram temas de fé, redenção e luta interior, mas de uma forma que é acessível e ressonam com um público mais amplo. A sua entrega vocal é melódica e poderosa, encaixando-se perfeitamente na instrumentação.

"V: Lamentations" apresenta uma série de faixas que se destacam pela sua composição astuta e hooks memoráveis. Canções como "The Fire's Age" e "A Thousand Years" mostram a capacidade da banda em criar hinos de rock que são cativantes e inspiradores. O álbum equilibra momentos de ritmo acelerado com passagens mais atmosféricas e reflexivas, demonstrando a versatilidade dos Wytch Hazel em manter o ouvinte envolvido ao longo de toda a experiência.

O que realmente distingue os Wytch Hazel é a sua autenticidade. Eles não se esforçam por seguir tendências, preferindo aperfeiçoar o seu som único. "V: Lamentations" é um álbum que soa genuíno, feito por músicos que amam o que fazem e que acreditam na sua mensagem. É um disco que tem alma e que convida a múltiplas audições para se descobrir todas as suas camadas.

Em resumo, "V: Lamentations" é um excelente álbum dos Wytch Hazel. É um testemunho do seu talento em criar heavy metal e hard rock intemporal, com uma profundidade lírica que o eleva. Se é fã de bandas como Thin Lizzy, Iron Maiden (dos primeiros tempos) ou Jethro Tull, mas procura algo com uma sensibilidade moderna e uma mensagem sincera, este álbum é altamente recomendado.

Já teve a oportunidade de ouvir "V: Lamentations"? Qual a sua faixa favorita e o que mais gostou no álbum?

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WarKings - Armageddon (2025) Internacional

Os Warkings, a banda que se autodenomina composta por quatro reis guerreiros que regressaram do passado para espalhar a sua mensagem de metal, lançam "Armageddon", o seu mais recente ataque sonoro. E tal como os seus álbuns anteriores, este não desilude os fãs de power metal épico e direto.

"Armageddon" é, em essência, o que se espera dos Warkings: hinos de batalha, refrões gigantescos e uma energia implacável que remete diretamente para o campo de batalha. Desde o primeiro riff, o álbum mergulha-nos num universo de espadas, escudos e coragem. A produção é massiva e polida, garantindo que cada instrumento – da bateria trovejante às guitarras afiadas e aos coros épicos – contribua para a muralha sonora que é a marca registada da banda.

Os vocais, a cargo do "Tribune", são o ponto central de cada faixa. Com uma voz potente e operática, ele lidera a carga, entoando letras que falam de glória, guerra e mitos antigos. Os coros são pensados para serem cantados por milhares, com uma grandiosidade que evoca concertos cheios de braços no ar. Faixas como "Hellfire" e "Monsters" são exemplos perfeitos da capacidade dos Warkings em criar hinos instantâneos que ficam na cabeça.

Musicalmente, "Armageddon" não se desvia muito da fórmula vencedora que os Warkings aperfeiçoaram nos seus trabalhos anteriores. Temos riffs de guitarra diretos e cativantes, solos melódicos mas incisivos e uma secção rítmica sólida que fornece a base para a grandiosidade vocal e melódica. A banda consegue manter um nível de energia consistentemente alto, com poucas pausas para respirar, o que é ideal para quem procura uma dose ininterrupta de power metal.

Para os fãs de bandas como Powerwolf, Sabaton ou mesmo o lado mais épico dos Blind Guardian, "Armageddon" é uma audição obrigatória. É um álbum que não tenta reinventar a roda, mas sim aperfeiçoá-la dentro do seu próprio nicho. Os Warkings entregam exatamente o que os seus seguidores esperam: um power metal épico, divertido e cheio de adrenalina.

Em suma, "Armageddon" é mais um capítulo vitorioso na saga dos Warkings. É um álbum que confirma o seu estatuto como uma das bandas mais consistentes e empolgantes no cenário do power metal atual. Se procura um álbum para levantar o seu espírito guerreiro e cantar a plenos pulmões, "Armageddon" é a sua escolha.

Já ouviu "Armageddon"? Qual a sua faixa favorita?

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sábado, 5 de julho de 2025

Heathen’s Eye - Port Inspiro (2025) Suécia


Os Heathen's Eye, uma banda que tem vindo a esculpir o seu nicho no cenário do metal progressivo, apresentam-nos o seu mais recente trabalho, "Port Inspiro". Este álbum é uma jornada sonora ambiciosa que promete levar os ouvintes a um universo de complexidade musical e narrativas profundas. E, na maioria das vezes, consegue fazê-lo com um nível impressionante de destreza e paixão.

