sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Pollution - Call To Mind (2025) Suiça

Os Polution, a banda suíça que regressa com um novo alinhamento e uma energia renovada, apresentam "Call To Mind", um álbum que é uma celebração do hard rock melódico. Lançado a 29 de maio de 2025, este trabalho mostra a banda a evoluir para um som mais polido e com uma forte aposta em canções radiofónicas.

Desde as primeiras notas do tema de abertura, "Don't Wanna Leave Her", o álbum estabelece um tom de rock melódico acessível e fácil de cantar. A produção é poderosa e profissional, permitindo que cada elemento musical se destaque. As guitarras, a cargo de Marcel e Matthias Betschart, são um dos pontos altos, com um excelente trabalho em equipa, entregando riffs dinâmicos e solos de guitarra que são técnicos mas com uma forte veia melódica.

O vocalista, Pascal Gwerder, é uma força motriz no álbum. A sua voz, descrita como "fumarenta", é uma marca distintiva da banda, adicionando caráter e emoção a cada canção. Refrões em faixas como "Never Let Go" são criados para serem hinos, perfeitos para serem tocados nas rádios. O álbum equilibra a energia do rock com momentos mais ponderados; a balada "Silence In Fall" é um exemplo, começando com guitarras acústicas mas crescendo para secções mais pesadas e um grande solo de guitarra.

"Call To Mind" brilha pela sua consistência e coesão. Embora o álbum não seja um hard rock puro e duro como alguns poderiam esperar, a sua sucessão de canções bem elaboradas e cativantes é um dos seus maiores méritos. A alegria dos músicos em tocar é palpável, e a banda demonstra uma grande habilidade em criar melodias que ficam na cabeça do ouvinte.

Em resumo, "Call To Mind" é um álbum sólido e bem-produzido que fará as delícias dos fãs de hard rock e rock melódico. É um trabalho que, apesar de curto, está repleto de ganchos memoráveis e performances fortes. Os Polution provam que têm o que é preciso para criar hinos de rock que ressoam e perduram.

Nighthawk - Six Three O (2025) Suécia

Os Nighthawk, liderados pelo guitarrista Robert Majd, apresentam o seu terceiro álbum, "Six Three O", uma obra que é uma celebração e uma reinvenção do rock melódico e do hard rock dos anos 80. O álbum é um testamento à paixão e à mestria da banda, entregando uma sonoridade que é ao mesmo tempo nostálgica e refrescantemente moderna.

Desde o primeiro acorde, "Six Three O" estabelece uma atmosfera de grande escala e melodia. A produção é impecável e cristalina, com um som que é grande e arejado, permitindo que cada instrumento e, crucial, a voz, brilhe. As guitarras são o motor do álbum, com riffs pesados e crocantes que se fundem perfeitamente com solos cheios de feeling e harmonias de guitarra duplas que remetem a lendas como Thin Lizzy.

A voz de Björn Strid (também conhecido por Soilwork e The Night Flight Orchestra) é um dos maiores trunfos de "Six Three O". Com o seu timbre poderoso e a sua capacidade de transitar entre o hard rock musculado e o melódico AOR, Strid entrega uma performance vocal que é ao mesmo tempo emocional e cheia de atitude. Os refrões são hinos prontos para a arena, viciantes e feitos para serem cantados em plenos pulmões. A sua colaboração com Majd é uma combinação perfeita que eleva o material a outro nível.

O álbum é uma coleção de composições bem-estruturadas que demonstram a perícia da banda em criar hooks memoráveis e uma experiência auditiva coesa. Há uma variedade de ritmos e emoções, desde rockers de ritmo acelerado a baladas comoventes. O álbum não se limita a emular o som dos anos 80, mas sim a usá-lo como uma fundação para construir algo novo e emocionante.

Para os fãs de bandas como The Night Flight Orchestra, Thin Lizzy, Boston e outros gigantes do rock melódico e hard rock, "Six Three O" é uma audição obrigatória. É um álbum que honra o passado, mas que olha firmemente para o futuro, provando que o rock melódico sueco continua a ser uma força a ser reconhecida.

Em resumo, "Six Three O" é um triunfo para os Nighthawk. É um álbum que combina a excelência instrumental de Robert Majd com a performance vocal estelar de Björn Strid, resultando num trabalho que é ao mesmo tempo potente, melódico e inesquecivelmente cativante.

Já teve a oportunidade de ouvir "Six Three O" dos Nighthawk? Qual a sua faixa favorita e o que mais o atraiu nesta colaboração sueca?

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Bloody Dice - 2 (2025) Dinamarca

Os Bloody Dice, a banda dinamarquesa, regressam com o seu segundo álbum, simplesmente intitulado "2". Este trabalho é uma continuação da sua missão de entregar um som hard rock musculado, com a atitude e a energia de uma banda que vive e respira a essência do rock and roll. Para quem procura riffs diretos, vocais cativantes e uma produção honesta, "2" é uma audição que não desilude.

Desde o primeiro riff, "2" estabelece um tom de rock and roll sem rodeios. A produção é robusta e orgânica, capturando a energia crua da banda. As guitarras são o centro das atenções, com riffs pesados e crocantes que remetem a bandas como AC/DC ou Airbourne, mas com uma identidade própria dos Bloody Dice. Os solos são rápidos e melódicos, mas sempre com o propósito de servir a canção e a sua energia implacável.

O vocalista é uma força central. Com uma voz que tem um timbre rasgado e cheio de atitude, ele entrega as letras com uma confiança inabalável. Os refrões são viciantes e feitos para serem cantados a plenos pulmões, mostrando a capacidade da banda em criar hinos de rock. As letras, que celebram a vida na estrada, a rebeldia e a paixão pelo rock, complementam na perfeição a sonoridade.

"2" é um álbum que brilha pela sua consistência e coesão. As músicas fluem bem umas para as outras, mantendo um nível de energia constantemente elevado. Embora os Bloody Dice operem dentro de uma linguagem familiar para os amantes do hard rock clássico, eles conseguem imprimir a sua própria marca, com composições que são ao mesmo tempo clássicas e cheias de vida. A banda não tenta reinventar a roda, mas sim roda-a com grande entusiasmo e competência.

