sábado, 4 de outubro de 2025

Michael Schenker Group - Don’t Sell Your Soul (2025) Alemanha

Don’t Sell Your Soul é o mais recente álbum de estúdio do Michael Schenker Group (MSG) e representa a segunda parte de uma trilogia de álbuns inspirada que se iniciou com o tributo de 2024, My Years With UFO. O álbum, lançado a 3 de outubro de 2025, solidifica a posição de Schenker como um dos guitarristas mais influentes e duradouros do Hard Rock e Heavy Metal.

O Poder da Nova Voz

O elemento central deste álbum, a par dos riffs e solos de Michael Schenker, é a presença do vocalista sueco Erik Grönwall (ex-H.E.A.T., ex-Skid Row). Grönwall, considerado por muitos uma das melhores vozes de rock da sua geração, assume a maioria dos temas e empresta à MSG uma potência e um alcance vocal que se encaixa perfeitamente na estrutura clássica da banda. O seu desempenho é, sem dúvida, um dos pontos altos do álbum.

A formação principal é completada por aliados de longa data de Schenker: Bodo Schopf (bateria), Barend Courbois (baixo) e Steve Mann (guitarra e teclados). O álbum também conta com aparições vocais de convidados de peso, como Robin McAuley, Michael Voss (que também co-produz o álbum) e Dimitri “Lia” Liapakis.

Clássico, Mas com Fogo Renovado

Don’t Sell Your Soul oferece aos fãs exatamente o que esperam do MSG: Hard Rock melódico e musculado, com Schenker a "deixar rasgar" na guitarra em praticamente todas as faixas. Embora as novas composições inevitavelmente convidem comparações com o material clássico de UFO, a coleção de 11 faixas consegue manter uma identidade forte e atemporal.

A Guitarra de Assinatura: Schenker demonstra a sua mestria lendária. Os seus solos são tipicamente curtos, mas incrivelmente precisos e on point, provando que a sua criatividade e distinção nos riffs não diminuíram com a idade. O álbum é um veículo para a alta arte da guitarra de Schenker.

A Tradição do Rock: Muitos temas remetem para os melhores dias de MSG e de bandas como Rainbow (era Dio/Bonnet). A escrita musical é focada nas canções em primeiro lugar, em vez de serem meras montras para o virtuosismo de Schenker.

Destaques das Faixas

"Don't Sell Your Soul": A faixa-título é um rocker poderoso, cheio de energia, que irrompe das colunas com um riff Schenkeriano tipicamente propulsivo. A sua sabedoria lírica pode ser simples ("Don’t sell your soul… can’t have it all"), mas a melodia é instantaneamente cativante.

"Eye Of The Storm": Apresenta uma bateria forte e um ritmo que lembra temas antigos de MSG. É uma faixa complexa, mas fácil de ouvir, com Grönwall a mostrar uma excelente amplitude vocal.

"I Can't Stand Waiting": Um pop-rocker infecioso e forte que faria sucesso nos programas de música rock dos anos 80, levantado pelo seu solo de guitarra e melodia memorável.

"Sixstring Shotgun": Um destaque, com os vocais poderosos de Robin McAuley (ex-McAuley Schenker Group). É uma faixa melodicamente forte, que utiliza contrastes rítmicos para construir um coro imponente.

"Surrender": Uma das faixas finais, apresenta um ritmo de bateria em double bass que remete para algo mais agressivo, como Motörhead, embora com uma abordagem vocal mais contida e um groove Hard Rock que fecha o disco em alta.

Veredicto

"Don’t Sell Your Soul" é um álbum sólido e coeso de Hard Rock, cheio de ideias boas e executado com perícia de primeira classe. Michael Schenker e a sua Group demonstram que, mesmo após décadas de carreira, ainda conseguem produzir material relevante e envolvente. A adição de Erik Grönwall é um upgrade inegável, injetando nova vida e poder à sonoridade clássica do MSG. É um álbum atemporal, no melhor sentido, que irá satisfazer tanto os fãs die-hard como os ouvintes que procuram Hard Rock melódico e bem escrito.

Nota: 8.0/10

Com este álbum a ser a segunda parte de uma trilogia, que era mais do seu agrado: o tributo My Years With UFO de 2024, ou estas novas composições em Don't Sell Your Soul?

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Dirkschneider & The Old Gang - Babylon (2025) Alemanha

Babylon é o álbum de estreia de Dirkschneider & The Old Gang (DATOG), um supergrupo alemão que nasceu originalmente como um projeto de caridade e que rapidamente se transformou numa banda completa. O grupo é liderado pela lenda do Heavy Metal, Udo Dirkschneider (Accept, U.D.O.), e inclui outros veteranos de renome, nomeadamente Peter Baltes (baixo), Stefan Kaufmann (guitarra) e o seu filho, Sven Dirkschneider (bateria). A surpresa e o grande trunfo da banda é a adição da vocalista Manuela "Ella" Bibert.

O álbum, lançado em 3 de outubro de 2025, é uma poderosa demonstração de Heavy Metal tradicional e melódico, carregado de riffs thunderous e uma produção moderna e robusta.

Uma Nova Dinâmica Vocal

O aspeto mais distintivo de Babylon é o seu conceito vocal único de três vozes. Enquanto Udo Dirkschneider mantém a sua inconfundível e estrondosa voz — a personificação do metal alemão para muitos — a presença de Ella Bibert e de Peter Baltes (baixo/vocal) adiciona uma nova dimensão.

O Contraste que Funciona: Ella Bibert traz uma voz limpa, poderosa e agradável que contrasta lindamente com o timbre áspero e vulcânico de Udo. Essa dualidade é explorada de forma brilhante em faixas como "Time To Listen" e na poderosa balada "Blindfold", onde Ella assume o domínio vocal, com Udo a aparecer apenas em backing vocals (o que, segundo os críticos, mostra a sabedoria do "Velho Lobo" em partilhar o palco).

O Fogo de Accept

Para os fãs de Accept, o som é imediatamente familiar e satisfatório. O álbum capta o fogo e o brilho dos dias de glória do Accept, mas com uma identidade renovada. Isto não é surpreendente, dado que a formação inclui grande parte da espinha dorsal dessa era.

Hinos de Metal Clássico: Faixas como "Babylon" (a faixa-título) e "Hellbreaker" são puras injeções de adrenalina, com riffs fortes e uma estrutura hínica que pede para ser cantada em estádios.