Desde o primeiro momento, "Port Inspiro" revela a sua natureza progressiva. As estruturas das músicas são intrincadas, com mudanças de ritmo e andamento que exigem atenção, mas que recompensam com uma sensação de descoberta a cada nova audição. Há uma fusão inteligente de riffs pesados, passagens atmosféricas e solos técnicos que demonstram a perícia individual de cada membro da banda. A produção é robusta e cristalina, permitindo que cada camada instrumental se destaque sem sobrecarregar a mistura.

O vocalista é uma peça central neste quebra-cabeça musical. A sua performance vocal é versátil, transitando entre linhas melódicas e momentos de maior agressividade, adaptando-se perfeitamente às nuances de cada composição. As letras, muitas vezes enigmáticas e poéticas, convidam à interpretação e adicionam uma camada extra de profundidade ao álbum.

"Port Inspiro" não é um álbum para consumo rápido. Requer e recompensa a dedicação. As composições são elaboradas, com a banda a explorar dinâmicas que vão do heavy e direto ao melódico e atmosférico. Os teclados adicionam texturas ricas e complexas, enquanto as guitarras alternam entre riffs potentes e solos virtuosos que, embora técnicos, nunca perdem o seu propósito melódico. A secção rítmica, com baixo e bateria, é a espinha dorsal, fornecendo uma base sólida e muitas vezes inventiva que impulsiona as músicas para a frente.

Para os fãs de metal progressivo que apreciam bandas como Opeth, Haken ou Dream Theater, "Port Inspiro" tem muito para oferecer. É um álbum que equilibra a complexidade técnica com a emoção, e a agressividade com a beleza. É um testamento à capacidade dos Heathen's Eye de criar paisagens sonoras imersivas e desafiadoras.

Em suma, "Port Inspiro" é um álbum que solidifica a posição dos Heathen's Eye como uma força a ter em conta no panorama do metal progressivo. É uma audição gratificante para quem procura profundidade e aventura musical. Uma verdadeira obra de arte progressiva que merece ser explorada com atenção.

O que achou deste álbum ou dos Heathen's Eye? Deixe a sua opinião!

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Joe Stump’s Tower Of Babel - Days Of Thunder (2025) Internacional


Joe Stump é um nome que dispensa apresentações para os aficionados por guitarra shred. Conhecido pelo seu estilo neoclássico e uma velocidade alucinante, o guitarrista americano tem vindo a cimentar o seu legado ao longo de décadas. Com "Days Of Thunder", o seu projeto Joe Stump's Tower Of Babel entrega mais uma dose do que os fãs esperam: virtuosidade, riffs bombásticos e uma homenagem clara aos mestres do metal e rock dos anos 80.

Desde o primeiro minuto, "Days Of Thunder" é um assalto sónico que não pede desculpa. A produção é potente, com a guitarra de Stump a brilhar intensamente na mistura, tal como se esperaria. Os riffs são pesados e cheios de groove, mas é nos solos que Stump verdadeiramente se destaca. As suas escalas arpejadas, os sweep pickings vertiginosos e as frases melódicas intrincadas são a marca registada que o coloca entre os grandes do género.

O álbum é, em grande parte, uma celebração do shred instrumental, mas as faixas com vocais adicionam uma dinâmica interessante. O vocalista (muitas vezes Rob Alex, embora o line-up possa variar) entrega performances sólidas que complementam a complexidade instrumental sem a ofuscar. As letras tendem a ser diretas e focadas nos temas clássicos do metal – poder, velocidade, batalhas – o que se encaixa perfeitamente na atmosfera geral do álbum.

"Days Of Thunder" é uma viagem nostálgica para quem cresceu a ouvir lendas como Yngwie Malmsteen, Ritchie Blackmore e Gary Moore. Joe Stump não esconde as suas influências, mas consegue infundir a sua própria identidade em cada nota. As composições, embora por vezes previsíveis para quem está familiarizado com o seu trabalho, são bem construídas e mantêm um nível de energia consistentemente elevado. Destacam-se faixas que são verdadeiros exercícios de virtuosismo, mostrando a destreza técnica de Stump em todo o seu esplendor.