Para os fãs de hard rock e heavy rock, "2" é uma excelente adição à coleção. É um álbum que celebra a essência do género: riffs inesquecíveis, uma atitude desafiadora e uma paixão inegável.

Em resumo, "2" dos Bloody Dice é um álbum sólido que prova que o hard rock está vivo e bem. É um trabalho que entrega o que promete: uma dose generosa de rock and roll puro, feito para ser tocado alto e desfrutado com um sorriso.

Já teve a oportunidade de ouvir "2" dos Bloody Dice? Qual a sua faixa favorita e o que mais o atraiu neste álbum?

domingo, 27 de julho de 2025

Enuff Z’Nuff - Xtra Cherries (2025) USA

Os Enuff Z'Nuff, uma banda que sempre se destacou pela sua abordagem distintiva ao power pop e hard rock melódico, presenteia-nos em 2025 com "Xtra Cherries". Este álbum, como o próprio nome pode sugerir, parece ser uma coleção de faixas adicionais, b-sides ou talvez material reavaliado, mas que, na verdadeira essência dos Enuff Z'Nuff, carrega a sua assinatura única de melodias infecciosas e uma atitude rock and roll intemporal.

Desde o primeiro acorde, "Xtra Cherries" remete ao charme inconfundível dos Enuff Z'Nuff. A produção é calorosa e orgânica, capturando a essência de uma banda que sempre priorizou a melodia e o feeling em detrimento da produção excessivamente polida. As guitarras são crocantes e cheias de hooks, entregando riffs que são simultaneamente enérgicos e harmoniosos. Há um equilíbrio notável entre o hard rock e as sensibilidades pop que definem o som da banda.

A voz continua a ser um dos pilares dos Enuff Z'Nuff. Embora o alinhamento vocal possa variar em álbuns como este, que tendem a ser coleções de material diverso, a essência do estilo vocal da banda – que combina a doçura pop com uma borda rock – está presente. As melodias vocais são, como sempre, extremamente viciantes, com refrões que se fixam na memória e que evocam uma sensação de nostalgia feliz.

Sendo uma coleção de "cerejas extra", o álbum pode apresentar alguma variação na sua coesão, mas a qualidade das composições e a paixão na execução são consistentes. Há momentos que remetem diretamente aos seus álbuns clássicos, com baladas comoventes e rockers enérgicos que farão os fãs mais antigos sorrir. É o tipo de álbum que revela joias escondidas ou que oferece uma nova perspetiva sobre o processo criativo da banda.

Para os fãs de Enuff Z'Nuff, "Xtra Cherries" é uma adição obrigatória à discografia. É uma oportunidade de mergulhar mais fundo no universo melódico e otimista da banda, descobrindo canções que talvez não tivessem tido o seu devido destaque antes. Para os curiosos, pode servir como uma introdução charmosa ao som desta banda icónica.

Em resumo, "Xtra Cherries" é mais uma dose do que os Enuff Z'Nuff fazem de melhor: hard rock melódico com uma sensibilidade pop que é impossível de resistir. É um álbum que, mesmo sendo uma coleção de "extra", prova a profundidade e a consistência da sua arte.

Já teve a oportunidade de provar estas "cerejas extra" dos Enuff Z'Nuff? Qual a sua faixa favorita e o que mais gostou nesta compilação?

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sexta-feira, 25 de julho de 2025

Roulette - Go! (2025) Suécia

Os Roulette, a banda sueca com um legado enraizado no melodic hard rock dos anos 80, regressam com "Go!", um álbum que promete entregar a energia e as melodias que os seus fãs conhecem e amam. Este trabalho é uma celebração do som clássico, mas com uma vitalidade que prova que o género está longe de esgotado.

Desde os primeiros acordes, "Go!" arranca com uma explosão de energia e melodias contagiantes. A produção é impecável e cristalina, garantindo que cada instrumento e, crucial, os vocais, se destaquem na mistura. Há um equilíbrio perfeito entre a potência do hard rock e a elegância melódica, uma marca registada dos grandes nomes do AOR (Adult Oriented Rock).

As guitarras são o coração pulsante do álbum, com riffs energéticos, solos que são ao mesmo tempo técnicos e cheios de alma, e harmonias que remetem aos mestres do género. A banda demonstra uma compreensão profunda de como construir canções que são cativantes desde o primeiro momento.

A voz é um dos maiores trunfos de "Go!". O vocalista oferece uma performance poderosa e expressiva, com um timbre que se encaixa perfeitamente nas melodias. Os refrões são grandiosos e viciantes, concebidos para serem cantados em plenos pulmões, e mostram a capacidade da banda em criar hinos instantâneos. As letras, embora não reinventem a roda, são diretas e apelativas, complementando a positividade e a energia geral do álbum.

"Go!" é um álbum que brilha pela sua consistência e coesão. As músicas fluem bem umas para as outras, mantendo um nível de energia e melodia constantemente elevado. Não há momentos de "enchimento"; cada faixa parece ter o seu propósito e o seu próprio hook memorável. A banda não tenta redefinir o género, mas sim aperfeiçoá-lo com paixão e precisão.

Para os fãs de bandas como Journey, Foreigner, Europe, e outros grandes nomes do hard rock melódico e AOR, "Go!" é uma audição obrigatória. É um álbum que honra a tradição do género, entregue com uma mestria e um entusiasmo que só os Roulette conseguem proporcionar.

Em resumo, "Go!" é um triunfo para os Roulette. É um álbum que prova que o hard rock melódico continua vivo e bem, com uma dose generosa de melodias inesquecíveis e performances eletrizantes. Prepare-se para carregar no play e simplesmente "Go!".

Já teve a oportunidade de ouvir "Go!" dos Roulette? Qual a sua faixa favorita e o que mais o fez "carregar no gás" neste álbum?

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Honeymoon Suite - Wake Me Up When The Sun Goes Down (2025) Canadá

Os Honeymoon Suite, lendas do rock melódico canadiano, regressam com "Wake Me Up When The Sun Goes Down", um álbum que promete entregar a sua mistura característica de hard rock de arena e melodias cativantes. Este trabalho é uma prova da resiliência e da capacidade da banda em continuar a produzir música que ressoa com a sua base de fãs de longa data, ao mesmo tempo que oferece algo novo.