Potência e Experiência: A experiência da banda é palpável. O álbum oferece 12 faixas de Metal easy listening, direto e eficaz, que garante um sorriso no rosto. A seção rítmica é sólida, e o trabalho de guitarras, entregue por Kaufmann e Mathias "Don" Dieth, mantém os padrões de excelência do German Metal.

Destaques do Álbum 

"Babylon": Um hino épico que demonstra a mestria da banda em criar Heavy Metal tradicional.

"Blindfold": Uma balada emocional e surpreendente, onde o destaque total vai para a voz de Ella Bibert, um dos pontos altos de todo o disco.

"Batter The Power": Um retorno ao Traditional Heavy Metal de Udo, uma faixa que fará os fãs de Accept sentirem-se em casa.

"Beyond The End Of Time": Uma conclusão mais longa e ambiciosa que amarra as pontas soltas do álbum com mestria.

Veredicto

"Babylon" é muito mais do que uma mera curiosidade ou um projeto de veteranos. É um álbum fantástico que exala a alegria e a energia da sua criação colaborativa. A fusão das décadas de experiência com a juventude e o toque fresco de Manuela Bibert resultou num disco de Heavy Metal melódico, coeso e extremamente divertido.

É um registo que prova que estes "Deuses Anciões do Metal" têm ainda muito para dar.

Nota: 8.5/10

Se tivesse de escolher, prefere os temas mais diretos ao estilo Udo/Accept (como "Batter The Power") ou as faixas que exploram mais a dinâmica vocal com Ella Bibert (como "Blindfold")?

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segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Velvet Rush - Trail Of Gold (2025) Alemanha

"Trail Of Gold" é o álbum de estreia da banda alemã de Hard Rock Velvet Rush, de Hamburgo. Lançado em 2025, este disco é um manifesto de puro rock 'n' roll que procura reviver o espírito enérgico e soulful dos anos 70, injetando-lhe uma produção cristalina e moderna. Não é apenas um álbum de estreia, é uma declaração de intenções.

O Poder Vocal de Sandra Lian

O centro de gravidade de Velvet Rush é a vocalista Sandra Lian. A sua voz é o grande trunfo da banda: poderosa, volumosa, com uma profundidade bluesy e uma atitude rock que cativa desde a primeira nota. Lian tem a capacidade de soar rebelde e sofisticada ao mesmo tempo, elevando o material da banda para além de uma simples homenagem ao Classic Rock.

Hard Rock com Glam e Soul

O som de Trail Of Gold é uma fusão eletrizante. A banda não se limita ao Hard Rock tradicional; ela mistura-o com o apelo dançável do Glam e uma boa dose de Soul e Blues que dão às músicas uma textura orgânica e sensual.

Pistas de Abertura: Faixas como "Heart Of Stone" e "Give Me Your Lovin'" apresentam a energia de alta octanagem da banda. A secção rítmica é apertada e o trabalho de guitarra de Dennis Henning é cheio de riffs groovy e solos melódicos.

Hinos e Groove: O single e faixa-título "Trail Of Gold" e "Shake That Thing" são exemplos perfeitos do que a banda faz de melhor: hinos de rock que te obrigam a abanar a cabeça (e o resto do corpo). A banda cria um groove contagiante que é difícil de resistir.

A Tapete Orange-Blazed: O álbum evoca a imagem de uma banda setentista redescoberta, graças à produção polida, mas quente, de Eike Freese (conhecido por trabalhar com bandas como Deep Purple e Simple Minds). Faixas como "Orange Blazed Carpet" encapsulam perfeitamente essa estética de Rock Clássico rootsy.

Veredicto

"Trail Of Gold" não é apenas um excelente álbum de estreia, é um dos lançamentos de Hard Rock mais revigorantes e obrigatórios de 2025. Velvet Rush demonstra maturidade na composição, musicalidade impecável e, o mais importante, uma paixão inesgotável pelo Rock 'n' Roll.

Se gosta de bandas que combinam a atitude do Hard Rock com ganchos vocais inesquecíveis, este álbum é um tesouro a ser descoberto. É puro rock que te fará sorrir.

Nota: 9/10

Qual é o seu elemento favorito numa banda de Hard Rock: o vocal, o riff de guitarra, ou o ritmo?

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Babylon A.D. - When The World Stops (2025) USA

Quase 35 anos após o seu álbum de estreia, a banda de hard rock da Califórnia, Babylon A.D., regressa em 2025 com "When The World Stops". Este álbum, o seu sexto de estúdio, segue de perto o aclamado Rome Wasn't Built In A Day (2024), e demonstra que a banda está numa fase de revitalização criativa e de produção constante.

"When The World Stops" é essencialmente uma celebração do Hard Rock clássico do final dos anos 80 e início dos 90, destilando os melhores elementos da sua sonoridade vintage— riffs energéticos, refrões hinos e a voz inconfundível do vocalista Derek Davis.

Destaques Sonoros e Ponto Forte

O álbum não tenta reinventar a roda, mas sim aperfeiçoar a sua fórmula. A produção, a cargo do próprio Derek Davis, é nítida e potente, corrigindo quaisquer falhas que pudessem ter existido no seu antecessor.

Poder e Melodia: A faixa-título "When The World Stops" é a abertura perfeita: um rocker potente, impulsionado pela guitarra, que transporta o ouvinte para a época em que o rock dominava as rádios, mas com um acento melódico bem afinado.

Baladas de Ouro: O Babylon A.D. sempre se destacou nas baladas, e este álbum não é exceção. "Love Is Cruel" é uma balada power rock clássica, que se destaca pela sua orquestração, pela urgência vocal de Davis e pela sublime adição de um piano convidado. "The Damage Is Done" também se encaixa neste molde, provando a mestria da banda em criar momentos emotivos e hínicos.

Rock de Pura Adrenalina: Faixas como "Toxic Baby" e "Come On Let's Roll" trazem a energia mais crua e hard-hitting dos seus primeiros anos, apoiadas por um trabalho de guitarras em twin-guitars (Ron Freschi e John Matthews) que acrescenta profundidade e complexidade. "Power Of Music" é um hino de celebração do rock, feito sob medida para ser cantado em uníssono nos concertos.

Vocal Inconfundível: O timbre e a entrega de Derek Davis permanecem centrais e vigorosos, conferindo a cada faixa a identidade única do Babylon A.D.

Veredicto

"When The World Stops" é um disco coeso e divertido. Os Babylon A.D. mostram-se numa forma excelente, equilibrando na perfeição a essência nostálgica do Hard Rock com uma produção moderna e sofisticada.