Para os puristas da guitarra e para aqueles que anseiam por um metal sem rodeios, "Days Of Thunder" é um prato cheio. É um álbum que celebra a guitarra como protagonista, entregando riffs memoráveis e solos que desafiam a gravidade. No entanto, para quem procura algo mais experimental ou com maior variedade estilística, pode encontrar o álbum um pouco linear.

Em resumo, "Days Of Thunder" é exatamente o que se espera de Joe Stump: um álbum recheado de shredding implacável, riffs poderosos e uma ode à era dourada da guitarra hero. Se é fã de metal neoclássico e procura uma dose de pura adrenalina musical, este álbum não desiludirá.

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quinta-feira, 3 de julho de 2025

Gabrielle de Val - I Am The Hammer (2025) Espanha

Gabrielle de Val, conhecida pela sua voz potente e performances carismáticas em bandas como o The Murder of My Sweet e a Rock of Ages, lança-se agora a solo com "I Am The Hammer". Este álbum promete uma dose robusta de rock melódico e, para os fãs do género, cumpre a promessa com mestria e paixão.

Desde as primeiras notas, fica claro que Gabrielle de Val não veio para brincadeiras. O álbum arranca com uma energia contagiante, apoiada por uma produção polida e incisiva. A voz de Gabrielle é o centro das atenções, e com razão. Ela domina cada faixa com uma confiança inabalável, alternando entre notas suaves e poderosos refrões que ficam na cabeça. A sua interpretação é cheia de alma e transmite a emoção de cada letra, seja nos momentos mais introspectivos ou nas explosões mais intensas.

Musicalmente, "I Am The Hammer" é um festim para os ouvidos dos amantes do rock clássico e do AOR (Adult Oriented Rock). Há riffs de guitarra cativantes que remetem aos grandes nomes dos anos 80, solos de teclado melódicos e uma secção rítmica sólida que impulsiona cada canção. É um som familiar, mas que Gabrielle de Val e a sua equipa conseguem infundir com uma energia contemporânea que o impede de soar antiquado. Faixas como "Hold The Line" e a poderosa "I Am The Hammer" são exemplos perfeitos da capacidade da artista em criar hinos de rock que ecoam na mente muito depois de a música terminar.

Uma das grandes qualidades do álbum é a sua consistência. Não há faixas de "enchimento" aqui; cada canção parece ter sido cuidadosamente trabalhada e colocada para contribuir para a experiência geral. As letras, muitas vezes abordando temas de força, resiliência e auto-descoberta, complementam perfeitamente a musicalidade poderosa.

Em suma, "I Am The Hammer" é um álbum que solidifica a posição de Gabrielle de Val como uma força a ser reconhecida no mundo do rock. É uma audição obrigatória para quem aprecia vocais poderosos, melodias envolventes e uma produção de alta qualidade. Com este trabalho, Gabrielle de Val não só demonstra o seu talento individual, mas também entrega um dos álbuns mais fortes do género nos últimos tempos.

Se é fã de rock melódico e vozes marcantes, "I Am The Hammer" é um álbum que não pode perder. Já o ouviu? O que achou?

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Nicklas Sonne - Electric Dreams (2025) Dinamarca

Nicklas Sonne é um nome que, para alguns, pode soar familiar do seu trabalho com a banda dinamarquesa Defecto, ou talvez da sua impressionante passagem pelo Melodi Grand Prix, onde mostrou um vislumbre do seu talento solo. Agora, com "Electric Dreams", Sonne apresenta-se de corpo inteiro no mundo do rock, e o resultado é uma montra sólida da sua capacidade multifacetada como músico e produtor.

Desde o primeiro acorde, fica claro que "Electric Dreams" não é um álbum para ser discretamente relegado ao fundo. É um trabalho vibrante e energético que grita por atenção. As influências do rock dos anos 80 são inegáveis, mas Sonne consegue injetar uma frescura contemporânea que impede o álbum de soar datado. A produção é limpa e potente, permitindo que cada instrumento respire, mas sem perder a parede de som que define o género.

A voz de Sonne é, sem dúvida, o ponto focal do álbum. Com um alcance e controlo notáveis, ele transita sem esforço entre vocais melódicos e poderosos gritos de rock, demonstrando uma versatilidade vocal impressionante. É uma voz que convence e que eleva cada faixa.

Musicalmente, "Electric Dreams" oferece uma mistura satisfatória de riffs de guitarra cativantes, solos virtuosos e secções rítmicas robustas. Faixas como "Hero" e "My Dream" destacam-se pela sua energia contagiante e refrões memoráveis, prontos para serem cantados em concertos. No entanto, o álbum também mostra a capacidade de Sonne para criar momentos mais ponderados, embora o foco principal seja inegavelmente no lado mais pesado e energético do rock.