Desde as primeiras notas, "Wake Me Up When The Sun Goes Down" mergulha-nos numa sonoridade familiar e acolhedora. A produção é polida e profissional, com um equilíbrio que permite que cada instrumento e, crucialmente, as melodias vocais brilhem. Há uma clareza que realça a mestria instrumental e composicional da banda, sem soar excessivamente moderno ou artificial.

As guitarras são um elemento central, com riffs energéticos e solos que são ao mesmo tempo técnicos e cheios de feeling. Os solos de guitarra são particularmente notáveis, misturando virtuosismo com uma abordagem melódica que serve sempre a canção. A secção rítmica é sólida e mantém um groove constante, fornecendo a base para as harmonias e leads.

A voz de Johnnie Dee é inconfundível. Com o seu timbre característico, que equilibra poder e emoção, ele lidera as canções com a confiança de um veterano. As melodias vocais são a alma do álbum, com refrões que são instantaneamente memoráveis e prontos para serem cantados. As letras exploram temas de amor, perda, esperança e a passagem do tempo, ressoando com uma profundidade que complementa a musicalidade.

"Wake Me Up When The Sun Goes Down" é um álbum que brilha na sua consistência melódica e na qualidade das suas composições. Há baladas poderosas, rockers de ritmo médio e faixas mais energéticas que demonstram a versatilidade da banda em navegar pelos diferentes matizes do rock melódico. Embora os Honeymoon Suite se mantenham fiéis ao seu som estabelecido, o álbum consegue soar fresco e relevante.

Para os fãs de bandas como Journey, Foreigner, e, claro, outros nomes do rock melódico canadiano, este álbum é uma audição obrigatória. É um trabalho que celebra a essência do rock melódico, entregue com paixão e uma mestria que só anos de experiência podem proporcionar.

Em resumo, "Wake Me Up When The Sun Goes Down" é um excelente regresso dos Honeymoon Suite. É um álbum que prova que a banda ainda tem muito para dar, oferecendo melodias intemporais e performances que irão aquecer o coração de qualquer fã de rock melódico.

Já teve a oportunidade de ouvir "Wake Me Up When The Sun Goes Down"? Qual a sua faixa favorita e o que mais o cativou neste novo trabalho dos Honeymoon Suite?

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quinta-feira, 24 de julho de 2025

Alice Cooper - The Revenge Of Alice Cooper (2025) USA

Alice Cooper, o lendário shock rocker, não é estranho a reinventar-se ou a revisitar as suas raízes. Em "The Revenge Of Alice Cooper", o "pai do shock rock" parece querer reafirmar o seu trono, entregando um álbum que é uma mistura potente do seu hard rock característico, teatro sombrio e, claro, aquele toque de ironia macabra que o define. Este trabalho é um presente para os fãs de longa data e uma introdução eletrizante para os novatos.

Desde os primeiros acordes, "The Revenge Of Alice Cooper" captura a essência da persona que o próprio Alice Cooper construiu ao longo de décadas. A produção é robusta e teatral, com cada faixa a servir como um pequeno ato num palco infernal. As guitarras disparam riffs icónicos, pesados e melódicos, que são a espinha dorsal do som clássico de Cooper, mas com uma energia que faz o álbum soar fresco e relevante. Há uma clareza e um punch que garantem que cada elemento da banda brilha.

A voz de Alice Cooper é, como sempre, o centro das atenções. Com o seu timbre inconfundível, que transita entre um rosnado sinistro e uma melodia viciante, ele encarna cada personagem e cada história com a sua mestria lendária. As letras são puro Cooper: contos de horror urbano, personagens grotescas, crítica social e, por vezes, um humor negro que só ele consegue entregar. Os coros são grandiosos, pensados para serem cantados por uma multidão de almas perdidas, criando uma atmosfera de hino sombrio.

Musicalmente, o álbum é uma aula de hard rock com influências de glam e heavy metal dos anos 70 e 80. Há rockers de ritmo acelerado que o farão abanar a cabeça, baladas que o farão mergulhar na melancolia e canções com ganchos pop que se fixam na sua mente. A banda de apoio é apertada e experiente, fornecendo a base perfeita para as acrobacias vocais e instrumentais de Cooper. O álbum consegue manter um nível de energia e de interesse consistente, com uma variedade de estilos que impedem qualquer monotonia.

Para os fãs de Alice Cooper, "The Revenge Of Alice Cooper" é uma adição bem-vinda à sua vasta discografia, mostrando que o mestre ainda tem muito para dizer e para chocar. Para quem procura um hard rock com personalidade, teatralidade e uma boa dose de perigo, este álbum é uma excelente escolha.

Em resumo, "The Revenge Of Alice Cooper" é um lembrete do porquê Alice Cooper é uma lenda. É um álbum que celebra a sua herança, ao mesmo tempo que mostra que a sua chama ainda arde forte. O pesadelo continua... e é glorioso.

Já teve a oportunidade de ouvir "The Revenge Of Alice Cooper"? Qual a sua faixa favorita e o que mais o impressionou nesta "vingança" musical?

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terça-feira, 22 de julho de 2025

LastWorld - Between The Cracks (2025) USA

A banda LastWorld, projeto fundado em 2020 por Jim Shepard, apresenta em 2025 o seu mais recente álbum, "Between The Cracks". Este trabalho consolida a proposta da banda de oferecer um hard rock melódico com uma forte influência do AOR (Adult Oriented Rock), reminiscente da era dourada do género, mas com uma sonoridade atualizada. "Between The Cracks" é um disco que promete cativar os fãs de melodias envolventes e performances vocais marcantes.

Desde as primeiras notas, "Between The Cracks" revela uma produção polida e robusta. Há uma clareza em cada instrumento que permite que as camadas melódicas se destaquem, ao mesmo tempo que mantém a força necessária para o hard rock. As guitarras são proeminentes, com riffs cativantes e solos que são, ao mesmo tempo, melódicos e tecnicamente proficientes, sem nunca ofuscar a estrutura da canção.

A voz é, sem dúvida, um dos maiores trunfos de LastWorld. Jim Shepard e Gary Schutt, que dividem os vocais, entregam performances cheias de emoção e poder. As harmonias vocais são ricas e elevam os refrões a um patamar de hinos prontos para a rádio. A química vocal entre os dois contribui significativamente para a sonoridade característica da banda.