Para os fãs que anseiam pelo som honesto e high-octane do hard rock da viragem dos anos 80 para os 90, este álbum é um triunfo inegável e facilmente um dos melhores álbuns do género em 2025. É Hard Rock com profundidade e garra.


O que o atrai mais no Hard Rock Clássico: as baladas poderosas ou os hinos uptempo?

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sábado, 27 de setembro de 2025

Amorphis - Borderland (2025) Finlândia

Os Amorphis, inabaláveis mestres do metal folclórico e progressivo finlandês, regressaram com "Borderland" em setembro de 2025. O 15º álbum de estúdio da banda é um testemunho da sua notável consistência e da sua habilidade em refinar a fórmula que definiram: uma fusão épica de Melodic Death Metal, Folk e Rock Progressivo, embelezada por narrativas tiradas do folclore finlandês (cortesia do letrista Pekka Kainulainen).

Se os álbuns anteriores, como Under The Red Cloud e Queen Of Time, se destacavam pela grandiosidade e peso bombástico, "Borderland" suaviza ligeiramente as arestas, enfatizando as sensibilidades melódicas da banda. Não significa que falte peso; significa que a melodia e a atmosfera assumem a liderança. A produção de Jacob Hansen (Volbeat, Primal Fear) é clean e detalhada, realçando todas as camadas sonoras.

Destaques Sonoros e Temáticos
O título, "Borderland" (Terra de Fronteira), reflete a dualidade do álbum: a tensão entre o som pesado e as melodias arejadas, bem como a desconexão humana do mundo natural.

Ênfase nos Teclados e Melodias: O trabalho do teclista Santeri Kallio é essencial. Os seus teclados luxuriantes e a sua contribuição para a composição, como na faixa "Bones", conferem ao álbum uma atmosfera rica e cinemática, por vezes com um toque quase synthwave (em faixas como "The Lantern"), mas sempre ancorado em ganchos cativantes.

A Voz de Tomi Joutsen: A interação entre os growls guturais e os vocais limpos de barítono de Tomi Joutsen continua a ser o ponto focal do som moderno da Amorphis. Em "Borderland", os seus vocais limpos ganham um destaque especial, transportando os coros épicos e acessíveis que se tornaram a marca registada da banda.

As Faixas Essenciais:

"Bones" é um dos temas mais pesados do disco, uma faixa mid-tempo construída sobre um riff doomy e adornada com melodias de inspiração oriental, que remete aos seus clássicos.

"Dancing Shadow" é um número mais upbeat e instantaneamente viciante, com ganchos pop que funcionam surpreendentemente bem no seu contexto metal.

"The Circle" atua como uma introdução atmosférica e envolvente ao universo do álbum.

Conclusão

"Borderland" é um álbum maduro e confiante. Embora possa não ter o impacto agressivo de lançamentos anteriores, a sua riqueza melódica e a sua composição fluida provam que os Amorphis são mestres no seu ofício. Não é um álbum que reinvente o género, mas sim um que aprimora o som inconfundível da banda. É uma audição obrigatória para fãs de metal melódico de alta qualidade e Progressive Folk Metal.

O Amorphis consegue manter a chama acesa depois de 35 anos? Sem dúvida. "Borderland" é um disco que recompensa cada nova audição.

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Rage - A New World Rising (2025) Alemanha

Os veteranos do metal alemão, Rage, regressaram em setembro de 2025 com "A New World Rising", o seu mais recente álbum de estúdio. Liderada pelo incansável Peter "Peavy" Wagner, a banda — completada pelo guitarrista Jean Bormann e o baterista Vassilios "Lucky" Maniatopoulos — provou, mais uma vez, que a longevidade não significa estagnação, mas sim stamina criativa.

Após o tom mais sombrio e distópico do seu antecessor, Afterlifelines (2023), "A New World Rising" inverte a narrativa, injetando uma dose de otimismo, energia e positividade no seu som característico de Thrash/Power Metal. Peavy afirmou que o álbum é uma chamada para "pensar de forma independente" e combater a negatividade, e essa mensagem ressoa em cada riff.

O álbum arranca com a intro da faixa-título e explode com "Innovation"— uma faixa rápida e épica que define o ritmo implacável do disco. O som é uma celebração pura do Speed Metal, com a bateria de Lucky a soar como trovão e as guitarras de Bormann a fornecerem melodias afiadas e solos de topo.

A grande força de "A New World Rising" é a sua coerência e consistência de qualidade. O álbum dispensa os elementos orquestrais que marcaram alguns trabalhos anteriores, focando-se na formação de trio para entregar um som cru, direto e cativante.

Destaques:
"Freedom": Um hino de uptempo com um coro infeccioso que incorpora na perfeição a mensagem positiva do álbum. É um tema com potencial para ser um favorito ao vivo.
"Against The Machine": Combina riffs massivos com uma melodia de inspiração oriental, demonstrando a versatilidade da composição.
"Fire In Your Eyes": Descrita por Peavy como uma "declaração de amor a todos os fãs de Metal", é um dos temas mais emotivos e melódicos do álbum.
O álbum é uma mistura bem-sucedida de speed metal puro com o som clássico de Heavy/Power Metal que angariou uma vasta base de fãs para a Rage. O vocal de Peavy Wagner é incrivelmente sólido, e a química do trio é inegável.

"A New World Rising" não é apenas mais um álbum na vasta discografia da Rage; é um dos trabalhos mais vibrantes da banda em anos e uma prova de que, após quatro décadas, a paixão e a determinação da Rage para criar heavy metal fantástico continuam mais fortes do que nunca. É, sem dúvida, um dos melhores álbuns de metal de 2025.

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quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Blindman - After Rain (2025) Japão

A banda japonesa de hard rock progressivo Blindman celebra o seu 30º aniversário com o seu 12º álbum de estúdio, "After Rain", lançado em setembro de 2025. Este trabalho é uma celebração da longevidade e da evolução contínua de uma banda que se estabeleceu como um pilar do rock melódico e tecnicamente proficiente no Japão.

"After Rain" é marcado pelo regresso do teclista original Hitoshi Endo, cuja influência é imediatamente sentida. A banda equilibra na perfeição a agressividade do hard rock com a complexidade melódica e as texturas atmosféricas proporcionadas pelos teclados. A sonoridade é uma mistura rica que remete para o rock clássico europeu e japonês, com uma dose de power e prog metal.