Uma das maiores forças de "Electric Dreams" reside na sua coerência. O álbum flui bem de uma faixa para a outra, criando uma experiência auditiva contínua e envolvente. É evidente que Sonne investiu tempo e paixão em cada detalhe, desde a composição até à produção final.

No geral, "Electric Dreams" é uma declaração de intenções poderosa de Nicklas Sonne como artista solo. É um álbum que irá ressoar com os fãs de rock que apreciam melodia, energia e performances vocais fortes. Se procura um álbum que o faça abanar a cabeça e cantar em plenos pulmões, "Electric Dreams" é uma aposta segura. É um excelente começo para a sua carreira solo e deixa-nos ansiosos para ver o que virá a seguir.

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quarta-feira, 2 de julho de 2025

Saxon - Eagles Over Hellfest (2025) UK


Saxon - Eagles Over Hellfest: Uma Potência Live Inegável

Os lendários gigantes do heavy metal britânico, Saxon, lançaram o seu mais recente álbum ao vivo, "Eagles Over Hellfest", em 13 de junho de 2025. Este álbum é uma poderosa documentação da sua espetacular performance no festival Hellfest de 2024, capturando a energia e a mestria de uma banda que continua a voar alto, mesmo após décadas na estrada.

"Eagles Over Hellfest" é, em sua essência, um testemunho da carreira exemplar dos Saxon, tocando a 100% de sua velocidade máxima. O álbum apresenta uma mistura magistral de clássicos intemporais que definiram o NWOBHM (New Wave of British Heavy Metal) e algumas faixas mais recentes do seu aclamado álbum de estúdio, "Hell, Fire And Damnation".

A produção do álbum é notavelmente crua e autêntica, soando verdadeiramente "ao vivo", o que nem sempre acontece com gravações de concertos. Essa autenticidade é um dos seus maiores trunfos, garantindo que a energia visceral das atuações da banda seja totalmente transmitida. A mixagem e o equilíbrio sonoro são geralmente bons, e a energia das músicas e das performances é contagiante.

Os membros da banda estão em excelente forma. Biff Byford, o icónico vocalista, está tão poderoso e claro como sempre, com a sua voz única a liderar o ataque sem esforço. Os guitarristas Doug Scarratt e o recém-adicionado Brian Tatler (conhecido pelos Diamond Head) tecem riff após riff e solo após solo com precisão e paixão, demonstrando uma química impecável. A secção rítmica, com Nigel Glockler na bateria e Nibbs Carter no baixo, mantém uma base pulsante e poderosa, impulsionando cada faixa.

O alinhamento do concerto é um verdadeiro "melhores êxitos" para qualquer fã de longa data, incluindo hinos como "Motorcycle Man", "Power And The Glory", "Denim And Leather", "Wheels Of Steel", "747 (Strangers In The Night)", "Crusader" e "Princess Of The Night". A inclusão de faixas mais recentes, como a faixa-título de "Hell, Fire And Damnation" e "Madame Guillotine", mostra que os Saxon não vivem apenas do passado, e que as suas novas músicas se encaixam perfeitamente ao lado dos clássicos.

Embora alguns críticos apontem pequenos detalhes, como o som da caixa de bateria ser "poppy" ou a voz de Biff poder estar mais alta em alguns momentos, estas questões são facilmente superadas pela qualidade geral e pela intensidade do álbum.

"Eagles Over Hellfest" é uma aquisição obrigatória para os fãs dos Saxon e para qualquer admirador do heavy metal puro e sem concessões. Não é apenas um excelente álbum ao vivo, mas também serve como uma introdução "Greatest Hits" perfeita para quem está a descobrir esta banda lendária. Os Saxon continuam a provar que, mesmo após meio século, são uma força a ser reconhecida no mundo do heavy metal.

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terça-feira, 1 de julho de 2025

Orianthi - Some Kind of Feeling (2025) Austrália


ORIANTHI - SOME KIND OF FEELING: Uma Emoção em Forma de Rock em 2025

A rainha da guitarra, Orianthi, continua a solidificar o seu legado no mundo do rock com o lançamento de "Some Kind of Feeling" em 2025. Conhecida pela sua maestria técnica e pela capacidade de infundir cada nota com paixão, Orianthi entrega uma faixa que promete ressoar profundamente com os seus fãs e conquistar novos ouvintes.