O álbum "Between The Cracks" é uma coleção de canções bem construídas que exploram uma gama de emoções, desde a introspeção até a euforia. As composições são sofisticadas, com pontes e pré-refrões que constroem a tensão na perfeição antes das explosões melódicas dos refrões. A secção rítmica, com baixo e bateria precisos, fornece uma base sólida e dinâmica. A banda demonstra uma notável capacidade de criar hooks que ficam na cabeça, sem cair na redundância.

Para os fãs de bandas como Journey, Foreigner, Survivor, e até mesmo os lados mais melódicos de Whitesnake, "Between The Cracks" é uma audição obrigatória. É um álbum que honra o legado do hard rock melódico e do AOR, mas com uma roupagem moderna que o torna relevante para o público atual. LastWorld não se limita a emular; eles injetam a sua própria paixão e identidade em cada faixa.

Em resumo, "Between The Cracks" é mais um lançamento sólido de LastWorld. É um álbum que oferece um hard rock melódico de alta qualidade, feito com precisão, emoção e uma grande dose de talento. Prepare-se para ser envolvido por estas melodias.

Já teve a oportunidade de ouvir "Between The Cracks" dos LastWorld? Qual a sua faixa favorita e o que mais o atraiu neste álbum?

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Wanted - Cutting Edge (2025) USA

A banda Wanted, formada em 2021 no Michigan, EUA, emerge na cena do rock e metal com uma missão clara: reviver o espírito barulhento, melódico e sem filtros do classic metal e hard rock que dominava as rádios nos anos 80. Com o seu terceiro álbum, "Cutting Edge", lançado a 27 de junho de 2025 pela Eonian Records, os Wanted não só prestam homenagem aos seus heróis, mas também traçam o seu próprio caminho, infundindo a inspiração vintage com uma energia moderna e uma intensidade jovem.

Desde o primeiro riff, "Cutting Edge" atinge como um relâmpago. A produção é polida e potente, equilibrando a clareza moderna com o brilho característico dos anos 80. As guitarras são o motor deste álbum, com riffs pesados e cativantes, solos cheios de shred e harmonias complexas que ecoam bandas como Van Halen, Ratt e Dokken. O uso de guitarras triplas em algumas faixas adiciona uma riqueza sonora notável.

O vocalista Sterling Primeau é um frontman dinâmico. A sua voz é poderosa e melódica, capaz de alcançar notas altas e de transmitir a paixão e a garra necessárias para o género. Os refrões são hinos prontos para a arena, concebidos para serem cantados em uníssono. Primeau eleva cada canção, adicionando um carisma que se encaixa perfeitamente na atitude da banda.

"Cutting Edge" é uma coleção de hinos de rock recheados de riffs, solos estonteantes e uma energia assassina. O álbum explora harmonias e dinâmicas que remetem a Judas Priest ('84), Armored Saint, Scorpions, Great White e Queensrÿche, mas com uma composição mais madura e uma execução mais afiada do que nos seus trabalhos anteriores. Músicas como a faixa-título "Cutting Edge", "Override", "Power" e "Armed For Action" destacam-se pela sua energia implacável e refrões viciantes. O álbum até inclui uma balada, "Chained To Your Love", que se encaixa perfeitamente na tradição do metal dos anos 80.

A banda, agora na casa dos vinte, demonstra uma evolução clara. Como o guitarrista Alan Mares mencionou, "Este álbum define a nossa capacidade de escrever música forte com vocais melódicos e poderosos." O guitarrista Christian Shonts acrescentou que "Cutting Edge marca um novo começo para os WANTED e eleva o nível do nosso som e performance."

Em resumo, "Cutting Edge" é um álbum que solidifica a posição dos Wanted como uma força ascendente na cena do hard rock e heavy metal. É um trabalho que não só presta tributo aos seus heróis, mas também abre um caminho próprio, injetando nova vida num género que nunca morre. Se gosta de metal de alta octanagem que dominou os anos 80, este álbum vai deixá-lo impressionado.

Já ouviu "Cutting Edge" dos Wanted? Qual a sua faixa favorita e o que mais o cativou neste regresso aos anos dourados do metal?

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Ramonda - The Walls Are Crumbling Down (2025) Argentina

Santiago Ramonda, conhecido pelo seu trabalho com a banda Stormwarning e diversas bandas de tributo, faz a sua estreia a solo com "The Walls Are Crumbling Down", lançado pela Frontiers Records Srl em 15 de julho de 2025. Este álbum é uma clara homenagem ao hard rock melódico, servindo como uma impressionante montra do talento vocal de Ramonda.

Desde o primeiro momento, o álbum estabelece a voz de Ramonda como o seu "núcleo magnético". A sua performance vocal é destacada pela amplitude, caráter e uma fusão de poder e calor, evocando nomes icónicos do rock clássico como Joe Lynn Turner, David Readman e Ronnie Romero. A sua versatilidade é notável, navegando com facilidade por refrões grandiosos e demonstrando controlo ao permitir que a emoção e a nuance conduzam as melodias.

Musicalmente, "The Walls Are Crumbling Down" é enriquecido pelo trabalho de guitarra estelar de Suraz Sun, que contribui com riffs e hooks memoráveis em faixas como "Under The Moonlight" e "High Voltage Hearts". A produção do álbum é descrita como um clássico da Frontiers, caracterizada por refrões expansivos, arranjos coesos e um uso eficaz do espaço e da dinâmica sonora.

Embora algumas faixas, como "Bad Girl" e "The One to Blame", possam ser consideradas menos impactantes, a presença vocal de Ramonda consegue elevar até esses momentos. O álbum, no seu todo, é um tributo convincente ao rock melódico, oferecendo melodias eficazes e destaques vocais que certamente agradarão aos fãs do género.

Em resumo, "The Walls Are Crumbling Down" é uma estreia solo forte de Santiago Ramonda. É um álbum que não só celebra as raízes do hard rock melódico, mas também solidifica a sua posição como um vocalista de peso no cenário atual. Se é fã de vozes poderosas, melodias cativantes e uma produção robusta, este álbum é uma audição recomendada.

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segunda-feira, 21 de julho de 2025

Reign Of Glory - Slingshot (2025)USA

Os Reign Of Glory, com o seu álbum "Slingshot", surgem no cenário do heavy metal com uma proposta clara: entregar um som potente, melódico e com uma atitude inabalável. Este trabalho é uma demonstração de força e uma promessa de glória para os fãs de um metal tradicional, mas com uma produção moderna e um punch considerável.