O álbum é notavelmente "o mais agressivo até à data", segundo os comunicados de imprensa. Faixas como "Spreading Out the Wings" e "Groove the Night" demonstram um som sólido e explosivo. O guitarrista Tatsuya Nakamura brilha com um feeling e emoção incríveis, oferecendo riffs poderosos e solos complexos que são uma prova do talento excecional da banda. A sua musicalidade é um dos principais motores do disco.

No entanto, o álbum não é apenas sobre força. O seu coração reside na entrega emocional e melódica. A faixa-título "After Rain" sugere uma peça mais introspectiva ou climática, que explora a dualidade presente em todo o disco— a tempestade e a calma. Outros títulos como "Love So Blue" e "Perfect World" prometem hinos melódicos e baladas poderosas, mantendo a tradição da Blindman em fundir o peso do rock com a profundidade da alma.

"After Rain" é uma declaração de intenções e um novo marco para os Blindman. É um álbum que honra o seu estilo tradicional de hard rock virtuoso, mas que, ao mesmo tempo, procura uma nova evolução e vigor. É uma audição obrigatória para quem aprecia hard rock melódico com excelência técnica e um toque de drama japonês.

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38 Special - Milestone (2025) USA

Em 19 de setembro de 2025, o 38 Special encerrou um hiato de mais de duas décadas sem um álbum de estúdio, com o lançamento de "Milestone". Este trabalho é particularmente significativo, não só por celebrar o 50º aniversário da banda, mas também por ser uma declaração ousada e atualizada do Southern Rock/AOR (Adult-Oriented Rock) que os tornou famosos.

O álbum é uma ponte entre o som que a banda começou a criar em 1974 e o futuro, como afirmou o cofundador Don Barnes. "Milestone" conta com uma produção de alto nível, cortesia do lendário Jim Peterik (Survivor), que também é um colaborador de longa data da banda. A presença de Peterik, bem como as colaborações em composição com nomes como Randy Bachman e Pat Monahan (Train), garante que o álbum mantenha a assinatura melódica e os coros radio-friendly que definiram o seu sucesso nos anos 80.

O primeiro single, "All I Haven't Said", é um hino de ritmo médio que instantaneamente relembra o melhor do 38 Special: um groove constante, uma linha de guitarra memorável e a voz inconfundível de Don Barnes, que ainda soa cheia de alma e poder.

O título "Milestone" ("Marco") é apropriado, pois o álbum é uma homenagem à longevidade e à resiliência da banda. Mesmo com Barnes como único membro original (Donnie Van Zant se aposentou devido a problemas de saúde), ele observa que "alguns dos 'novos' membros estão cá há mais de 30 anos", e essa estabilidade transparece. O álbum é um equilíbrio entre o rock de guitarras in-your-face e momentos mais introspectivos e baladas comoventes.

"Milestone" é um álbum obrigatório para os fãs de rock clássico. É um testemunho do poder duradouro do Southern Rock, provando que o 38 Special continua a ser uma máquina de hits que consegue "ir com tudo" e entregar material de qualidade, digno do seu legado.

Em suma, é um regresso triunfante que serve como uma injeção de energia e alma no rock de 2025.

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quinta-feira, 18 de setembro de 2025

Year Of The Goat - Trivia Goddess (2025) Suécia

A banda sueca de rock oculto, Year Of The Goat, regressou aos palcos com o seu quinto álbum de estúdio, "Trivia Goddess", lançado a 15 de setembro de 2025. Após cinco anos de silêncio discográfico, a banda prova que o tempo de espera valeu a pena, entregando um trabalho que solidifica a sua posição como um dos nomes mais relevantes do rock de inspiração mística e setentista.

"Trivia Goddess" é uma experiência sonora imersiva. O álbum é uma mistura perfeita de metal pesado e rock psicadélico, com fortes influências de bandas como Black Sabbath e Blue Öyster Cult. A sonoridade é construída sobre uma base de riffs de guitarra pesados e grooves hipnóticos, mas o verdadeiro destaque são os teclados e o órgão, que criam uma atmosfera de ritual pagão, quase cinemática.

O vocalista Thomas Eriksson é o xamã que guia a audiência por esta jornada. A sua voz única, ao mesmo tempo sombria e melódica, confere a cada canção um peso e um sentimento que se adequam na perfeição às letras que exploram temas ocultos, mitologia e o lado mais sombrio da natureza humana.

O álbum é uma obra que se desenrola de forma consistente, com faixas que se conectam e fluem umas para as outras. Canções como a faixa-título "Trivia Goddess" e a misteriosa "Sublime" destacam o lado mais melódico e acessível da banda, enquanto outras, como "Votive Offering", mostram a sua capacidade de mergulhar em arranjos mais complexos e atmosféricos. A produção é calorosa e orgânica, o que reforça o som vintage do álbum, sem que pareça um simples retrocesso.

Em suma, "Trivia Goddess" é um álbum maduro e confiante. A Year Of The Goat não tenta reinventar a roda, mas aperfeiçoa o seu som caraterístico, criando um trabalho que é um deleite para os fãs de rock pesado e oculto. É, sem dúvida, um dos álbuns mais importantes do género em 2025.

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Stargazer - Stone Cold Creature (2025) Noruega

Após nove anos de silêncio, os veteranos do Hard Rock e Melodic Metal norueguês, Stargazer, regressaram triunfantemente com o seu quarto álbum de estúdio, "Stone Cold Creature". Lançado a 5 de setembro de 2025, este trabalho não é apenas um regresso, mas uma reafirmação da posição da banda como uma força a ter em conta no género, misturando a complexidade do melodic metal com a alma do hard rock clássico.

Desde a primeira nota, fica claro que "Stone Cold Creature" é um álbum com uma visão clara. A banda, liderada pelo vocalista e baixista Tore Pedersen, cria uma sonoridade que é ao mesmo tempo intrincada e acessível. A grande diferença da Stargazer em relação a muitas outras bandas de melodic metal é a sua forte base de hard rock, que se manifesta em riffs poderosos, melodias cativantes e um foco na canção em si, e não apenas na demonstração de virtuosismos.

Os vocais de Tore Pedersen são um dos maiores destaques do álbum. A sua voz limpa, potente e emotiva é o centro de cada faixa, navegando com facilidade entre passagens calmas e explosões de puro poder vocal. É um estilo que remete para as grandes vozes do hard rock dos anos 70, mas que soa incrivelmente moderno.