"Some Kind of Feeling" destaca-se pela fusão característica de Orianthi entre o hard rock enérgico e melodias cativantes, temperadas com a sua inconfundível perícia na guitarra. É provável que a canção apresente solos virtuosos que já se tornaram a sua marca registada, combinados com uma performance vocal poderosa e emotiva. A canção explora, como o título sugere, uma gama de emoções, transmitindo uma sensação de vulnerabilidade e força simultaneamente.

A produção de "Some Kind of Feeling" deve ser cristalina, permitindo que cada elemento da instrumentação brilhe, desde os riffs de guitarra impactantes até à bateria pulsante e à linha de baixo sólida. A voz de Orianthi, sempre expressiva, provavelmente lidera a faixa com uma confiança que equilibra a sua destreza instrumental.

Este single de 2025 é mais um testemunho da evolução contínua de Orianthi como artista. Ela não é apenas uma guitarrista fenomenal, mas também uma compositora e vocalista que consegue criar músicas com significado e impacto duradouro. "Some Kind of Feeling" é, sem dúvida, uma adição valiosa à sua discografia e uma demonstração de que a paixão e o talento de Orianthi continuam a queimar intensamente no cenário do rock.

Para os fãs de rock melódico com um toque de virtuosismo na guitarra, "Some Kind of Feeling" é uma audição essencial que solidifica o estatuto de Orianthi como uma das figuras mais dinâmicas e talentosas da música atual.

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quinta-feira, 19 de junho de 2025

Malvada - Malvada (2025) Brasil

O quarteto feminino brasileiro Malvada lançou seu tão aguardado álbum autointitulado em 2025 pela Frontiers Music Srl, e as primeiras impressões indicam um trabalho sólido e diversificado que demonstra um crescimento significativo da banda. Formada em 2020, a Malvada rapidamente se destacou no cenário do rock brasileiro e agora busca expandir seu alcance global.
O álbum Malvada é o resultado de dois anos de trabalho, e a banda o descreve como "o melhor trabalho de nossas vidas", prometendo uma "experiência real" que mostra sua verdadeira essência. A produção, a cargo do brasileiro Giu Daga, é elogiada por sua qualidade.
Musicalmente, o álbum é caracterizado como Hard Rock com toques modernos e maleáveis, e ocasionalmente inclinando-se para o Industrial em faixas como "Down The Walls". Há uma mistura de letras em inglês e português, o que é visto como uma aposta para alcançar um público mais amplo. A banda demonstra versatilidade, transitando entre faixas mais pesadas e enérgicas, mid-tempos cativantes e até baladas bem elaboradas.

Destaques notáveis do álbum:
"Down The Walls": Descrita como um Hard Rock Industrial potente e moderno, com ritmos deformados e vocais intensos de Indira Castillo.
"Yesterday (My End, My Beginning)": Lançada como single, é uma faixa que se move entre o Pop Rock com toques de Blues e Soul, demonstrando a versatilidade vocal de Indira Castillo. A banda a descreve como uma canção sobre "a certeza de dias melhores após a tempestade, sobre limites, amor-próprio e auto-respeito".
"Veneno": Uma faixa cantada em português que é elogiada por seu "feeling e vacilão de sobras", adicionando um toque exótico e exuberante ao rock.
"Fear": Uma balada orquestral que é mencionada por sua beleza e intensidade, comparada até mesmo a artistas como Amy Winehouse, criando uma dimensão "terrivelmente avassaladora".
Outras faixas como "After", "Bulletproof", "Aversao", "Como Se Fosse Hoje", "So Sweet" e "I'm Sorry" também são exemplos do dinamismo do álbum, com algumas lembrando a "grande época de Heart".
As resenhas frequentemente elogiam a capacidade das integrantes – Indira Castillo (vocal), Bruna Tsuruda (guitarra), Rafaela Reoli (baixo) e Juliana Salgado (bateria) – de entregar performances "bem coulinas" (com muita atitude), com uma seção rítmica sólida, guitarras engajadas e vocais que se adaptam perfeitamente às melodias.

Em resumo, Malvada de 2025 é considerado um álbum de rock bem-sucedido e variado, que consegue misturar elementos de Hard Rock clássico com abordagens mais contemporâneas, e que promete consolidar a banda no cenário musical. É um disco que busca proporcionar uma experiência completa, sem espaço para o tédio.