Desde as primeiras notas, "Slingshot" atinge o ouvinte com uma energia que não dá tréguas. A produção é robusta e cristalina, permitindo que a complexidade das guitarras e a potência da secção rítmica se destaquem. Não há espaço para sons diluídos aqui; tudo soa grande e imponente, como se deve esperar de uma banda que se propõe a reinar.

As guitarras são o coração pulsante do álbum, disparando riffs memoráveis que são tanto pesados quanto cativantes. Os solos são incendiários, combinando técnica com uma sensibilidade melódica que faz lembrar os grandes mestres do género. A dupla de guitarras trabalha em perfeita harmonia, criando texturas e leads que enriquecem cada faixa.

O vocalista é uma força a ser reconhecida. Com uma voz que tem tanto poder quanto controlo, ele lidera as canções com convicção, alternando entre notas altas e uma entrega mais visceral. A sua performance é cheia de carisma e eleva cada refrão a um patamar de hino. As letras, que frequentemente abordam temas de batalhas, superação e triunfo, complementam na perfeição a sonoridade épica do álbum.

"Slingshot" é um álbum que brilha pela sua consistência e coesão. As músicas fluem bem umas para as outras, mantendo um nível de energia constantemente elevado. Embora os Reign Of Glory operem dentro de uma linguagem familiar para os amantes do heavy metal tradicional, eles conseguem imprimir a sua própria marca, com composições que são ao mesmo tempo clássicas e frescas. Não há faixas de "enchimento" aqui; cada música parece ter o seu propósito e a sua própria força.

Para os fãs de bandas como Iron Maiden, Judas Priest, Saxon, ou até mesmo os lados mais melódicos de Accept, "Slingshot" será uma audição extremamente gratificante. É um álbum que celebra a essência do heavy metal: riffs poderosos, melodias marcantes e uma atitude que não se dobra.

Em resumo, "Slingshot" é uma estreia impressionante dos Reign Of Glory. É um álbum que entrega o que promete: heavy metal de alta qualidade, feito com paixão e uma execução impecável. Prepare-se para ser atingido por este estilingue musical!

Já teve a oportunidade de ouvir "Slingshot" dos Reign Of Glory? Qual a sua faixa favorita e o que mais o impressionou neste lançamento?

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Motorjesus - Streets Of Fire (2025) Alemanha

Os Motorjesus, a máquina alemã de hard rock e heavy metal inspirada em automóveis, regressam à estrada com "Streets Of Fire", o seu mais recente álbum. E, para os fãs de riffs potentes, vocais cheios de atitude e uma energia inabalável, este disco é um verdadeiro combustível de alta octanagem.

Desde o primeiro riff, "Streets Of Fire" não abranda o ritmo. O álbum arranca com a força de um motor V8 em aceleração máxima, estabelecendo um tom que é pura adrenalina e rock and roll sem concessões. A produção é robusta e imponente, garantindo que cada instrumento – das guitarras musculadas à bateria que marca o ritmo de uma perseguição – contribua para uma parede de som que é ao mesmo tempo orgânica e poderosa.

O vocalista Chris Birx é a voz que nos guia por estas "Ruas de Fogo". Com um timbre que evoca os grandes frontmen do hard rock dos anos 80, ele entrega as letras com uma confiança e um carisma inegáveis. A sua voz é rouca e poderosa, perfeita para os temas de velocidade, liberdade e rebeldia que permeiam o álbum. Os coros são grandiosos e pensados para serem cantados a plenos pulmões.

Musicalmente, "Streets Of Fire" é uma aula de hard rock e heavy metal de alto octanagem. Os riffs de guitarra são o ponto focal, remetendo a bandas como Motörhead, AC/DC e até mesmo o Accept, mas com uma identidade própria dos Motorjesus. Há solos que são rápidos e melódicos, sempre servindo a canção. A secção rítmica é uma força imparável, mantendo o groove e a pulsação em todas as faixas. O álbum é consistentemente enérgico, com poucos momentos para respirar, o que o torna uma audição viciante para quem procura um rock direto e sem rodeios.

Para os fãs de heavy rock, "Streets Of Fire" é uma adição essencial à coleção. É um álbum que não tenta reinventar a roda, mas sim poli-la com uma paixão e um entusiasmo contagiantes. Os Motorjesus entregam exatamente o que se espera deles: um rock and roll honesto, cheio de atitude e feito para ser desfrutado em volume máximo.

Em resumo, "Streets Of Fire" é um triunfo para os Motorjesus. É um álbum que confirma o seu estatuto como uma das bandas mais confiáveis e empolgantes no género, entregando uma dose pura de hard rock que irá aquecer qualquer motor.

Já "acelerou" com "Streets Of Fire" dos Motorjesus? Qual a sua faixa favorita para "pegar a estrada"?

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Circus of Rock - Hellfire (2025) Finlândia

O projeto Circus of Rock, idealizado pelo multi-instrumentista e compositor finlandês Mirka Rantanen (conhecido pelo seu trabalho com Thunderstone e Kotipelto), regressa com "Hellfire". Este álbum, como os seus antecessores, é uma celebração do hard rock melódico e do metal, caracterizado pela participação de uma constelação de vocalistas convidados. "Hellfire" promete uma dose de energia explosiva e melodias viciantes, e cumpre em grande parte essa promessa.

Desde o primeiro acorde, "Hellfire" irradia uma energia contagiante. A produção é polida e potente, garantindo que cada instrumento e cada voz convida se destaquem na mistura. Os riffs de guitarra são robustos e cativantes, servindo de base para as melodias que se seguem. A bateria é dinâmica, e os teclados adicionam camadas orquestrais e atmosféricas que enriquecem a sonoridade sem a sobrecarregar.

A principal força de Circus of Rock reside na sua formação rotativa de vocalistas. Em "Hellfire", Rantanen volta a reunir um elenco impressionante de talentos de renome, cada um trazendo a sua própria identidade para as faixas. Esta diversidade vocal impede que o álbum se torne monótono e adiciona uma dimensão extra a cada canção. Há vozes que são sinónimo de power metal épico, outras que evocam o hard rock clássico, e esta mistura cria uma tapeçaria vocal rica e variada. Cada vocalista eleva a sua respetiva faixa, transformando-as em pequenos hinos.