O álbum é uma jornada sonora. Músicas como a faixa-título "Stone Cold Creature" demonstram a capacidade da banda em construir arranjos complexos e dinâmicos, com mudanças de ritmo inesperadas e harmonias de guitarra duplas que são uma delícia para os fãs de metal. Já a faixa "Crimson Sunset" mostra o lado mais melódico e épico da banda, com uma atmosfera mais sombria e introspectiva. A produção é cristalina, permitindo que cada instrumento, desde a bateria precisa até ao baixo proeminente e as guitarras fluidas, brilhe sem ofuscar os outros.

Em suma, "Stone Cold Creature" é um álbum que a Stargazer lança como uma declaração de intenções. É um disco que demonstra a maturidade de uma banda que sabe exatamente o que quer, misturando a técnica com uma paixão inegável. Não é apenas para os fãs de metal progressivo; é para qualquer pessoa que aprecie boa música, bem tocada e com uma alma genuína. É, sem dúvida, um dos álbuns obrigatórios de 2025 no seu género.

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quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Wings Of Steel - Winds Of Time (2025) USA


No início de 2025, a banda de heavy/power metal Wings of Steel, oriunda dos Estados Unidos, finalmente entregou o seu muito aguardado álbum de estreia, "Winds of Time". Depois de terem impressionado com singles e EPs anteriores, a banda provou que a espera valeu a pena, consolidando-se como uma das novas e mais promissoras vozes no power metal tradicional.

O álbum é uma carta de amor descarada ao power metal dos anos 80, evocando instantaneamente o espírito de bandas como Queensrÿche (The Warning/Rage for Order), Crimson Glory e até mesmo Iron Maiden na sua abordagem melódica e estrutural. A produção é limpa e poderosa, capturando a energia de uma banda a tocar em conjunto, sem comprometer a nitidez de cada instrumento.

Um dos maiores trunfos de "Winds of Time" é, sem dúvida, o vocalista Leo Unnermark. A sua voz é simplesmente espetacular, combinando um registo alto e potente, típico do power metal, com uma intensidade emocional e um controlo que poucos cantores conseguem igualar. É uma performance que ecoa as lendas do género, mas com uma identidade própria. As suas linhas vocais são o coração de cada canção, elevando o material a um nível épico.

As guitarras são outro destaque. Os riffs são nítidos e memoráveis, e os solos duplos de guitarra são uma celebração do que o heavy metal tem de melhor. Canções como a faixa-título "Winds of Time" e "Glory of the Warrior" demonstram uma excelente escrita de canções, com estruturas dinâmicas que levam o ouvinte numa jornada musical completa. O álbum flui com uma energia consistente, misturando faixas mais rápidas e agressivas com hinos de ritmo médio que são perfeitos para serem cantados.

Embora "Winds of Time" se mantenha fiel às suas influências, não é simplesmente uma imitação. A banda injecta a sua própria paixão e talento no material, resultando num álbum que soa fresco e vital. É um trabalho que não só presta homenagem ao passado, mas também mostra o caminho para o futuro do power metal tradicional nos EUA.

Em suma, "Winds of Time" é um debut fenomenal que se destaca como um dos melhores álbuns de power metal de 2025. É uma audição obrigatória para qualquer fã do género, e um sinal promissor de que os Wings of Steel estão aqui para ficar.

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sábado, 6 de setembro de 2025

Glenn Hughes - Chosen (2025) UK

Após nove anos de silêncio na sua carreira a solo, o "Voice of Rock", Glenn Hughes, regressa em grande forma com o aclamado álbum "Chosen". Lançado no dia 5 de setembro de 2025, este trabalho não é apenas o seu primeiro álbum a solo desde Resonate (2016), mas é também um triunfo que solidifica a sua lenda como um dos vocalistas e baixistas mais importantes da história do rock.

Produzido pelo seu parceiro de longa data, o guitarrista Søren Andersen, o álbum é uma poderosa mistura do hard rock de assinatura de Hughes, com a sua profunda sensibilidade soul e funk. "Chosen" mostra uma banda coesa e com uma química perfeita, com Hughes a ser acompanhado por Andersen na guitarra, Ash Sheehan na bateria e Bob Fridzema nos teclados.

O álbum abre com a faixa "Voice In My Head", que nos leva a uma viagem rock enérgica e melódica. O baixo de Hughes é imediatamente reconhecível, com as suas linhas vibrantes e ritmos fortes que servem de base para a sua performance vocal, que, aos 74 anos, continua a ser nada menos que inacreditável.

A faixa título, "Chosen", é uma canção que se constrói lentamente, com uma atmosfera misteriosa, antes de explodir num refrão cativante e poderoso. "Heal" é outro destaque, uma faixa de hard rock que demonstra a capacidade de Hughes em compor hinos de estádio. Para os fãs de um som mais pesado, "In The Golden" e "The Lost Parade" oferecem riffs mais fortes e uma abordagem mais sombria, remetendo para a fase mais pesada da carreira de Hughes.

O álbum também tem espaço para momentos de pura emoção e alma, como a balada de inspiração psicadélica "Come And Go" e a soul funky "Hot Damn Thing". "Chosen" é um álbum que reflete a jornada pessoal de Hughes, com letras que abordam a condição humana, a esperança e a aceitação. A produção é moderna e cristalina, mas mantém um toque orgânico e intemporal, que não ofusca a paixão e o talento dos músicos.

Embora alguns críticos notem que o álbum se mantém fiel à fórmula de Hughes sem grandes surpresas, a grande maioria considera que este é um dos seus trabalhos mais fortes e consistentes em anos. É um álbum que prova, uma vez mais, que Glenn Hughes não tem de abrandar e que a sua "Voz do Rock" está tão poderosa como sempre.

"Chosen" não é apenas um álbum para os fãs de longa data de Glenn Hughes ou Deep Purple, é um trabalho para qualquer um que aprecie rock & roll com alma, coração e uma performance vocal lendária.

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sexta-feira, 5 de setembro de 2025

Primal Fear - Domination (2025) Alemanha

Em 2025, os veteranos do power metal alemão Primal Fear regressam em grande estilo com o seu novo álbum, "Domination". O lançamento é notável, não só por marcar uma nova era para a banda após mudanças na formação (com a adição da guitarrista Thalia Bellazecca e do baterista André Hilgers), mas também por ser um testemunho da sua resiliência face a tempos difíceis.

O álbum de 13 faixas é uma demonstração de metal puro e sem concessões, misturando o power metal característico da banda com riffs mais pesados e agressivos. Desde a primeira audição, é evidente que a nova formação está a funcionar perfeitamente. A química entre os guitarristas Magnus Karlsson e a recém-chegada Thalia Bellazecca é um dos pontos altos do álbum, resultando em solos fluidos e riffs poderosos.