Crosson - Guilty Of Rock (2025) Austrália

O último álbum de Crosson, "Guilty of Rock", está recebendo críticas positivas, descrito comouma celebração do glam metal clássico com um toque moderno O álbum é conhecido por seus ganchos cativantes, refrãos poderosos e solos de guitarra impressionantes. Os críticos destacam suas qualidades divertidas, enérgicas e antológicas, sugerindo que ele captura o espírito da Sunset Strip dos anos 80.
Pontos principais das avaliações:
Som:
O álbum é elogiado por seus grandes riffs, refrões cativantes e uma produção moderna que ainda mantém a sensação do glam metal clássico.
Cativante:
Muitos críticos enfatizam os refrãos contagiantes e memoráveis do álbum, tornando-o uma audição agradável.
Energia:
O álbum é descrito como cheio de energia, otimista e de vibrações positivas.
Potencial ao vivo: 
As músicas são consideradas perfeitas para apresentações ao vivo, com alguns críticos mencionando especificamente o potencial para serem cantadas junto.
Produção moderna: 
A produção é moderna e poderosa, mas ainda mantém um toque de rock clássico, graças ao produtor Erik Martensson.
Temas e inspirações:
 "Nobody Wins" é inspirado na invasão russa da Ucrânia, enquanto o álbum como um todo é visto como uma celebração do rock and roll.
Visuais:
O videoclipe de "Guilty of Rock" apresenta animação 3D ambientada em um mundo futurista onde o rock é proibido, adicionando um elemento visual à apresentação da banda.
Data de lançamento: O álbum foi lançado em 13 de junho.
Turnê:
Crosson também está pronto para embarcar em uma turnê nacional para promover Tyketto.
No geral, "Guilty of Rock" está sendo bem recebido por fãs e críticos por seu som cativante, enérgico e hino, posicionando-o firmemente no reino do glam metal clássico com um toque moderno.

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Styx - Circling From Above (2025) USA

Os titãs do rock progressivo Styx estão prontos para decolar mais uma vez com seu próximo álbum, "Circling From Above", anunciado para o deleite de sua fiel base de fãs. Com lançamento digital previsto para 18 de julho de 2025 e cópias físicas já chegando aos primeiros compradores, a expectativa é grande pelo que essa banda lendária irá entregar. Este álbum sucede o aclamado lançamento de 2017, " The Mission" , e o lançamento de 2021, "Crash of the Crown" , dando continuidade à sua recente e prolífica sequência de material inédito.

O primeiro gostinho de Circling From Above vem na forma do single "Build and Destroy". Esta faixa, cantada pelo sempre carismático Lawrence Gowan, sinaliza imediatamente um retorno ao som intrincado, melódico e, às vezes, teatral que define o Styx. Desde o início, "Build and Destroy" exibe a mistura característica da banda: harmonias elevadas, interação instrumental dinâmica e letras reflexivas.

A faixa abre com uma sensação de energia urgente, impulsionada por ritmos propulsores e teclados em camadas que evocam tanto o clássico Styx quanto um toque moderno e refinado. Os vocais de Gowan estão tão fortes como sempre, transmitindo uma sensação de poder e introspeção. O trabalho de guitarra, presumivelmente uma colaboração entre Tommy Shaw e James "JY" Young, fornece tanto solos melódicos quanto riffs crocantes, alicerçando os elementos progressivos com uma base sólida de rock. A estrutura da música demonstra o domínio contínuo da banda na composição, passando por seções distintas que aumentam de intensidade, culminando em um refrão memorável. Liricamente, "Build and Destroy" sugere temas de engenhosidade humana, ambição e talvez a natureza cíclica da criação e destruição, alinhando-se com o conceito relatado do álbum, que gira em torno de satélites abandonados.

O produtor Will Evankovich, que tem sido fundamental no recente ressurgimento criativo do Styx, parece ter mais uma vez trazido à tona o que há de melhor na banda, garantindo uma produção nítida, poderosa e cheia de nuances. Se "Build and Destroy" serve de indicação, Circling From Above promete ser uma adição robusta à discografia do Styx, combinando a sensibilidade clássica do rock progressivo com uma nova perspetiva.

Os fãs podem esperar uma jornada diversificada pelas 13 faixas, incluindo a intrigante faixa-título, "Michigan", "King Of Love" e "Blue Eyed Raven", entre outras. Com sua mistura de veteranos consagrados e a contribuição criativa de novos membros, o Styx parece pronto para entregar mais uma declaração forte que, sem dúvida, repercutirá entre os fãs de longa data e atrairá novos ouvintes para seu som duradouro.