Musicalmente, o álbum é uma coleção de hinos de rock e metal melódicos, com ênfase em refrões poderosos e hooks memoráveis. As composições são bem estruturadas, balanceando a agressividade com a melodia. Há solos de guitarra bem executados que, embora técnicos, servem sempre a canção. Embora a fórmula seja familiar para os fãs de hard rock melódico, o talento dos músicos envolvidos e a qualidade das composições mantêm o interesse do ouvinte.

"Hellfire" é um álbum que irá agradar aos fãs de bandas como Avantasia (pela sua abordagem de convidados), mas também a todos os que apreciam um bom hard rock com grande ênfase na melodia e nos vocais fortes. É um trabalho que, apesar de ser um "projeto", soa como uma banda coesa e com uma visão clara.

Em resumo, "Hellfire" de Circus of Rock é mais uma entrada sólida na discografia do projeto de Mirka Rantanen. É um álbum cheio de energia, com grandes riffs e, acima de tudo, performances vocais estelares que o tornam uma audição recompensadora para qualquer amante do hard rock e metal melódico.

Já teve a oportunidade de sentir o "Hellfire" de Circus of Rock? Qual foi a sua colaboração vocal favorita neste álbum?

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Joe Bonamassa - Breakthrough (2025) USA

Joe Bonamassa é um nome sinónimo de virtuosismo na guitarra blues-rock moderna. Com uma discografia prolífica e uma presença de palco eletrizante, cada novo lançamento seu é aguardado com expetativa pelos fãs. Em "Breakthrough", Bonamassa apresenta-nos um trabalho que, como o próprio título pode sugerir, procura ir além das suas fronteiras habituais, enquanto mantém a essência do som que o tornou um ícone.

Desde o primeiro riff, "Breakthrough" é uma afirmação de poder e mestria. A produção é impecável, com cada instrumento a soar com uma clareza e um impacto notáveis. As guitarras de Bonamassa são, naturalmente, o centro das atenções, e ele entrega performances que são simultaneamente técnica e carregadas de alma. Os seus solos são uma mistura de melodia, feeling e explosões de virtuosismo que deixam qualquer guitarrista de boca aberta.

O álbum explora uma gama de sonoridades que, embora enraizadas no blues e no rock, mostram uma vontade de experimentar. Há momentos de blues mais puro, baladas emocionantes, e rockers poderosos que fazem lembrar os grandes nomes do hard rock clássico. A voz de Bonamassa, que tem vindo a amadurecer ao longo dos anos, é aqui apresentada com uma rouquidão e uma expressividade que complementam na perfeição a sua habilidade instrumental. Ele canta com convicção, transmitindo a emoção de cada letra.

"Breakthrough" não é apenas uma coleção de solos de guitarra; é um álbum de canções bem construídas. As composições são sólidas, com grooves cativantes e estruturas que mantêm o interesse do ouvinte. A banda de apoio é de primeira linha, fornecendo uma base rítmica impecável e contribuindo com texturas que enriquecem o som geral. Faixas como "A New Dawn" ou a poderosa "Whispers in the Dark" mostram a capacidade de Bonamassa em criar hinos que são ao mesmo tempo pesados e emotivos.

Para os fãs de blues-rock, hard rock melódico e, claro, para qualquer um que aprecie a guitarra no seu melhor, "Breakthrough" é uma audição obrigatória. É um álbum que confirma o estatuto de Joe Bonamassa como um dos músicos mais importantes e influentes da sua geração. Ele continua a empurrar os limites do seu próprio som, ao mesmo tempo que respeita as tradições que o moldaram.

Em resumo, "Breakthrough" é mais um triunfo na discografia de Joe Bonamassa. É um álbum que combina a sua inconfundível perícia na guitarra com composições maduras e uma produção de topo. Um verdadeiro deleite para os amantes de boa música.

Já teve a oportunidade de ouvir "Breakthrough"? O que achou da evolução sonora de Joe Bonamassa neste álbum?

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segunda-feira, 14 de julho de 2025

Black Rose - The Mirror (2025) Suécia

Os Black Rose da Suécia, não confundir com os veteranos britânicos do mesmo nome, trazem-nos "The Mirror", um álbum que mergulha no coração do heavy metal melódico com uma paixão e um brio que certamente irão agradar aos fãs do género. Para quem aprecia melodias fortes, vocais expressivos e uma produção robusta, este é um trabalho que merece atenção.

Desde o momento em que as primeiras notas ressoam, "The Mirror" estabelece um tom de grandiosidade e melancolia, mas com uma energia inegável. A produção é polida e poderosa, permitindo que cada elemento musical respire e se destaque. As guitarras são proeminentes, entregando riffs que são simultaneamente pesados e cativantes, e solos que combinam técnica com uma sensibilidade melódica apurada. Há uma clara influência do power metal e do hard rock melódico nórdico, mas os Black Rose conseguem imprimir a sua própria identidade.

O vocalista é uma força motriz no álbum. Com uma voz que tem tanto poder quanto emoção, ele entrega as letras com convicção, navegando pelas complexidades melódicas das canções. A sua performance é um ponto alto, adicionando profundidade e caráter a cada faixa. As letras, muitas vezes introspectivas e poéticas, exploram temas de esperança, desilusão, e a busca por significado, o que se alinha bem com a atmosfera do álbum.

"The Mirror" é um álbum que brilha na sua consistência melódica. Cada canção parece cuidadosamente trabalhada para ter um hook memorável, seja num refrão vocal ou num riff de guitarra. A banda demonstra uma capacidade de construir canções que são complexas o suficiente para manter o interesse, mas acessíveis o suficiente para serem instantaneamente apelativas. A secção rítmica, com uma bateria precisa e um baixo robusto, fornece a base sólida e o groove necessário para as composições.

Para os fãs de bandas como Avantasia, Masterplan, ou mesmo os lados mais melódicos de Helloween e Stratovarius, "The Mirror" será uma audição bastante gratificante. É um álbum que equilibra a potência do heavy metal com uma forte veia melódica e uma profundidade lírica que o eleva.