O álbum abre com o single "The Hunter", um hino bombástico que define o tom para o que se segue: ritmos implacáveis, guitarras trovejantes e os vocais poderosos e inconfundíveis de Ralf Scheepers. O facto de Scheepers, com 60 anos, ainda ser capaz de atingir notas tão altas e demonstrar uma performance vocal tão impressionante é um feito notável. Músicas como "Destroyer" e "Crossfire" mantêm o ritmo acelerado, proporcionando a energia que os fãs de Primal Fear esperam.

No entanto, "Domination" não se limita a faixas rápidas. O álbum também apresenta músicas mais melódicas como "Far Away" e hinos de ritmo médio como "I Am The Primal Fear", que já estão a ser considerados favoritos dos fãs. Um dos momentos mais notáveis e inesperados é a faixa instrumental "Hallucinations", que oferece um espaço para os guitarristas brilharem, e a épica "Eden", que supostamente conta com a participação de Melissa Bonny da banda Ad Infinitum.

A produção de Mat Sinner, Ralf Scheepers e Magnus Karlsson, com a mistura e masterização de Jacob Hansen, garante que o álbum soe clássico e, ao mesmo tempo, moderno. A bateria de André Hilgers e o baixo de Mat Sinner fornecem uma base rítmica sólida e poderosa. O álbum termina com "A Tune I Won't Forget", que é descrita como uma partida estilística, mostrando a disposição da banda em explorar novos caminhos.

Em suma, "Domination" é um regresso triunfante e um dos álbuns mais fortes do Primal Fear em anos recentes. É uma prova da vitalidade da banda, do talento dos novos membros e do poder duradouro do heavy metal. É um álbum que não pode faltar na coleção de qualquer fã do género.

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segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Black Jack - XXI (2025) Índia

Os Black Jack, a banda de rock indiana, lançam o seu álbum "XXI" em 2025, um trabalho que demonstra a sua evolução musical e a sua capacidade de fundir as raízes do hard rock com uma sonoridade moderna e uma identidade única. O álbum é uma prova da resiliência e paixão da banda em continuar a sua jornada musical.

Desde o primeiro acorde, "XXI" estabelece uma atmosfera de rock musculado, mas com uma sensibilidade melódica que o distingue. A produção é polida e profissional, com um som que é ao mesmo tempo limpo e potente. As guitarras são o coração do álbum, com riffs que são simultaneamente pesados e cativantes, e solos que são cheios de feeling e técnica. Há uma clareza na mistura que permite que cada instrumento, da bateria que marca um ritmo sólido à guitarra que solta riffs e solos, brilhe.

A voz é um dos grandes trunfos de "XXI". O vocalista entrega uma performance cheia de paixão e emoção, com um timbre que se encaixa perfeitamente nas melodias. As melodias vocais são a alma do álbum, com refrões que são instantaneamente memoráveis e prontos para serem cantados. As letras, que exploram temas de esperança, resiliência e a busca por significado, ressoam com uma profundidade que complementa a musicalidade.

"XXI" é um álbum que brilha pela sua consistência e coesão. As músicas fluem bem umas para as outras, mantendo um nível de energia e melodia constantemente elevado. Embora os Black Jack operem dentro de uma linguagem familiar para os amantes do hard rock melódico, eles conseguem imprimir a sua própria marca, com composições que são ao mesmo tempo clássicas e cheias de vida. A banda não tenta reinventar a roda, mas sim roda-a com grande entusiasmo e competência.

Para os fãs de bandas como Skid Row, Guns N' Roses e outros gigantes do hard rock, "XXI" será uma audição extremamente gratificante. É um álbum que honra a tradição do género, mas com uma abordagem fresca e uma paixão que o tornam relevante para o público atual.

Em resumo, "XXI" é um triunfo para os Black Jack. É um álbum que entrega o que promete: uma dose generosa de hard rock puro e sem concessões, feito com paixão e uma execução impecável. Prepare-se para ser varrido pela sua energia.

Já teve a oportunidade de ouvir "XXI" dos Black Jack? Qual a sua faixa favorita e o que mais o atraiu neste novo trabalho?

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Vicious Rumors - The Devil’s Asylum (2025) USA

Os Vicious Rumors, a lendária banda americana de heavy e power metal, regressam em 2025 com "The Devil’s Asylum", um álbum que é uma declaração de força e uma celebração da sua atitude intransigente. Para os fãs de riffs técnicos, vocais poderosos e uma energia implacável, este trabalho é uma audição obrigatória que prova que a banda continua a ser uma força a ser reconhecida no mundo do metal.

Desde os primeiros acordes, "The Devil’s Asylum" atinge o ouvinte com a ferocidade de um soco. A produção é robusta e cristalina, com um som que é grande, mas sem nunca sacrificar a energia crua da banda. As guitarras, a cargo de Geoff Thorpe, são o coração pulsante do álbum, com riffs pesados e intrincados que se fundem perfeitamente com solos cheios de shredding e feeling. O trabalho de guitarra é um dos pontos altos do álbum, demonstrando a mestria técnica e a paixão que definem a banda.

O vocalista, Ronny Munroe (Trans-Siberian Orchestra, ex-Metal Church), é uma força central, com um timbre que se encaixa perfeitamente na agressividade e grandiosidade do álbum. A sua voz é poderosa e cheia de atitude, entregando letras que exploram temas sombrios, internos e de ficção científica. Os refrões são hinos prontos para a arena, viciantes e feitos para serem cantados em plenos pulmões, mostrando a capacidade da banda em criar momentos épicos e memoráveis.

"The Devil’s Asylum" é um álbum que brilha pela sua consistência e coesão. As músicas fluem bem umas para as outras, mantendo um nível de energia constantemente elevado. Embora os Vicious Rumors operem dentro de uma linguagem familiar para os amantes do heavy e power metal tradicional, eles conseguem imprimir a sua própria marca, com composições que são ao mesmo tempo clássicas e cheias de vida. A banda não tenta reinventar a roda, mas sim roda-a com grande entusiasmo e competência.

Para os fãs de bandas como Judas Priest, Iced Earth, e outros gigantes do heavy e power metal, "The Devil’s Asylum" será uma audição extremamente gratificante. É um álbum que celebra a essência do género: riffs poderosos, uma atitude desafiadora e uma paixão inegável.

Em resumo, "The Devil’s Asylum" é um triunfo para os Vicious Rumors. É um álbum que confirma o seu estatuto como uma das bandas de metal mais importantes da atualidade, com uma dose generosa de riffs memoráveis, melodias inesquecíveis e uma execução impecável. Prepare-se para ser varrido pela sua energia.