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segunda-feira, 16 de junho de 2025

Animalyze - Powerhouse (2025) Dinamarca


A cena do rock dinamarquês ganha um novo e vibrante protagonista com o lançamento de "Powerhouse", o álbum de estreia da banda Animalyze. Formada em 2017 pelo guitarrista Clay Ronson e o baterista Chris Clark, a banda levou cinco anos para completar sua formação ideal com a adição da vocalista Vikki Mahrt e do baixista Mike Lauren em 2022. Este período de desenvolvimento estendido, culminando no lançamento de "Powerhouse" em 9 de junho de 2025, via Steelheart Records, sugere uma abordagem meticulosa na construção de sua identidade sonora. A dedicação em encontrar a química perfeita e refinar seu som antes de apresentar um álbum completo gerou uma antecipação considerável entre os fãs de rock.
"Powerhouse" é uma autêntica explosão de glam/sleaze rock dinamarquês, repleta de "riffs cativantes, bateria massiva, vocais imponentes e solos de guitarra flamejantes". O álbum captura perfeitamente a essência dos anos 80, com críticos elogiando a capacidade da banda de "reproduzir a vibração dos anos 80 perfeitamente". As comparações com ícones do gênero como Kix, Dangerous Toys, Great White, Ratt, Mötley Crüe, KISS, WASP e Def Leppard são frequentes, posicionando Animalyze firmemente dentro desse nicho. Embora o álbum seja descrito como "não muito original" , essa característica é, na verdade, uma força dentro do glam/sleaze rock. Para os entusiastas do gênero, a autenticidade e a homenagem fiel à estética dos anos 80 são frequentemente mais valorizadas do que a inovação radical. O sucesso do Animalyze reside em sua maestria desse som estabelecido, atendendo a uma demanda específica por rock nostálgico de alta qualidade, uma intenção clara desde a "paixão compartilhada pela atitude energética e crua da cena Glam Rock selvagem dos anos 80".
Entre as dez faixas que compõem "Powerhouse", destacam-se "Kings Of The Night", elogiada por usuários de fóruns por seu som impactante, e "Wild For Free", que recebeu uma análise dedicada. Embora alguns comentários em fóruns apontem que a "produção poderia ser melhor" em certas faixas , essa peculiaridade contribui para uma "vibração crua e retrô dos anos 80", alinhando-se com a natureza frequentemente menos polida do gênero. Essa nuance oferece uma perspectiva equilibrada, transformando uma possível imperfeição técnica em uma escolha estilística que aprimora o apelo do álbum para os puristas.
Em suma, "Powerhouse" é um brilhante debut que solidifica a posição do Animalyze na cena do glam rock contemporâneo. Rockney Colin, do Sleaze Roxx, chegou a declarar que este é "o melhor álbum de estreia de glam que ouvi desde o Reckless Love em 2011". Esta comparação com um álbum de estreia tão aclamado e influente de mais de uma década atrás eleva "Powerhouse" a um patamar de lançamento marcante, sugerindo um nível de qualidade e impacto que transcende a mera aderência ao gênero. Para os fãs de rock clássico dos anos 80, especialmente aqueles que apreciam bandas como Kix, Ratt e Mötley Crüe, "Powerhouse" é um álbum imperdível que promete se tornar um novo marco em suas coleções

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Buckcherry - Roar Like Thunder (2025) USA

Com "Roar Like Thunder", o Buckcherry entrega mais do que os fãs esperam: um rock 'n' roll puro, sem frescuras, que explode com energia e atitude. Se você já conhece a banda, sabe o que esperar – e eles cumprem a promessa.

Desde a faixa de abertura, "This and That", o tom é dado com riffs de guitarra contagiantes e a voz inconfundível de Josh Todd, que continua a ser o coração pulsante da banda. A faixa-título, "Roar Like Thunder", é um hino instantâneo, com um refrão poderoso que vai te fazer querer cantar junto. É o tipo de música que se encaixa perfeitamente em uma playlist de estrada.

O álbum é consistentemente forte, com faixas como "Good Time", que captura a essência festiva do rock, e "Whiskey In The Morning", uma balada rock mais introspectiva, mas ainda assim carregada de emoção. A banda demonstra sua versatilidade, transitando entre o hard rock energético e momentos mais melódicos sem perder a identidade.

A produção é nítida e direta, sem exageros, o que permite que a crueza e a paixão da performance do Buckcherry brilhem. Cada instrumento tem seu espaço, desde a bateria sólida que impulsiona as músicas até os solos de guitarra que são ao mesmo tempo técnicos e cheios de feeling.