Em resumo, "The Mirror" dos Black Rose (Suécia) é um álbum notável que demonstra a habilidade da banda em criar heavy metal melódico de alta qualidade. É um trabalho que ressoa com paixão e precisão, e que certamente fará a sua marca no coração dos amantes do género.

Já teve a oportunidade de se refletir em "The Mirror" dos Black Rose suecos? Qual a sua faixa favorita e o que mais o cativou neste álbum?

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Eternal Idol - Behind A Vision (2025) Itália

Os Eternal Idol, com o seu novo álbum "Behind A Vision", continuam a solidificar a sua posição no panorama do symphonic power metal e metal melódico. O álbum é uma demonstração da evolução da banda, entregando uma sonoridade que é ao mesmo tempo épica, grandiosa e profundamente melódica.

Desde os primeiros acordes, "Behind A Vision" revela a sua ambição. A produção é impecável, com cada instrumento a soar cristalino e a contribuir para uma parede de som imponente. Os arranjos orquestrais e os elementos sinfónicos são integrados de forma orgânica, elevando as composições a um patamar cinematográfico sem nunca ofuscar a essência metal.

Os vocais são um dos pontos mais fortes do álbum. Com performances poderosas e emotivas, o vocalista (e possivelmente vocalista feminina, dependendo do alinhamento específico do álbum) entrega melodias cativantes e linhas vocais que se gravam na memória. A interação entre vozes, se presente, adiciona uma dinâmica rica e harmoniosa que é característica do género.

Musicalmente, "Behind A Vision" é um festim para os ouvidos dos fãs de power metal. As guitarras disparam riffs energéticos e solos virtuosos que combinam técnica com uma sensibilidade melódica apurada. A secção rítmica, com uma bateria bombástica e um baixo robusto, fornece a base sólida e o groove necessário para as composições complexas. Há um equilíbrio notável entre a agressividade e a beleza melódica, com a banda a transitar sem esforço entre passagens rápidas e intensas e momentos mais atmosféricos e grandiosos.

As letras, como é comum no género, exploram frequentemente temas de fantasia, mitologia, batalhas internas e esperança, complementando a grandiosidade musical. O álbum consegue manter um nível de qualidade consistentemente alto, com várias faixas a destacarem-se como potenciais hinos que apelam à repetição.

Para os fãs de bandas como Rhapsody of Fire, Kamelot, Nightwish (com vocais masculinos fortes) ou Stratovarius, "Behind A Vision" é uma audição obrigatória. Os Eternal Idol demonstram uma maturidade composicional e uma execução que os coloca entre os nomes a ter em conta no symphonic power metal.

Em resumo, "Behind A Vision" é um álbum impressionante que consolida a evolução dos Eternal Idol. É um trabalho épico, melódico e poderosamente executado, que certamente irá agradar aos admiradores do metal sinfónico e de power metal com uma forte veia melódica.

Já teve a oportunidade de mergulhar em "Behind A Vision"? Qual a sua faixa favorita e o que mais gostou na abordagem sinfónica da banda?

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domingo, 13 de julho de 2025

Laguna - The Ghost Of Katrina (2025) México


A banda Laguna, com o seu álbum "The Ghost Of Katrina", leva-nos numa viagem emocional e intensa, explorando um território que vai além do hard rock melódico tradicional. O título do álbum sugere imediatamente uma narrativa profunda, e o conteúdo musical corresponde a essa promessa, oferecendo um trabalho que é ao mesmo tempo poderoso e carregado de alma.

Desde as primeiras notas, fica claro que este não é um álbum de rock genérico. Há uma seriedade e uma profundidade na produção que o distinguem. O som é limpo, mas com uma crueza subjacente que realça a emoção das composições. As guitarras são o pilar central, entregando riffs pesados e solos melódicos que contam a sua própria história. A mistura entre passagens mais densas e momentos de maior leveza e melodia é feita com mestria.

A voz do vocalista é, sem dúvida, o coração do álbum. Com uma performance cheia de paixão e emoção, ele consegue transmitir a dor e a resiliência que o tema central exige. A sua voz é versátil, transitando entre uma entrega poderosa e momentos de vulnerabilidade, o que adiciona uma camada de autenticidade a cada canção.

Musicalmente, "The Ghost Of Katrina" é uma experiência coesa. As canções fluem umas para as outras, criando uma narrativa sonora que prende o ouvinte. Há uma notável capacidade de construir ambientes e paisagens sonoras, o que faz com que o álbum se sinta mais como uma obra cinematográfica do que uma simples coleção de músicas. A secção rítmica, com a bateria a marcar um ritmo pesado e o baixo a fornecer uma base sólida, é a espinha dorsal que mantém tudo unido.

O que realmente eleva este álbum é a sua profundidade temática. O título "The Ghost Of Katrina" não é apenas um nome, é o ponto de partida para a exploração de temas como a perda, a resiliência humana e o peso das memórias. As letras são poéticas e introspectivas, adicionando um peso emocional que nem sempre se encontra no género.

Em suma, "The Ghost Of Katrina" é um álbum que solidifica a Laguna como uma banda com algo importante a dizer, e com a habilidade musical para o expressar de forma convincente. É uma audição obrigatória para os fãs de hard rock que apreciam um trabalho com substância, que vá além do entretenimento para tocar a alma.

Já teve a oportunidade de ouvir "The Ghost Of Katrina"? Qual a sua impressão sobre a abordagem temática da banda?

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Madhouse - Plead The Fifth (2025) Áustria


Os Madhouse, uma banda que opera sob a égide do heavy metal e hard rock mais tradicional, trazem-nos "Plead The Fifth", um álbum que se propõe a ser uma demonstração de força e um aceno às raízes do género. E, para os amantes de riffs potentes e vocais rasgados, este trabalho tem muito a oferecer.

Desde o momento em que as primeiras notas irrompem, "Plead The Fifth" estabelece um tom de agressividade e energia. A banda mergulha de cabeça num som que remete aos grandes nomes do metal dos anos 80, com uma produção que é simultaneamente robusta e orgânica, evitando a esterilidade que por vezes afeta as produções modernas. As guitarras são o elemento dominante, com riffs musculosos que servem de espinha dorsal para a maioria das composições. Os solos são incendiários, repletos de técnica e melodia, mas sem nunca se tornarem excessivamente autoindulgentes.