Já teve a oportunidade de ouvir "The Devil’s Asylum"? Qual a sua faixa favorita e o que mais o impressionou neste novo trabalho dos Vicious Rumors?

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sábado, 30 de agosto de 2025

Sweet Freedom - Blind Leading The Blind (2025) Suécia

Os Sweet Freedom, a banda sueca que opera no território do hard rock melódico e do AOR, regressam em 2025 com "Blind Leading The Blind". Este álbum é uma viagem musical que se aprofunda na essência do rock melódico, com uma produção de alta qualidade, melodias cativantes e uma atitude que remete à era dourada do género. Para os fãs de guitarras harmoniosas e vozes poderosas, este é um disco que promete uma experiência auditiva rica e gratificante.

Desde as primeiras notas, "Blind Leading The Blind" estabelece uma atmosfera de grandiosidade e melodia. A produção é impecável e cristalina, com um som que é grande e limpo, permitindo que as camadas melódicas se destaquem. As guitarras são o coração do álbum, com riffs que são simultaneamente pesados e cativantes, e solos cheios de feeling e técnica que remetem aos grandes mestres do género.

O vocalista é uma força central, com um timbre que tem tanto poder quanto emoção. Ele lidera as canções com uma confiança e um carisma inigualáveis. As melodias vocais são a alma do álbum, com refrões que são instantaneamente memoráveis e prontos para serem cantados. As letras, que exploram temas de esperança, resiliência e a busca por significado, ressoam com uma profundidade que complementa a musicalidade.

"Blind Leading The Blind" é um álbum que brilha pela sua consistência e coesão. As músicas fluem bem umas para as outras, mantendo um nível de energia e melodia constantemente elevado. Embora os Sweet Freedom operem dentro de uma linguagem familiar para os amantes do hard rock melódico e AOR, eles conseguem imprimir a sua própria marca, com composições que são ao mesmo tempo clássicas e cheias de vida. A banda não tenta reinventar a roda, mas sim roda-a com grande entusiasmo e competência.

Para os fãs de bandas como Journey, Foreigner, e outros grandes nomes do rock melódico, "Blind Leading The Blind" é uma audição obrigatória. É um álbum que honra a tradição do género, mas com uma abordagem fresca e uma paixão que o tornam relevante para o público atual.

Em resumo, "Blind Leading The Blind" é um triunfo para os Sweet Freedom. É um álbum que entrega o que promete: uma dose generosa de hard rock melódico puro e sem concessões, feito com paixão e uma execução impecável.

Já teve a oportunidade de ouvir "Blind Leading The Blind"? Qual a sua faixa favorita e o que mais o atraiu neste novo trabalho dos Sweet Freedom?

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Bryan Adams - Roll With The Punches (2025) Canadá


Bryan Adams, o icónico roqueiro canadiano com uma carreira que se estende por décadas, regressa em 2025 com "Roll With The Punches". Este álbum é mais do que uma coleção de novas canções; é uma viagem ao coração do rock and roll, com uma atitude que mistura a alma do blues, a energia do rock clássico e a familiaridade que se espera de um dos maiores compositores do nosso tempo.

Desde o primeiro acorde, "Roll With The Punches" estabelece um tom de autenticidade e paixão. A produção é calorosa e orgânica, com um som que é cru e honesto, capturando a energia de uma banda a tocar em conjunto. As guitarras, a cargo do próprio Bryan Adams, são o motor do álbum, com riffs que são simultaneamente pesados e cheios de feeling. Há um equilíbrio notável entre o rock puro e o blues, uma fusão que Bryan Adams domina com mestria.

A voz de Bryan Adams é o ponto focal. Com o seu timbre inconfundível, que transita entre um rosnado rouco e uma melodia viciante, ele lidera as canções com uma confiança e um carisma inigualáveis. As letras, que exploram temas de resiliência, luta, amor e a vida na estrada, ressoam com uma profundidade que complementa a musicalidade. Os refrões são hinos prontos para a arena, viciantes e feitos para serem cantados em plenos pulmões.

"Roll With The Punches" é um álbum que brilha pela sua consistência e coesão. As músicas fluem bem umas para as outras, mantendo um nível de energia constantemente elevado. O álbum equilibra rockers de ritmo acelerado com baladas mais introspectivas e emotivas, mostrando a versatilidade de Bryan Adams em navegar por diferentes matizes musicais. A banda não tenta reinventar a roda, mas sim roda-a com grande entusiasmo e competência.

Para os fãs de Bryan Adams, "Roll With The Punches" é uma audição obrigatória que demonstra que a sua paixão pelo rock and roll continua a arder forte. Para quem procura um rock honesto, com uma boa dose de blues e uma voz lendária à frente, este álbum é uma excelente escolha.

Em resumo, "Roll With The Punches" é um triunfo na discografia de Bryan Adams. É um álbum que confirma o seu estatuto como um dos maiores nomes do rock, com uma dose generosa de riffs memoráveis, melodias inesquecíveis e uma execução impecável. Prepare-se para ser varrido pela sua energia.

Já teve a oportunidade de ouvir "Roll With The Punches"? Qual a sua faixa favorita e o que mais o impressionou neste novo trabalho?

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quinta-feira, 28 de agosto de 2025

Helloween - Giants & Monsters (2025) Alemanha

Os Helloween, os pais do power metal europeu, regressam em 2025 com "Giants & Monsters", um álbum que é uma celebração da sua lenda e uma nova incursão na sua jornada musical. Com a formação expandida que se mostrou tão bem-sucedida no seu último álbum autointitulado, a banda entrega um trabalho que é simultaneamente nostálgico e fresco, recheado de energia, melodias e a grandiosidade que os define.

Desde o primeiro acorde, "Giants & Monsters" atinge o ouvinte com a força de um soco. A produção é impecável e potente, com um som que é enorme, mas sem nunca sacrificar a clareza e a individualidade de cada instrumento. As guitarras, a cargo de Michael Weikath e Sascha Gerstner, são o coração do álbum, com riffs que variam de pesados e contundentes a linhas melódicas e intrincadas. Os solos são virtuosísticos e incendiários, mas sempre a serviço da canção.