"Roar Like Thunder" é um lembre-se do porquê o Buckcherry se mantém relevante na cena do rock. Eles não tentam reinventar a roda, mas sim aprimoram a fórmula que os tornou famosos: canções de rock honestas, com letras que falam sobre a vida, o amor e a busca por um bom tempo. É um álbum que irá agradar tanto aos fãs de longa data quanto aos novos ouvintes que buscam um rock genuíno e cheio de garra. Se você gosta de um rock sujo e direto, este álbum é para você.

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quinta-feira, 12 de junho de 2025

Blind Alice - Nothing Changes (2025) UK


Blind Alice – "Nothing Changes": Um Regresso Triunfal ao Rock Enérgico

Há certas bandas que deixam uma marca indelével na nossa alma musical. Podem não ser a "chávena de chá" de toda a gente, mas de alguma forma, em algum lugar, certas bandas ressoam e oferecem algo que mais ninguém consegue. Os Doomsday Outlaw são uma dessas bandas para mim, por isso, quando três quintos do grupo decidiram sair após um par de álbuns estrondosos, senti-me um pouco desolado. Mas aqui estão eles, Steve Broughton (guitarra), John Mills (guitarra) e John Willis (bateria), com a sua nova e poderosa trupe de rock pesado: Blind Alice. Sinto-me um pouco como se estivesse a "trair" os Doomsday Outlaw com os Blind Alice, mas, honestamente, vou mergulhar de cabeça neste caso ilícito porque eles são simplesmente demasiado bons.
O álbum abre com a estrondosa e roqueira "Call A Doctor". É uma faixa otimista e contagiante, que imediatamente nos agarra com um riff clássico de Steve Broughton e preenchimentos alucinantes. E, sim, eles encontraram um vocalista à altura de Phil Poole em Matt Chubb. Esta é, sem dúvida, uma música para celebrar, para abrir umas cervejas e abanar a anca. A atmosfera muda ligeiramente com a introdução "eclesiástica" do órgão de Matt Ratcliffe em "Spin The Wheel", que rapidamente se desenvolve num groove marcante sobre o lamento soulful de Chubb.
A versatilidade vocal de Matt Chubb é evidente na sublime balada "If There Are Angels", uma canção com o potencial para ser a primeira dança de muitos casamentos no futuro. É uma balada comovente que mostra uma faceta mais suave e emotiva da banda. "Beg, Steal Or Borrow" traz uma sensação mais solta, ao estilo dos Rolling Stones, e fará as suas ancas mexerem-se novamente, antes da introdução bluesy de "You Couldn’t Be More Wrong". Esta última explode num rock corajoso, cheio de confiança e atitude, demonstrando a capacidade da banda de transitar entre o suave e o agressivo.
A pancada do baixo de Vince na faixa "Something Real" dá o pontapé de saída, enquanto Broughton e Mills "noodleiam" antes de se soltarem num groove funky, com um adorável Hammond a dar um impulso extra. "On The Scene" é forjada a partir do blues e apresenta um maravilhoso dueto vocal entre Chubb e Niki Colwell. Tem blues, tem soul e tem mais do que suficiente rock 'n' roll, provando a diversidade e a profundidade musical da banda.
As coisas ganham um toque sulista em "Never Say Goodbye", preparando o terreno para o enorme blues rock de "Performer", que traz à mente as sonoridades dos Bad Company. E preparem-se, porque o encerramento do álbum, "Imposter", vai abaná-los de forma intensa. É uma canção de "chamada e resposta" com outro riff poderoso cortesia de Broughton e Mills, e uma maneira perfeita de terminar este registo.
Este álbum foi muito aguardado, mas devo dizer que valeu a pena a espera. Da mesma forma que os Doomsday Outlaw têm um pouco de tudo na mistura, os Blind Alice também o têm. Há blues, há soul, há southern rock e há o rock mais pesado. Tudo é executado com mestria, e a composição das músicas é de classe mundial. É evidente que eles aperfeiçoaram estas canções, tornando-as as melhores que poderiam ser. Um reconhecimento especial também para o meu amigo, o baterista John Willis, que mantém tudo perfeitamente sincronizado e com uma contenção notável.
Simplesmente não há uma música má neste disco. Se houver alguma justiça, este álbum deveria vender alguns milhões de cópias. Isto precisa ser ouvido!

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