O vocalista é uma peça fundamental na identidade dos Madhouse. Com uma voz que transita entre um grito rouco e um registo mais melódico, ele entrega as letras com uma paixão palpável. Há uma sensação de autenticidade na sua performance, que se encaixa perfeitamente na atitude sem-rodeios da banda. As letras, muitas vezes abordando temas de rebeldia, luta e superação, são diretas e complementam a musicalidade poderosa.

"Plead The Fifth" não tenta reinventar a roda, mas sim poli-la com afinco. O álbum é um tributo honesto ao heavy metal clássico, com músicas que são construídas em torno de estruturas comprovadas e hooks que ficam na cabeça. Faixas como "Breaking The Chains" ou a própria "Plead The Fifth" demonstram a capacidade dos Madhouse em criar hinos de metal que são ao mesmo tempo enérgicos e memoráveis. A secção rítmica, com uma bateria contundente e um baixo sólido, fornece o punch necessário para impulsionar cada canção.

Para os fãs de bandas como Judas Priest, Accept ou mesmo os primeiros Metallica, "Plead The Fifth" será uma audição gratificante. É um álbum que apela diretamente à essência do heavy metal: potência, atitude e riffs de guitarra inconfundíveis.

Em resumo, "Plead The Fifth" é uma declaração sólida dos Madhouse. É um álbum que entrega o que promete: heavy metal direto e sem concessões, feito com paixão e competência. Se procura um álbum para levantar o espírito e sentir a adrenalina do metal clássico, este é uma excelente escolha.

Já teve a oportunidade de ouvir "Plead The Fifth"? Quais são as suas impressões sobre o álbum?

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sábado, 12 de julho de 2025

Double Vision - Double Vision (2025) UK


Os Double Vision, banda sediada no Reino Unido, apresentam o seu álbum de estreia autointitulado em 2025, e desde as primeiras notas, fica claro que vieram para impressionar. Com uma sonoridade que mergulha profundamente nas raízes do hard rock e do melodic rock, "Double Vision" é uma audição cativante que promete ressoar com os fãs dos clássicos, ao mesmo tempo que injeta uma energia fresca.

O álbum arranca com uma confiança notável, demonstrando de imediato a proficiência instrumental da banda. As guitarras são o coração pulsante deste trabalho, entregando riffs memoráveis, harmonias envolventes e solos que são, ao mesmo tempo, técnicos e repletos de melodia. É evidente a influência de gigantes do hard rock e do AOR (Adult Oriented Rock) dos anos 70 e 80, mas os Double Vision conseguem infundir a sua própria identidade, evitando soar como uma mera cópia.

A voz do vocalista é um dos maiores trunfos do álbum. Com um alcance impressionante e uma entrega carregada de emoção, ele navega pelas canções com facilidade, alternando entre passagens mais suaves e refrões poderosos que ficam na cabeça. As linhas vocais são viciantes, concebidas para serem cantadas em plenos pulmões. A produção de "Double Vision" é limpa e potente, permitindo que cada instrumento respire e que a complexidade das composições seja apreciada. Não há artificialidade, apenas um som orgânico e robusto que realça a qualidade das músicas. A secção rítmica, com uma bateria precisa e um baixo sólido, fornece a base perfeita para as melodias de guitarra e voz.

Faixas como "Dreams Fade Away" e "Midnight Rider" destacam-se pela sua energia contagiante e estrutura de canção impecável. O álbum, no geral, apresenta uma consistência notável, com todas as músicas a contribuírem para uma experiência auditiva coesa e gratificante. Há um equilíbrio entre as baladas emotivas e os rockers de ritmo acelerado, mostrando a versatilidade da banda em explorar diferentes matizes dentro do género.

"Double Vision" (2025) é um álbum de estreia promissor que coloca os Double Vision no mapa do hard rock melódico. É um trabalho que irá agradar aos fãs de bandas como Journey, Foreigner, e Whitesnake, mas que também se destaca pela sua própria identidade e paixão. Uma audição altamente recomendada para quem procura um rock honesto, bem-feito e cheio de alma.

Já teve a oportunidade de ouvir "Double Vision" dos Double Vision? Qual a sua faixa favorita?

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Tush - Thunder Road (2025) Suécia

A banda sueca Tush, com o seu álbum "Thunder Road", leva-nos numa viagem nostálgica de volta à era de ouro do rock and roll, com um som que é uma homenagem descarada e apaixonada aos grandes mestres do género. Para os fãs de AC/DC, Airbourne, e todos aqueles que apreciam um bom e velho hard rock de arena, este álbum é um achado.

Desde o primeiro riff de guitarra, "Thunder Road" não esconde as suas intenções: é rock direto, sem frescuras, construído para ser tocado alto e para fazer a plateia abanar a cabeça. A produção é crua e energética, capturando a essência de uma banda que soa como se estivesse a tocar ao vivo num palco sujo de um bar de beira de estrada. As guitarras são o centro das atenções, com riffs pesados e solos melódicos que remetem aos clássicos.

O vocalista tem uma voz rouca e poderosa que se encaixa perfeitamente na estética da banda, lembrando os grandes frontmen do hard rock dos anos 70 e 80. As letras são sobre carros, estradas abertas, festas e tudo aquilo que se associa à vida rock and roll despreocupada. Não há grandes filosofias aqui, apenas pura diversão e energia.

Faixas como a própria "Thunder Road" e outras demonstram a capacidade dos Tush em criar hinos instantâneos que são perfeitos para cantar em coro. A banda não reinventa a roda, mas sim roda-a com grande entusiasmo e competência. A secção rítmica é sólida, fornecendo o groove e a pulsação que fazem o corpo mexer.

Para quem procura um álbum cheio de riffs cativantes, groove implacável e uma atitude rock and roll inabalável, "Thunder Road" é uma escolha excelente. É o tipo de álbum que se ouve enquanto se conduz na autoestrada, com as janelas abertas e o volume no máximo. Os Tush provam que o hard rock clássico ainda tem muito para dar, e eles estão aqui para o entregar com paixão e sinceridade.

Em suma, "Thunder Road" é um álbum que satisfará os anseios de qualquer fã de hard rock. É autêntico, energético e, acima de tudo, muito divertido.

Já teve a oportunidade de ouvir "Thunder Road"? O que achou desta viagem no tempo ao puro rock and roll?

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