A grande força de "Giants & Monsters" reside na interação vocal. Com Michael Kiske, Andi Deris e Kai Hansen a partilhar as responsabilidades vocais, o álbum é uma tapeçaria rica em timbres e estilos. A voz mais límpida de Kiske, o timbre mais rouco e poderoso de Deris e a atitude punk de Hansen complementam-se na perfeição, criando uma dinâmica vocal que é a marca registada da nova era dos Helloween. Os refrões são hinos prontos para a arena, viciantes e feitos para serem cantados em plenos pulmões.

Musicalmente, o álbum equilibra a sua sonoridade. Há a velocidade vertiginosa e as melodias épicas do power metal ("Giants"), bem como a diversão e a atitude mais roqueira ("Monsters"). As composições são bem construídas, com pontes e pré-refrões que constroem a tensão na perfeição antes das explosões melódicas dos refrões. A secção rítmica é uma força imparável, mantendo o groove e a pulsação em todas as faixas.

Para os fãs de Helloween, "Giants & Monsters" é uma audição obrigatória que demonstra que a banda continua a evoluir e a aperfeiçoar a sua fórmula. É um álbum que honra a sua herança, ao mesmo tempo que injeta uma frescura e uma energia que o tornam relevante para o público atual.

Em resumo, "Giants & Monsters" é mais um triunfo na discografia dos Helloween. É um álbum que confirma o seu estatuto como uma das bandas de metal mais importantes da atualidade, com uma dose generosa de riffs memoráveis, melodias inesquecíveis e uma execução impecável. Prepare-se para ser varrido pela sua energia.

Já teve a oportunidade de ouvir "Giants & Monsters"? Qual a sua faixa favorita e o que mais o impressionou neste novo trabalho dos Helloween?

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terça-feira, 26 de agosto de 2025

John Fogerty - Legacy: The Creedence Clearwater Revival Years (John's Version) (2025) USA

John Fogerty, uma das vozes mais icónicas e inconfundíveis da história do rock, regressa com "Legacy: The Creedence Clearwater Revival Years (John's Version)". Este álbum não é apenas uma compilação de êxitos; é uma declaração de intenções, um renascimento e uma reivindicação pessoal de um legado musical que, durante muito tempo, esteve enredado em disputas. É uma oportunidade para os fãs ouvirem as canções que moldaram uma geração, cantadas pelo seu criador, com a sabedoria e a paixão de décadas de experiência.

Desde os primeiros acordes, a familiaridade das canções de Creedence Clearwater Revival é instantânea. No entanto, o que torna este álbum especial é a energia e a emoção palpáveis em cada nova gravação. A produção é calorosa e orgânica, permitindo que a essência do rock americano puro e simples brilhe. A guitarra de Fogerty é, como sempre, o coração das canções, entregando os seus riffs icónicos e solos cheios de feeling que são tão essenciais para estas músicas quanto as próprias letras.

A voz de John Fogerty é o ponto focal. Embora os anos tenham adicionado uma rouquidão e uma profundidade, a sua paixão e o seu timbre inconfundível permanecem intactos. Ele canta estas canções não apenas com a memória, mas com a experiência de uma vida inteira. Os hinos como "Fortunate Son", "Bad Moon Rising" e "Proud Mary" ganham uma nova vida, soando mais urgentes e pessoais do que nunca. Há um sentimento de libertação e de triunfo que permeia o álbum, como se finalmente ele pudesse reivindicar as suas criações e apresentá-las ao mundo da sua perspetiva.

O álbum é uma celebração da mestria de composição de John Fogerty. A simplicidade e a força das melodias, a profundidade das letras e a energia crua do rock and roll estão em plena exibição. É uma audição gratificante tanto para os fãs de longa data, que se emocionam ao ouvir estas canções com uma nova roupagem, como para os novos ouvintes, que podem descobrir o génio de Fogerty na sua forma mais pura e intencional.

Em resumo, "Legacy: The Creedence Clearwater Revival Years (John's Version)" não é apenas um álbum; é um momento histórico na carreira de um dos maiores nomes do rock. É um trabalho que celebra um legado, ao mesmo tempo que o torna completamente novo. É um triunfo pessoal e musical que merece ser ouvido e apreciado.

Já teve a oportunidade de ouvir "Legacy"? Qual a sua faixa favorita e o que achou da nova roupagem destas canções clássicas?

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Burning Witches - Inquisition (2025) Suíça

As Burning Witches, a poderosa banda suíça de heavy metal, regressam com "Inquisition", um álbum que é uma declaração de força e uma celebração do metal tradicional na sua forma mais pura. Lançado em 2025, este trabalho é uma prova de que a banda continua a incendiar a cena do metal com a sua atitude e energia inabaláveis.

Desde o primeiro riff, "Inquisition" atinge o ouvinte com a força de um martelo. A produção é robusta e cristalina, com um som que é grande e limpo, mas sem nunca sacrificar a energia crua da banda. As guitarras, a cargo de Romana Kalkuhl e Larissa Ernst, são o coração pulsante do álbum, com riffs pesados e cativantes que remetem a gigantes como Judas Priest e Accept. Os solos são incendiários, cheios de shredding e feeling, e são perfeitamente integrados na estrutura das canções.

A vocalista, Laura Guldemond, é uma força central, com um timbre que se encaixa perfeitamente na grandiosidade do álbum. A sua voz é poderosa e cheia de atitude, entregando letras que celebram a força, a rebeldia e a luta pela liberdade. Os refrões são hinos prontos para a arena, viciantes e feitos para serem cantados em plenos pulmões, mostrando a capacidade da banda em criar momentos épicos e memoráveis.

"Inquisition" é um álbum que brilha pela sua consistência e coesão. As músicas fluem bem umas para as outras, mantendo um nível de energia constantemente elevado. Embora as Burning Witches operem dentro de uma linguagem familiar para os amantes do heavy metal clássico, elas conseguem imprimir a sua própria marca, com composições que são ao mesmo tempo clássicas e cheias de vida. A banda não tenta reinventar a roda, mas sim roda-a com grande entusiasmo e competência.

Para os fãs de bandas como Judas Priest, Accept, Helloween e outros gigantes do heavy metal tradicional e power metal, "Inquisition" será uma audição extremamente gratificante. É um álbum que celebra a essência do género: riffs poderosos, uma atitude desafiadora e uma paixão inegável.

Em resumo, "Inquisition" é um triunfo para as Burning Witches. É um álbum que confirma o seu estatuto como uma das bandas de metal mais importantes da atualidade, com uma dose generosa de riffs memoráveis, melodias inesquecíveis e uma execução impecável.

Já teve a oportunidade de ouvir "Inquisition" das Burning Witches? Qual a sua faixa favorita e o que mais o impressionou neste novo trabalho?

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